"Transporte ferroviário na região: Linha do Limpopo volta a ser referência . O TRÁFEGO na Linha Férrea do Limpopo poderá atingir este ano as 700 mil toneladas de carga diversa, segundo projecções da empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) baseadas nos sinais de melhoria da situação económica do Zimbabwe e do crescente interesse regional pela rota do Porto do Maputo.Maputo, Segunda-Feira, 23 de Janeiro de 2012:: Notícias . Reconstruída em 2004 após a destruição causada pelas cheias do ano 2000, a linha do Limpopo vem sendo explorada abaixo da sua capacidade devido à fraca demanda de carga tanto do Zimbabwe como de outros países do hinterland regional. Oito anos depois a linha pode suportar dois milhões de toneladas de carga por ano, com comboios de mercadoria a transitar com segurança a velocidades até 50 quilómetros por hora.O Presidente do Conselho de Administração dos CFM, Rosário Mualeia, reconhece a necessidade de se prestar uma manutenção mais regular à linha, sobretudo nas zonas onde a circulação é actualmente feita com algumas precauções, a exemplo do troço a partir do chamado Km 164, troço entre os distritos de Magude e Chókwè, considerado o mais sensível. Com uma extensão aproximada de 522 quilómetros desde o Porto do Maputo até Chicualacuala, na fronteira com o Zimbabwe, a linha do Limpopo volta, segundo Mualeia, a estar no centro das atenções de exportadores tanto do Zimbabwe como de outros países da região que vêem naquela ferrovia uma alternativa viável de acesso a uma rota barata de comércio internacional.“Este ano queremos apostar na manutenção de forma a atingirmos níveis de tráfego rentáveis para uma linha tão importante como esta. E já há clientes que nos contactaram dizendo que querem trazer 500 mil toneladas de ferro crómio para a linha, o que certamente será um elemento acrescido, uma vez que a actual demanda não cobre a capacidade da linha”, disse.Na semana passada Rosário Mualeia percorreu a linha do Limpopo acompanhado de quadros técnicos e gestores da sua empresa, numa visita destinada a avaliar o estado da ferrovia, ponto de partida para a tomada das decisões que se impõem face ao novo cenário que se desenha no mercado ferroviário regional. “Na verdade esperava encontrar uma situação pior, considerando que a linha tem sido muito pouco usada. Identificámos as necessidades de intervenção e nesta altura posso garantir que a linha está em condições de atender à demanda nacional e internacional, mesmo assumindo as projecções de crescimento que se anunciam para os próximos tempos”, disse. Entretanto, segundo Mualeia, os CFM continuam com um défice elevado de material circulante, nomeadamente vagões e locomotivas, apesar de já ter avançado com uma encomenda de 230 vagões e com a reabilitação de locomotivas nas oficinas da empresa. Segundo ele, o ideal seria ter 1500 vagões. “Estamos a reabilitar cinco locomotivas e temos em vista a compra de outras seis. Também temos 10 locomotivas alugadas à Rites que estavam a trabalhar com a Companhia dos Caminhos de Ferro da Beira, que até recentemente geria o sistema ferroviário Centro. Por enquanto temos essas locomotivas e vagões para trabalhar. Não estamos em crise mas precisamos de mais meios para responder à demanda que se anuncia. E temos projectos em curso para resolver o problema”, disse." Fonte Jornal NOTICIAS.
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