MAPUTO CELEBRA 135 ANOS HOJE COMO CIDADE PARABENS!

Maputo celebra 135 anos de elevação a categoria de cidade Maputo (O Autarca) – A cidade de Maputo, o maior centro urbano de Moçambique e, simultaneamente, a capital nacional, celebra esta quinta-feira (10Nov2022) 135 anos de elevação a actual categoria de cidade. A urbe assinala, entretanto, os 135 anos de elevação a categoria de cidade, num cenário em que continua mergulhada num mar de problemas e desafios com significativo impacto sobretudo social. A cidade está a crescer a duas velocidades. Nota-se um claro avanço em termos de implantação de novas infra-estruturas sobretudo nas zonas eleitas como sendo de elite, incluindo as novas zonas de expansão abertas na perife- Vista da baixa de Maputo onde está localizado o prédio mais alto do país, com 33 andares ria mas, por outro lado, persistem graves problemas de saturação nos bairros suburbanos, com graves cenários de desordenamento habitacinal, onde as condições ambientais são arrepiantes. A cidade tem se revelado a mais ambiciosa do país, com projectos de natureza moderna, mas tem enfrentado dificuldades sérias no domínio de transporte público, com registo frequente de grandes concentrações populares nos terminais e paragens de transporte público e semi-colectivo de passageiros. Apesar de concentrar grandes projectos de expansão das vias de acesso, a cidade ainda está longe de vencer o já crónico problema de congestionamento de viaturas, sobretudo na hora de ponta.A cidade tem o desafio invencível de predominância de vendedores informais nos passeios e ruas, cenário que retira a estética da urbe e a livre circulação de cidadãos, tanto a pé como de veículos. Mas, o mais grave problema que a cidade enfrenta é o facto de se ter tornado o rosto da criminalidade em Moçambique. Maputo tornou-se a cidade mais violenta do país, com ocorrên-cia dos mais macabros casos de criminalidade, de dia e de noite e em toda extensão da urbe, sem especificação de vitimas, deixando todos os cidadãos residentes e frequentadores num ambiente de absoluta insegurança. A onda de rapto continua imparável e as principais vitimas tem sido gente com posse e seus familiares, tornando-se num problema que retira o prazer de viver em Maputo. O dia-a-dia da nossa capital já foi um passado de sonhos, transformado num presente comprometido, onde salva-se quem puder, num ambiente de incerteza do futuro. A concentração excessiva de projectos de desenvolvimento urbanístico sem sobra para beneficiar outros centros urbanos do país é um desafio que deve ser vencido, pois a inveja promove o ódio.A cidade de Maputo precisa continuar a crescer ciente de que outras cidades do país também tem as mesmas necessidades, algumas o seu crescimento tem sido bastante reduzidopara a insatisfação generalizada de seus habitantes que olham Maputo como a capital instituída para a recolha de todos os benefícios nacionais exclusivamente a seu favor.■ (Redacção) FONTE JORNAL O AUTARCA DE MOCAMBIQUE