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sábado, 23 de outubro de 2021
GORONGOSA PARQUE NACIONAL PROMOVE LEGALIDADE NO SECTOR FLORESTALMOCAMBICANO COM FOCO PARA A PROTECCAO DOS RECURSOS NATURAIS E BENEFICIOS PARA COMUNIDADES LOCAIS
“Gorongosa promove legalidade no sector florestal Moçambicano com foco para a protecção dos recursos naturais e benefícios para comunidades locais - Novo plano de maneio florestal para o corredor Muanza-Inhaminga e sistema de rastreio de madeira apresentados, em Cheringoma, pelo Projecto de Restauração da Gorongosa Cheringoma (O Autarca) – Com mais de 40 por cento do território nacional coberto por florestas1, Moçambique é um dos maiores exportadores de madeira do continente africano. A crescente presença Moçambicana no mercado florestal internacional traz à tona questões relacionadas à legalidade e sustentabilidade do sector madeireiro do país. Estima-se que entre 2007 e 2013, casos de ilegalidade no sector causaram a perda de mais de 145 milhões de dólares em tributos fiscais para o governo – recurso que poderia ter sido utilizado para o desenvolvimento do próprio sector e dos seus membros. Para reverter essa situação e auxiliar o sector a atingir o seu verdadeiro potencial económico e ambiental, o Programa FAO-UE de Aplicação da Legislação Florestal, Governação e Comércio (FLEGT) uniu-se ao Projecto de Restauração da Gorongosa (PRG) para promover a legalidade no corredor florestal Muanza - Inhaminga, na província de Sofala, centro de Moçambique. Promovendo o uso responsável de recursos naturais e o desenvolvimento das comunidades locais A iniciativa do PRG, com apoio do Programa FAO-UE FLEGT, visa o desenvolvimento de uma estratégia de maneio florestal para o corredor Muanza-Inhaminga. O corredor faz fronteira com o Parque Nacional da Gorongosa, uma peça chave para o cumprimento de objectivos nacionais de conservação da biodiversidade, e inclui áreas significativas da sua zona Foto de ocasião: Participantes na reunião de enceramento que teve lugar em Inhaminga tampão demarcada, que serve como uma cintura de proteção para as áreas de conservação do Parque. Além de contribuir para a protecção do parque, a zona tampão (ou zona de desenvolvimento sustentável) oferece um espaço seguro para que comunidades locais pratiquem actividades económicas e extraiam benefícios da floresta sem prejudicar a mesma. Para desenvolver uma estratégia de maneio florestal, foi realizado um inventário florestal de 200 mil hectares na região, determinando a base de recursos florestais economicamente exploráveis. O plano de maneio dos recursos florestas do corredor florestal Muanza-Inhaminga orientará futuros investimentos na região e explorações florestais, inclusive de empresas florestais comunitárias. No plano, é previsto também o engajamento e fortalecimento dos Comités de Gestão de Re-cursos Naturais (CGRNs), sendo os Comités formados por membros das próprias comunidades. Enquanto ao envolvimento das comunidades locais, o ponto de partida foi dado com o treinamento de 41 membros de oito comunidades em matérias sobre avaliação e uso de recursos florestais, maneio florestal sustentável e gestão de terras. “As comunidades locais são protagonistas da protecção e uso responsável dos recursos naturais do país. Através do novo plano de maneio florestal, o envolvimento de membros dessas comunidades será facilitado e sistematizado, gerando benefícios para a floresta e para a população regional”, afirmou a Hercília Chipanga, Gestordo Sector de Relações Comunitárias da PRG. As informações colectadas através do inventário serviram de base para o desenvolvimento de um sistema de rastreio da madeira extraída no local. O sistema de rastreio de madeira foi pilotado pela concessão florestal Levasflor e promete avançar objectivos de transparência no sector madeireiro.■ (Redacção/ PNG)”
FONTE: JORNAL O AUTARCA DE MOCAMBIQUE.
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