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segunda-feira, 25 de setembro de 2023
25 DE SETEMBRO 2023 DIA DAS FORÇAS ARMADAS DE MOÇAMBIQUE CERIMÓNIAS CENTRAIS EM TETE DIRIGIDAS PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA FILIPE JACINTO NYUSI
NÃO DEVEMOS NEM PODEMOS CONTRAIAR A HISTÓRIA, aliás bem me lembro em Tete amigos e conhecidos nossos cantineiros que devidamente esclarecidos e informados, durante os anos 60, abandonaram a tempo as suas lojas ou cantinas como também se chamavam no interior da Provincia e ou vieram para o centro da cidade de Tete, foram para outras cidades como a então Lourenço Marques ou pura e simplesmente regressaram a Portugal, sabiam que a Independencia de Moçambique caminhava a passos largos.
Contrariamente às perspectivas coloniais portuguesas do regime da época, estávamos em 1964, e de alguma comunidade internacional, vide SALAZAR, Uma Biografia Politica, de Filipe Ribeiro de Meneses, 4ª Edição, páginas 519 e 547, diria o então Departamento de Estado norte - americano, elaborada em Maio de 1965, " Não restam muitas dúvidas de que os grupos rebeldes têm pela frente uma longa escalada até estarem minimamente em condições de desafiarem a posição militar ou politica portuguesa em Moçambique. Precisarão de muita preparação, treinos e planeamento para atingirem tal objectivo. De momento, tudo o que os rebeldes parecem conseguir fazer é assustar povoações isoladas de europeus no Norte de Moçambique, manter os militares entretidos em patrulhas e causar baixas a uma média de 1 ou 2 de quinze em quinze dias."
Porém , e, continuando a citar, mas já em 1968, : " Uma segunda frente acabou por se abrir no extremo ocidental de Moçambique - na Provincia de Tete- e, mais uma vez , os portugueses tiveram de ultrapassar grandes dificuldades logisticas, reduzindo a sua eficácia, para enfrentarem os combatentes da FRELIMO. A frente de Tete assumiria importància capital., já que a FRELIMO viria a dispor de um alvo imenso: a barragem de Cabora - Bassa, cuja construção foi aprovada pelo Conselho de Ministros a 10 de Julho de 1968. De qualquer modo, era evidente que a situação se agravava: um relatório interno da PIDE, enviado pelo subdirector daquela policia em Moçambique ao director de Lisboa, datado de 2 de Fevereiro de 1968, pintava um quadro negro, pois as tácticas do inimigo tinham mudado: os "terroristas" da FRELIMO actuavam agora com unidades novas, sob o comando de excelentes quadros e equipados com armas de fogo superiores: para já, podemos afirmar que os grupos terroristas deixaram de emboscar e flagelar, passando ao ataque de unidades militares, revelando, superioridade numérica, muita audácia e dispondo de armas superiores às que pelas nossas tropas sao utilizadas. (...) fácil será concluir que o inimigo poderá com facilidade espantosa reduzir a pó toda a nossa estrutura de protecção e, nem os actos de heroismo, nem a fidelidade de algumas populações, poderão impedir que o paciente e persistente trabalho até agora realizado seja aniquilado, que as populações aldeadas desapareçam para sempre do nosso controle e que o inimigo avance para sul...."
"UMA ESTIMATIVA AMERICANA DA SITUAÇÃO EM MOÇAMBIQUE, ELABORADA EM AGOSTO DE 1968, MANIFESTA POUCA ESPERANÇA NUMA VITÓRIA PORTUGUESA"
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