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quarta-feira, 21 de setembro de 2022
JOAO GOMES CRAVINHO MINISTRO DOS NEGOCIOS ESTRANGEIROS E COOPERACAO DE PORTUGAL ESPERA QUE DEBATE NA ONU FACA A RUSSIA COMECAR A ENCONTRAR UMA SAIDA, FONTE OBSERVADOR E LUSA
Ministro dos Negócios Estrangeiros espera que debate na ONU faça a Rússia começar a encontrar uma saída
"A Federação Russa como membro do conselho de segurança atropelou a Carta da ONU", diz Cravinho que espera que o debate faça a Rússia "refletir sobre os ataques à integridade da Ucrânia".
Agência Lusa
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20 set 2022, 08:17 2
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epa10145703 Portuguese Minister of Foreign Affairs Joao Gomes Cravinho attends the Bled Strategic Forum 2022 in Bled, Slovenia, 29 August 2022. The slogan of the two-day forum is 'The Rule of Power or the Power of Rules?'. EPA/NATASA KUPLJENIK
▲A intervenção do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, está prevista para quarta-feira
NATASA KUPLJENIK/EPA
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O ministro dos Negócios Estrangeiros espera que o debate geral da 77.ª sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) faça a Rússia refletir e começar a encontrar uma saída para a guerra na Ucrânia.
“Eu espero que ao longo desta semana a Rússia venha a dar-se conta do enorme opróbrio que resulta da sua invasão da Ucrânia”, afirmou João Gomes Cravinho, em declarações à agência Lusa e à rádio Antena 1, em Nova Iorque, sobre o debate geral entre chefes de Estado e de Governo na Assembleia Geral da ONU, que começa hoje.
O ministro assinalou que a Federação Russa é membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, “portanto, daqueles que têm responsabilidade mais elevada face à Carta das Nações Unidas”, e “atropelou a Carta de uma forma perfeitamente visível para todos” ao invadir a Ucrânia em 24 de fevereiro dando início a uma guerra que já leva quase sete meses.
“Os ataques à soberania e à integridade territorial da Ucrânia são perfeitamente indesculpáveis face àquilo que é o documento fundacional das Nações Unidas. E eu penso que ao longo destes próximos dias haverá muitas oportunidades para a Rússia refletir sobre aquilo que são os pontos de vista da comunidade internacional e a forma como a comunidade internacional reage a esta atitude da Rússia”, considerou.
João Gomes Cravinho anteviu que “não haverá unanimidade” na Assembleia Geral da ONU, até porque “há sempre cinco, seis países que apoiam a Rússia independentemente do que seja o caso, o assunto”, mas “haverá um apoio esmagador em relação à Ucrânia”.
“Vimo-lo ainda recentemente, na sexta-feira, quando se fez aqui uma votação para criar uma autorização especial para que o Presidente Zelensky, obviamente impedido de se deslocar devido à invasão do seu país pela Rússia, falasse à Assembleia Geral das Nações Unidas por videoconferência. Isto normalmente nunca no passado foi autorizado, mas houve um apoio esmagador para esse pedido feito pela delegação da Ucrânia”, referiu.
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