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Consultora prevê crescimento de 3% para Moçambique mas
deixa alerta
A consultora Capital Economics prevê um crescimento de 3,0% da economia
moçambicana este ano, mas alerta para o risco ao investimento devido à
instabilidade no norte do país, em particular devido à suspensão do projeto de
exploração de gás natural liquefeito.
© Lusa
10:04 - 08/08/21 POR LUSA
ECONOMIA MOÇAMBIQUE
"Em Moçambique, a declaração de 'força maior' sobre um grande projeto
de GNL [gás natural liquefeito], na sequência de repetidos ataques por
insurgentes, está a acrescentar novos ventos de proa a uma recuperação já
lenta. O abandono do projeto iria prejudicar gravemente as perspetivas de
crescimento do país e suscitar preocupações reais sobre a dívida pública",
escrevem os analistas numa nota hoje consultada pela Lusa.
No documento, os analistas referem que "o desejo de investimento em
Moçambique está em perigo à medida que os ataques de insurgentes continuam no
norte do país".
No documento, a Capital Economics apresenta também as suas previsões,
estimando para este ano um crescimento de 3,0% do PIB de Moçambique, que deverá
crescer 4,0% em 2022 e 4,5% em 2023.
Quanto à inflação, o índice dos preços no consumidor deverá crescer 5,5%
este ano, 5,8% no próximo e, também, 5,8% no seguinte, de acordo com as
previsões da consultora sediada em Londres.
A petrolífera francesa Total tem uma quota de 26,5% no projeto de gás
natural liquefeito em desenvolvimento no norte de Moçambique, cuja primeira
produção e exportação estava prevista para 2024, mas que ficou adiada pelo
menos um ano no seguimento da declaração de 'força maior' por parte da
petrolífera.
Em 26 de abril, a Total acabou por fazer uma declaração de 'força maior',
ou seja, assumindo-se "incapaz de cumprir as suas obrigações em resultado
da severa deterioração da situação de segurança em Cabo Delgado, um assunto que
está completamente fora do controlo da Total".
Do investimento de 20 mil milhões de dólares (16,5 mil milhões de euros) -
o maior investimento privado em África -, previa-se canalizar 12,5% para
empresas locais durante a construção."
FONTE: ECONOMIA AO MINUTO E LUSA.
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