"Economia. Energia e infra-estruturas: Janelas de investimento impressionam
franceses. A MISSÃO empresarial francesa que está de visita a Moçambique
diz-se impressionada com o leque de oportunidades de investimento que o país
oferece nos sectores de energia, infra-estruturas e serviços. O conselheiro
económico e comercial da Embaixada da França no Maputo, Fabrice Blazquez, disse
ser cedo para avançar detalhes, justificando que tudo dependerá dos contactos
entre empresários dos dois países.
Maputo, Sexta-Feira, 23 de Março de 2012 Notícias Ontem, a comitiva, constituída por 13 médias e grandes empresas francesas das
áreas de energia, infra-estruturas, banca e serviços, participou num seminário
para se inteirar das ofertas de negócios que o país oferece nos vários
domínios.O arranque da exploração de carvão mineral em Tete e a pesquisa e exploração
de hidrocarbonetos nas bacias de Moçambique e do Rovuma constituem, para já, uma
janela de investimento, tendo em conta a necessidade de assegurar a logística de
transporte de minérios e prestação de serviços complementares aos projectos em
curso.Só para a logística do carvão, o Centro de Promoção de Investimentos (CPI)
falou da necessidade de implantação e/ou melhoramento de linhas férreas, tendo
enaltecido o projecto de construção da ferrovia Tete/Nacala, num percurso de
mais de 900 quilómetros. Este empreendimento está a ser proposto por um dos
concessionários das minas de carvão, a Vale.Ainda no domínio de infra-estruturas, António Macamo, do CPI, fez referência
ao projecto de ampliação da capacidade de manuseamento de carga do porto da
Beira que actualmente é a única via de escoamento do carvão de Moatize.No sector energético, as oportunidades estão nos diversos projectos em
“pipeline”, sendo os mais importantes a construção da central norte, da barragem
hidroeléctrica de Mphanda Nkuwa, e as centrais à gás de Moatize e Temane, esta
última na província de Inhambane.Para além disso, o funcionamento dos diversos projectos vai necessitar de uma
gama de serviços complementares, cujos investimentos podem ser realizados com
recurso a parcerias empresariais franco-moçambicanas.Na ocasião, o presidente da Confederação das Associações Económicas de
Moçambique, Rogério Manuel, encorajou os empresários franceses a colocarem o seu
dinheiro em Moçambique, porquanto estará em boas mãos, tendo em conta o clima de
estabilidade política prevalecente no país.Entre as vantagens de investir em Moçambique Rogério Manuel citou a
localização geográfica estratégica, constituindo-se no ponto de entrada e saída
de mercadorias para os países sem acesso ao mar, nomeadamente Malawi, Zâmbia e
Zimbabwe.Para Rogério Manuel faz diferença investir em Moçambique pelo facto de o país
se constituir num ponto de acesso para os mercados da SADC, Estados Unidos da
América, Canadá, União Europeia e China, países com os quais o Estado
moçambicano tem acordos preferenciais.Nos últimos dez anos, os investimentos franceses em Moçambique atingiram 150
milhões de dólares norte-americanos." Fonte Jornal NOTICIAS.
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