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quarta-feira, 1 de março de 2023
PNUD E MOCAMBIQUE ASSINAM PROJECTO PARA A RECUPERACAO DE CABO DELGADO NO VALOR DE 19 MILHOES DE EUROS.
28-02-2023 15:31
PNUD e Governo assinam projeto de 19 ME para Cabo Delgado
PNUD e Governo assinam projeto de 19 ME para Cabo Delgado
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Maputo, 28 fev 2023 - O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) anunciou hoje a assinatura de um projeto com o Governo de Moçambique no valor de 19 milhões de euros para recuperar Cabo Delgado.
O projeto de dois anos intitulado “Estabilização e Recuperação Imediata da Província de Cabo Delgado” é financiado pelos Países Baixos e União Europeia (UE).
O objetivo é “apoiar os esforços do Governo” e “lançar as bases necessárias para fortalecer a paz e promover o desenvolvimento da região”.
Haverá ações para melhorar as condições de segurança, garantir serviços essenciais e fornecer apoio socioeconómico, refere o PNUD.
O projeto vai decorrer nos distritos mais afetados pela insurgência armada em Cabo Delgado, nomeadamente Macomia, Quissanga, Palma, Mocímboa da Praia, Muidumbe e Nangade.
“Os seis distritos alvo eram, antes do conflito e com base nos dados do censo de 2017, predominantemente rurais, com mais de 70% da população vivendo em áreas rurais. Com base nesta realidade, o programa não limitará as intervenções aos principais centros urbanos, mas também envolverá as comunidades para onde a maior parte da população acabará por regressar voluntariamente”, explica a agência humanitária.
Como parte dos esforços nacionais de estabilização e recuperação, “o PNUD estabeleceu um escritório local em Pemba, capital provincial de Cabo Delgado, em 2021, e começou a implementar atividades de estabilização”.
O PNUD tem apoiado “o restabelecimento de serviços básicos por meio da reabilitação e reconstrução de infraestruturas públicas destruídas, recuperação económica, através de intervenções monetárias e apoio aos meios de subsistência”, concluiu.
A província de Cabo Delgado enfrenta há cinco anos uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
A insurgência levou a uma resposta militar desde julho de 2021 com apoio do Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projetos de gás, mas surgiram novas vagas de ataques a sul da região e na vizinha província de Nampula.
O conflito já fez um milhão de deslocados, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.
LFO // LFS
Lusa/Fim
FONTE LUSA
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