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"Ataques em Moçambique. Aeródromo de Mocímboa da Praia vai precisar de um novo investimento para voltar a funcionar
O equipamento de controlo de aeronaves foi completamente danificado durante a ocupação da vila por rebeldes, em março de 2020. A estratégica vila portuária foi reconquistada a 8 de agosto.
O aeródromo de Mocímboa da Praia, norte de Moçambique, precisa de um novo investimento para voltar a funcionar, após ter sido destruído pelos grupos armados que ocuparam a zona durante 15 meses, anunciou a empresa Aeroportos de Moçambique (ADM).
“Tudo está queimado, tudo está em cinzas”, disse Eduardo Mutereda, diretor operacional da ADM, em declarações à emissora pública Rádio Moçambique. Mutereda avançou que o equipamento de controlo de aeronaves foi completamente danificado durante a ocupação da vila de Mocímboa da Praia por rebeldes, em 23 de março de 2020. “Estamos a fazer o inventário e vamos fazer um estudo mais pormenorizado sobre as necessidades de um novo investimento”, declarou.
Uma operação conjunta das forças governamentais moçambicanas e ruandesas reconquistou no domingo a estratégica vila portuária de Mocímboa da Praia, na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique.
A vila, que além do porto conta com um aeródromo, estava ocupada pelos rebeldes desde 23 de março do ano passado, numa ação depois reivindicada pelo grupo jihadista Estado Islâmico.
A reconquista da vila pelas forças conjuntas de Moçambique e Ruanda ocorreu por volta das 11h00 de domingo (10h00 de Lisboa), após semanas de operações militares, com as forças ruandesas a estimarem, a partir de Kigali, baixas de, pelo menos, 70 pessoas entre os insurgentes.
Imagens transmitidas pelo canal público Televisão de Moçambique (TVM) mostram um cenário de destruição de infraestruturas públicas e privadas na vila de Mocímboa da Praia, com algumas casas que terão sido poupadas pelos rebeldes e que serviriam como escritórios dos líderes dos insurgentes.
Grupos armados aterrorizam a província de Cabo Delgado desde 2017, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico. Na sequência dos ataques, há mais de 3.100 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e mais de 817 mil deslocados, segundo as autoridades moçambicanas."
FONTE: JORNAL O OBSERVADOR DE PORTUGAL
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