"Correios busca parcerias visando a sua revitalização. A empresa Correios de Moçambique está a busca de parcerias públicas e privadas para viabilizar o seu plano de revitalização e garantia de sustentabilidade a longo prazo.Maputo, Sábado, 16 de Julho de 2011:: Notícias . De acordo com o Presidente do Conselho de Administração da Empresa, Luís Rego, o desenvolvimento deste plano de revitalização que deve atingir o seu ponto mais alto no próximo ano passa por um compromisso com o governo que permita a facilitação do processo de reformas profundas da empresa, introduzindo medidas de saneamento financeiro, dos recursos humanos e patrimonial. Com efeito, aquela empresa está a implementar desde o ano passado e com um horizonte de dois anos, um plano de desenvolvimento que, entre outras acções, perspectiva o redimensionamento da empresa, conferindo-a uma estrutura adequada em termos de número de trabalhadores e quadros qualificados. A empresa conta actualmente com 621 trabalhadores efectivos dos quais, 50 porcento estão em Maputo e os restantes, distribuídos pelas restantes províncias. Destes cerca de 75 porcento tem idade acima de 50 anos. De igual modo cerca de 76 porcento dos trabalhadores tem o nível básico, abaixo da sétima classe, e apenas 3 porcento tem o nível superior. Neste sentido, a empresa está a promover a reforma de todos os trabalhadores que atingiram a idade ou tempo de serviço para o efeito ao mesmo tempo que renova a força de trabalho com o recrutamento de pessoal jovem com formação média e superior e com conhecimento de várias áreas de negócio.
Uma avaliação feita pela direcção da empresa mostra a necessidade da passagem da Empresa Nacional de Correios de Moçambique, de EP para Sociedade Anónima, com intuito da abertura de capitais ao sector público e privado. Segundo a mesma avaliação, são necessários perto de 239 milhões de meticais para operacionalizar o plano de competitividade da empresa que contempla, entre outras, a reabilitação da rede postal, modernização da oferta de serviços tradicionais com recurso às tecnologias de informação e comunicação, a modernização da fábrica de valores transformando-a numa tipografia competitiva. No mesmo contexto, a caixa de poupança postal poderá ser transformada em Caixa Económica Postal ao mesmo tempo que se expande os serviços para outros pontos do país. A Correios de Moçambique pretende, igualmente, criar um Banco Postal, como forma de expandir o serviço financeiro formal que é actualmente muito limitado, sobretudo nas zonas rurais e nas populações urbanas de baixa renda.
Os investimentos também estão direccionados para a criação de capacidade de distribuição para garantir a fiabilidade sobretudo no segmento empresarial e duma empresa de logística (distribuição) para facilitar o exercício de encaminhamento e distribuição de correspondência e objectos dos clientes. A empresa perspectiva ainda criar uma Universidade Corporativa dos Correios, como uma forma de diversificar e de rentabilizar a infra-estrutura existente, tendo em conta que a indústria de educação é atractiva e em constante crescimento no país. segundo Rego, esta universidade poderá ser em parceria com outras doutros países. A Empresa Nacional de Correios de Moçambique foi criada pelo Decreto 6/81, de 10 de Junho de 1981, como Empresa Estatal, e em 1992, através do Decreto 24/92 de 10 de Setembro, foi transformada em Empresa Pública, seguindo a tendência mundial da separação da actividade dos Correios e das Telecomunicações. A mesma compreende uma rede postal composta por 102 estações distribuídas pelas capitais provinciais e sedes distritais. Algumas dessas estações estão degradadas, sobretudo, nas sedes distritais, afectando negativamente a imagem institucional e de marketing da empresa. Os distritos que resultam da nova divisão administrativa, período pós independência, não têm rede postal." Fonte Jornal NOTICIAS.
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