quarta-feira, 11 de outubro de 2023

JOÃO GOMES CRAVINHO MINISTRO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS DE PORTUGAL DEFENDEU O REGRESSO À VIA DIPLOMÁTICA , COM DIÁLOGO MAIS APROFUNDADO QUE INCLUA ONU E PAISES ARABES DEPOIS DO ATAQUE DO HAMAS CONTRA ISRAEL.

10-10-2023 20:59 MNE português defende regresso à via diplomática com ONU e países árabes MNE português defende regresso à via diplomática com ONU e países árabes facebook sharing buttontwitter sharing buttonemail sharing buttonlinkedin sharing buttonwhatsapp sharing button Lisboa, 10 out 2023 (Lusa) – O ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, defendeu hoje o regresso à via diplomática, com um “diálogo mais aprofundado” que inclua ONU e países árabes, depois do ataque do Hamas contra Israel. Num balanço da reunião extraordinária de emergência dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE), João Gomes Cravinho frisou que os 27 Estados-membros reconheceram a necessidade de ser encontrado “o caminho de regresso à via diplomática”. “É fundamental que logo que possível se volte a falar com as Nações Unidas. O secretário-geral António Guterres fez uma intervenção muito equilibrada que pode ser a base para o regresso à via diplomática”, frisou, numa mensagem de vídeo divulgada na rede social X (antigo Twitter). O chefe da diplomacia portuguesa sublinhou também que é necessário um “diálogo muito mais aprofundado com outros parceiros de diversas partes do mundo, incluindo muito especialmente os países árabes”. João Gomes Cravinho acrescentou que tem vindo a falar com diversos ministros dos Negócios Estrangeiros, como do Egito, Jordânia e Israel. “Estamos concentrados em encontrar uma forma de restabelecer a via diplomática para a resolução da situação que atualmente se vive”, garantiu. Na reunião extraordinária de emergência dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE em Mascate, Omã, os 27 manifestaram também uma “condenação inequívoca dos ataques terroristas” do Hamas, bem como o “reconhecimento que Israel tem o direito de se defender e de eliminar a fonte da ameaça, naturalmente dentro do respeito pelo direito internacional humanitário”, sublinhou o ministro português. Os governantes concordaram ainda que este não é “o momento para se reduzir, flexibilizar ou eliminar a ajuda ao povo palestiniano, como foi ventilado por um comissário europeu”. “Este é um momento em que é fundamental fazermos a distinção entre o grupo terrorista Hamas e o povo palestiniano. O povo é um parceiro fundamental para a UE e paz na região, dai ser necessário manter a assistência ao desenvolvimento para a Autoridade Palestiniana”, vincou ainda João Gomes Cravinho. Esta segunda-feira o comissário europeu para a Política de Vizinhança e Alargamento, Oliver Varhelyi, tinha anunciado a suspensão de todos os apoios económico-financeiros à população palestiniana, informação que chegou a ser validada pelos porta-vozes da Comissão Europeia, mas ao final do dia contrariada pela própria Comissão e pelo comissário para a Gestão de Crises. O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, referiu também hoje, no final da reunião de emergência que a maioria do bloco estava contra a suspensão de quaisquer apoios. O chefe da diplomacia europeia acrescentou que a UE – que defende a chamada “solução dos dois Estados” – está resoluta na “condenação do ataque terrorista, de qualquer ataque contra civis”, mas também condena “qualquer bloqueio de eletricidade, água e comida à população de Gaza”, advogando que as autoridades israelitas têm de “deixar sair as pessoas que estão a tentar fugir de Gaza”. O grupo islâmico palestiniano Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação “Tempestade al-Aqsa”, com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar. Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como “Espadas de Ferro”. Durante a incursão em território israelita, o Hamas fez mais de uma centena de reféns, civis e militares, que levou para a Faixa de Gaza. A resposta militar de Israel, que declarou guerra ao Hamas após o ataque, causou a morte de mais de 800 pessoas em Gaza, de acordo com os balanços mais recentes. Do lado israelita, uma alta patente militar avançou que o número de mortos ultrapassou os mil. DMC (AFE) // PDF Lusa/Fim FONTE LUSA

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