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terça-feira, 12 de setembro de 2023
GORONGOSA PARQUE NACIONAL DA GORONGOSA NOVAS DESCOBERTAS AO PROJECTO PALEO PRIMATAS CHITENGO, SENSACIONAL, EXCELENTE. FONTE JORNAL O AUTARCA DE MOÇAMBIQUE.
Parque Nacional da Gorongosa apresenta novas descobertas associadas ao Projecto Paleo-Primatas Chitengo (O Autarca) – Após quatro temporadas de campo, levantamentos extensivos e novas abordagens na busca de sítios paleontológicos, uma nova publicação do Projecto Paleo-Primatas da Gorongosa descreve os primeiros fósseis do Miocénico provenientes de florestas costeiras no sul do Rift da África Oriental, no Parque Nacional da Gorongosa, na Província de Sofala, Centro de Moçambique. A época do Mioceno estende-se desde há aproximadamente 23 a 5,3 milhões de anos e foi um momento chave na evolução dos ecossistemas africanos, testemunhando a origem dos grandes símios africanos e o isolamento das florestas costeiras orientais através de um corredor árido em expansão. No artigo publicado na iScience, a equipa descreve novos sítios fósseis no Parque Nacional da Gorongosa, datados do Miocénico, que abrem uma visão inteiramente nova sobre uma região de África que, até recentemente, permanecia paleontologicamente desconhecida. Segundo a publicação, os sítios fósseis da Gorongosa descritos produziram um conjunto excepcional de madeiras fósseis (por exemplo, mogno africano), invertebrados marinhos (caranguejos, gastrópodes, bivalves), vertebrados marinhos (tubarões e raias), répteis (crocodilos, tartarugas) e novas espécies de mamíferos terrestres. (por exemplo, hiracóides) – uma combinação única conhecida em nenhum outro local ao longo do Sistema de Rift da África Oriental. “Embora hoje estes locais estejam localizados a cerca de 95 km da costa moderna e a cerca de 100- 120 m acima do nível do mar, as evidências geológicas, sedimentológicas, paleobotânicas, geoquímicas e paleontológicas indicam que os sítios fósseis da Gorongosa se formaram em ambientes costeiros, oferecendo a primeira evidência de bosques e florestas nas margens costeiras do sudeste da África durante o Mioceno”. Em comunicado, o arque Nacional da Gorongosa salienta que estes novos sítios paleontológicos da Gorongosa abrem uma janela única sobre a fauna e os ambientes da África antiga. “Os fósseis da Gorongosa documentados representam as primeiras descrições de um registo fóssil substancial que está apenas a emergir e formarão uma poderosa base de dados para testar hipóteses importantes sobre o papel das florestas costeiras orientais na formação da evolução dos mamíferos africanos”. A publicação é de acesso aberto e pode ser visualizada e compartilhada no seguinte link: https://www.cell.com/iscience/fulltext/S2 589-0042(23)01721-2#%20 Sobre o Projecto da Gorongosa e os seus programas de educação científica A investigação científica é parte integrante do plano a longo prazo para a restauração do ecossistema da Gorongosa. Um conhecimento aprofundado do ecossistema da Gorongosa irá ajudar a gestão do Parque a tomar melhores decisões sobre a sua conservação. O Laboratório E.O. Wilson de Biodiversidade foi inaugurado em Março de 2014 e colocou a Gorongosa como um dos centros de investigação mais avançados da África Austral. O Laboratório tem atraído atenção nacional, regional e internacional. para carreiras como veterinários, ecologistas e técnicos de laboratório. Alguns investigadores e estudantes moçambicanos também receberam apoio da Fundação Wilson. O programa de Mestrado em Biologia da Conservação na Gorongosa é ministrado inteiramente dentro do ecossistema da Gorongosa, proporcionando formação em biologia da conservação, ecologia e gestão ambiental. Os estudantes Moçambicanos aplicam os conhecimentos adquiridos nos seus cursos a projectos de pesquisa prática na área. Eles desfrutam de uma bolsa de estudos integral, generosamente financiada pelo Howard Hughes Medical Institute dos EUA.■ (R/ PNG) Cientistas de mais de setenta instituições realizaram pesquisas no Parque, como as Universidades Eduardo Mondlane e Lúrio em Moçambique; as Universidades de Coimbra e Lisboa em Portugal; as Universidades de Oxford e Kent no Reino Unido; e as universidades de Harvard, Princeton e Berkeley nos EUA. Uma das funções do Laboratório é dar formação à próxima geração de cientistas Moçambicanos do Parque e enviá-los a universidades para obtenção de graus avançados. Os jovens (das comunidades vizinhas ao Parque ou de escolas técnicas da região), recebem auxílio financeiro total ou parcial do Laboratório e estão a cursar universidades e institutos
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