terça-feira, 14 de junho de 2022

TIMOR LESTE, PETROLIFERA AUSTRALIANA REAFIRMA EMPENHO NO MAR DE TIMOR.

14-06-2022 09:19 Petrolífera australiana reafirma empenho no Mar de Timor Petrolífera australiana reafirma empenho no Mar de Timor facebook sharing buttontwitter sharing buttonemail sharing buttonlinkedin sharing buttonwhatsapp sharing button Díli, 14 jun 2022 (Lusa) – A petrolífera australiana Woodside disse hoje que continua empenhada em avançar no desenvolvimento dos campos 'Greater Sunrise', no Mar de Timor, o que exige um novo acordo de partilha de produção e disposições fiscais e regulamentares. “A Woodside tem uma forte relação com os governos de Timor-Leste e da Austrália e continua empenhada em progredir no desenvolvimento do Greater Sunrise”, disse à Lusa um porta-voz oficial da empresa. “As negociações entre os dois Governos e o consórcio da Sunrise sobre o novo Contrato de Partilha de Produção começaram em novembro de 2018 e estão em curso, com duas reuniões trilaterais fundamentais já realizadas este ano”, sublinha. Questionado hoje pela Lusa sobre o mesmo assunto, António de Sousa, presidente da petrolífera timorense Timor Gap - que detém a maioria do consórcio do 'Greater Sunrise' – disse que o projeto de desenvolvimento tem que ser alvo de uma “decisão nacional”. “Em termos das negociações as coisas estão a correr bem. Foi concluída a agenda para as negociações e isso é muito bom. Estamos a trabalhar para ir respondendo aos desafios”, disse. António de Sousa reiterou a necessidade de uma certificação de reservas para garantir a viabilidade do projeto e saber qual o seu modelo, um processo que “demora o seu tempo”. O projeto do 'Greater Sunrise' constitui o maior investimento de sempre do Governo timorense, que já utilizou 650 milhões de dólares (570 milhões de euros) do fundo petrolífero para comprar a participação maioritária no consórcio que vai realizar a componente de ‘upstream’ do projeto. Assim, e depois da compra, a Timor Gap detém uma participação maioritária de 56,6% no consórcio do projeto, que inclui ainda a Woodside, como operadora, e a Osaka Gas. As estimativas iniciais da Timor Gap antecipavam que o desenvolvimento do projeto teria custos de capital até 12 mil milhões de dólares norte-americanos (cerca de 11 mil milhões de euros). A previsão otimista, baseada num preço por barril de cerca de 60 dólares (53 euros), era de um retorno financeiro que podia alcançar os 28 mil milhões de dólares (24,5 mil milhões de euros). “O desenvolvimento da Greater Sunrise tem o potencial de dar valor tanto ao povo de Timor-Leste como aos acionistas do consórcio, e a atual crise energética global coloca em perspetiva a dimensão da oportunidade”, explica a Woodside. O porta-voz da empresa - uma das participantes numa cimeira de petróleo, gás e minas que começou hoje em Díli – explicou que “as disposições fiscais e regulamentares e o novo Contrato de Partilha de Produção (CPP) têm de ser finalizados antes de o projeto poder avançar”. “Até que sejam implementados novos acordos de CPS, a Sunrise Joint Venture continuará a honrar as suas obrigações ao abrigo dos contratos de partilha de produção existentes (JPDA 03-19 e JPDA 03-20) e de Arrendamentos de Retenção (NT/RL2 e NT/RL4)”, explica. Em 2020 a Woodside registou imparidades de 170 milhões de dólares (149 milhões de euros) no Greater Sunrise. Apesar disso, notou hoje o porta-voz, a Woodside continua a registar nas suas contas um Contingente de Recursos do Greater Sunrise de 377 MMBoe (milhões de barris de óleo equivalente)”. No final de 2020 a Timor Gap também depreciou o valor da participação no projeto da Greater Sunrise, de 673 milhões de dólares (594 milhões de euros) para zero, numa decisão revelada apenas na proposta do Orçamento Geral do Estado para 2022. Nos livros que acompanham o OGE, o Governo explica que, segundo as notas nessas demonstrações financeiras consolidadas, “a perda por imparidade foi desencadeada pela incerteza sobre o regime fiscal e regulamentar do Regime Especial do Greater Sunrise”. A decisão foi também condicionada pela “incerteza sobre o conceito de desenvolvimento dos parceiros da 'joint venture', revisões das previsões de preços de petróleo e gás de médio e longo prazo e os efeitos esperados do ambiente macroeconómico, da pandemia da covid‐19 e dos fundamentos de oferta e procura do mercado de energia”, indica. ASP // JMR Lusa/Fim FONTE LUSA

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