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quarta-feira, 27 de março de 2024
ADELINO TIMOTEO, ESCRITOR MOÇAMBICANO, LANÇA O SEU LIVRO JORGE JARDIM .O ANO DO ADEUS AO ULTRAMAR, A 18 DE ABRIL QUINTA FEIRA ÀS 17H30M NO CENTRO CULTURAL DA BEIRA INSTITUTO CAMÕES
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Camões - Centro Cultural Português na Beira
7 h ·
CCP_Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril
Lançamento do livro “Jorge Jardim. O Ano do Adeus ao Ultramar”
Autor: Adelino Timóteo
18.04 | 17h30
No próximo dia 18 de abril, às 17h30, o escritor beirense Adelino Timóteo lança o seu mais recente livro no Centro Cultural Português, Polo da Beira.
O livro “Jorge Jardim. O Ano do Adeus ao Ultramar”, que demorou cinco anos a ser escrito, dado o volume da recolha empírica e a estética minuciosa da narrativa, à qual o escritor já nos habituou, enquadra-se na temática das Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril.
Nas palavras de Alex Dau, Adelino Timóteo oferece aos leitores “50 anos depois, o tão esperado livro esclarecedor sobre o protagonismo do Engenheiro Jorge Jardim, o 25 de Abril de 1974, a violência de 7 de Setembro em Lourenço Marques, a descolonização portuguesa de África e a debandada dos brancos de Moçambique”.
O livro, chancelado pelo próprio autor, A.T., com o apoio do Canal de Moçambique, será apresentado pelo advogado Augusto José Macedo Pinto.
BIOGRAFIA DO AUTOR:
Adelino Timóteo nasceu a 3 de fevereiro de 1970, na Beira, em Moçambique. É formado na área de docência em Língua Portuguesa, não tendo exercido a profissão. Ingressou no Jornalismo em 1994, na cidade da Beira, no Diário de Moçambique e, mais tarde, tornou-se correspondente do semanário Savana, na mesma cidade. É licenciado em Direito e exerce a função de jornalista no semanário Canal de Moçambique. Além disso, é artista plástico e já realizou várias exposições individuais de artes, em Moçambique e no estrangeiro.
O escritor tem um vasto conjunto de obras publicadas, entre poesia, romances e biografias. · Os segredos da arte de amar. Maputo: AEMO, 1998. · Viagem à Grécia através da Ilha de Moçambique. Maputo: Ndjira, 2002. · A fronteira do sublime. Maputo: AEMO, 2006. · Mulungu. Maputa: Texto, 2007. · A Virgem da Babilónia. Maputo: Texto, 2009. · Nação pária. Maputo: Alcance, 2010. · Na aldeia dos crocodilos. Maputo: Escola Portuguesa de Moçambique - Centro de Ensino e Língua Portuguesa; Barcelona: Fundació Privada Contes pel Món, 2011. · Dos frutos do amor e desamores até à partida. Maputo: Alcance, 2011. · Não chora Carmen. Maputo: Alcance, 2013. · Nós, os do Macurungo. Maputo: Alcance, 2013.
· Livro Mulher. Maputo: Alcance, 2013. · Apocalipse dos predadores. Lisboa: Chiado, 2014. · Corpo de Cleópatra. Maputo: Alcance, 2016. · Os oito maridos de Dona Luíza Michaela da Cruz. Maputo: Alcance, 2017. · Os últimos dias de Uria Simango. Maputo, 2018. · Na aldeia dos crocodilos. Contos de Moçambique, v. 7. São Paulo: Kapulana, 2018. · Os últimos dias de Uria Simango. Maputo, 2018. · Volúpia da pedra. Maputo, 2018. · Afonso Dhlakama - a longa luta em defesa da democracia. 2019. · O Feiticeiro Branco, 2020. · A Luz diáfana do amor, 2021. · O voo das fagulhas, 2021. · Daviz Simango: A difícil transição à democracia, 2022. · A biblioteca debaixo da cidade, 2023.
PRÉMIOS · 1999 - Prêmio anual do Sindicato Nacional do Jornalismo, pela melhor Crônica Jornalística. · 2001 - Prémio Nacional Revelação de Poesia AEMO (Associação dos Escritores Moçambicanos). · 2011 - Prémio BCI/AEMO 2011 pela obra Dos frutos do amor e desamores até à partida. · 2013 - “Melhor Escritor da Cidade da Beira”, Moçambique. · 2015 - Distinguido pela “excelente e inquestionável qualidade de sua obra”, pelo Círculo de Escritores Moçambicanos na Diáspora (CEMD), Lisboa, Portugal.
BREVE SINOPSE DO LIVRO:
Pretende-se que esta obra constitua um farol, com material inédito, procurando iluminar os acontecimentos do pós-25 de Abril de 1974, assim como o episódio trágico de 7 de Setembro, em Lourenço Marques, do mesmo ano. Com enfoque no Eng.º Jorge Jardim, trata-se de um ângulo inédito e distinto de contar também sobre os derradeiros momentos da luta armada de libertação e os demais acontecimentos que lhe sucederam, vinculando-o a uma tentativa humana e de redenção de se acercar à FRELIMO, através do «Programa de Lusaka», com que buscava evitar a debandada de 250 mil brancos de Moçambique.
Por meio desta personalidade lendária, com informação devidamente contextualizada, o Autor esmiúça os factos, que marcaram o fim do Ultramar português e a emergência de um novo conflito, sob a consigna da Guerra Fria.
Afamado como uma das mais ímpares e insignes personalidades da África Austral, purgado pela Junta de Salvação Nacional, dos capitães de Abril, Jorge Jardim, tratado como um monstro, esgrime os seus argumentos, mas não consegue impor o seu plano em cima da mesa, no Tratado de Lusaka. Daí, resvala-se para um plano secundário e assiste desencantado ao processo dramático e trágico da descolonização desde a periferia.
Cinquenta anos depois, olhando para o pensamento de Jorge Jardim, é possível depreender que, mais do que votar-lhe ao ostracismo e ao tabu, Jorge Jardim foi um nacionalista, que pretendeu contribuir com o seu pensar particular, mantendo a dignidade da maioria e dos derrotados, numa harmonia comum, sem se ferirem uns aos outros.
Ao desenterrar o perfil deste homem complexo, raro, pretensamente antirracista, com as suas contradições e partes encantadoras, como todos os seres humanos comuns, o autor oferece a oportunidade de se esgravatar sobre a documentação e testemunhos interessantes de uma figura enigmática, esclarecendo sobre os momentos que mediaram a morte de Eduardo Mondlane, demonstrando que a História é um processo dinâmico, em permanente construção.
A relevância de documentar com intensidade esse período de ouro da História Contemporânea é um serviço à Nação.
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FONTE CENTRO CULTURAL PORTUGUES DA BEIRA INSTITUTO CAMÕES
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