CAMINHOS POSSIVEIS PARA AS SAIDAS DAS
CRISES?!? E PORQUE NÃO?
O QUE FAZER QUANDO A PANDEMIA DO
CORONA VIRUS DEIXAR DE SER MAIS UM OBSTÁCULO AO DESENVOLVIMENTO?
Este meu humilde contributo é essencialmente virado para a
Provincia de Sofala. Tem como ponto de partida as últimas DUAS CRISES que nos
afectaram profundamente: IDAI em Março
2019 e O CORONA VIRUS, Março/Abril/Maio de 2020, ainda em curso,
avisadamente decretado o Estado de Emergência também para Maio.
O que se poderá ir pensando,
calma .... temos tempo, preparando, organizando, atempadamente planificando, pois, tempo não nos falta, para se fazer , quando for declarada a
desaceleração ou o fim da pandemia, a nível da pequena e média empresa de
Sofala? A comunidade internacional onde a situação foi muitissimo mais grave
começou a abertura social e económica.
Todo o Mundo vai dizer,
mas não temos dinheiro e ninguém nos empresta!
Mas antes de termos o tal dinheiro próprio ou emprestado, lá
irei também tocar este tema, mais à frente. O que podemos fazer com apoio
totalmente gracioso das várias Associações Empresariais localizadas na
Provincia? Com o apoio dos grandes empresários e das grandes empresas? Porque
não um apelo aos orgãos de comunicação social para mais e melhor apoiar um
desafio destes? Com o apoio do Conselho Provincial de Sofala da Ordem dos Advogados, também a titulo gracioso? E do
IPAJ? As Universidades e os estabelecimentos de ensino técnico profissional
estão atentos e disponiveis para estes desafios? Acredito plenamente que muitos
e bons cidadãos, cada um com o seu saber
e a sua profissão, estão também graciosamente disponiveis. Ou ficarmos sentados
armados em vitimas e a murmurar a toda a hora? Tenho pena é das VITIMAS,
DAS”VITIMAS”.....
Que produções há, sejam de que tipo for, em toda a Provincia de Sofala sempre a nivel
do pequeno e médio produtor e que mercados há na mesma Provincia ou possivel
colocação nas Provincias de Manica, Tete
e Zambézia, a chamada região centro? E porque não os mais ousados atirarem-se a
mercados estrangeiros, nomeadamente Malawi, Zâmbia, Zimbabwe e África do Sul,
por exemplo? Querem fazer, mas não
sabem? Vamos encontrar aqui na Provincia quem sabe e transmita o seu
conhecimento, o seu saber aos outros, também graciosamente. Só pensamos em comércio,
indústria e agricultura ou pecuária? E a prestação de serviços?
Os INCOTERMS 2020 e a
sua aplibalidade está breve em prática. Como sabemos “ As regras INCOTERMS
definem importantes responsabilidades para compradores e vendedores a respeito
da entrega de mercadorias no âmbito de contratos de compra e venda. São regras
reconhecidas por determinarem a alocação os custos e os riscos entre as partes.
As regras INCOTERMS são normalmente incorporadas em contratos de compra e venda
de mercadorias no mundo inteiro e já se tornaram parte integrante da linguagem
diária do comércio internacional. “ Assim e a partir deste ano temos como
REGRAS PARA QUALQUER MODO OU MOOS DE TRANSPORTE: EX WORKS/ NA FÁBRICA, FCA/FRANCO
TRANSPORTADOR, CPT/FRANCO PAGO ATÉ, CIP/TRANSPORTE E SEGURO PAGOS ATÉ, DAP/ENTREGUE NO LOCAL, DPU/ENTREGUE NO LOCAL DESCARREGADA, DDP/ ENTREGUE COM DIREITOS PAGOS. Como
REGRAS PARA TRANSPORTE MARITIMO OU POR VIAS NAVEGÁVEIS INTERIORES: FAS/FRANCO AO LONGO DO NAVIO, FOB/FRANCO A BORDO, CFR/CUSTO E FRETE, CIF/ CUSTO SEGURO E FRETE. Pelo que a partir de 2020, a última
revisão foi em 2010, temos 11 INCOTERMS da Camara de Comércio Internacional.
Mas estamos a falar de que produtos por exemplo?
Agricolas, como batata, arroz, couves,
beringela, cebola, nanos, nabiça, couve troncha, tomate, espinafres, repolho,abobora,
pepino, alface,rúcula, pimento,
mandioca, madumbe, bata doce, abóbora, cacana, gengibre, piri piri, salsa, gergelim,
milho, trigo, meixoeira, mapira, melancia, limoes, laranjas, ananazes, abacates,
goiabas, atas, anonas, papaia, bananas,etc, etc, etc. E o mikate já conhecido e
divulgado a nivel mundial desde 1586?
Potenciais clientes? Mercados e mercadinhos, ( Maquinino,
Ponta gêa, Goto, Praia Nova, etc) super mercados grandes superficies, hoteis,
restaurantes, grandes familias. Como fazer a distribuição? Criar uma ou várias
pequenas de distribuição para este efeito. Que principos terão de nortear estas
empresas? Rigor, pontualidade, qualidade dos produtos e qualidade do serviço,
regularidade, segurança, certeza. Cuidado, nem todos temos perfil para sermos empresários
pequenos que possamos ser de uma empresa de logistica ou distribuição. Aqui
nunca funcionárá o “amanhã” ou “estou a vir”. Criar meios de oferta de
distribuição que permitam o porta a porta?
E a costa da Provincia de Sofala banhada pelo Indico bom
peixe e marisco tem?!? Estamos a comercializar bem aquilo que artesanalmente
capturamos?!? Em meios de frio? Em boa distribuição? Chegamos a todos os
potenciais mercados?
Será que o mercado está já esgotado também a nivel de prestação de serviços de boa
qualidade, rigor e cumprimento de prazos de pedreiros, carpinteiros,
canalizadores, serralheiros, electricistas, pintores, mecânicos de automóveis,
etc, etc, etc, ?????
Que outras produções há nesta Provincia que possamos vender,
distribuir colocar no sítio certo?
Os transportadores pequenos e médios já existentes, estão
organizados em garantir retornos no seu habitual tipo de cliente direccional?
De um só sentido? Como poderão eles contribuir neste desafio que também é
deles? Venham ideias exequiveis!
Porque não dar uma leitura ao PLANO ECONÓMICO E SOCIAL e
encontrar lá alguns caminhos, algumas oportunidades de negócio?
Agora um recadinho para a banca comercial, que tal criar
juros verdadeiramente bonficados para empréstimos de projectos também
verdadeiramente credíveis e empreendedores? Que tal serem de um prazo de dois a
cinco anos? E o primeiro ano sem juros? Com uma moratória de seis meses do
inicio do pagamento da primeira prestação? Por exemplo.
Será que já temos o suficiente na Provincia de Sofala em
qualidade de pequena oferta de restauração para um bom peixe, um bom marisco
uma boa carne? Bons petisquinhos para todo o tipo de gosto e para todo o tipo
de clientela? Estará o mercado saturado? Porque não apostar na alta qualidade
de um caril de amendoim de galinha do
campo, de um bom caril de caranguejo, de camarão, um bom naco de carne grelhado,
uma boa caldeirada de cabrito? Um peixe bem grelhado? Umas ameijoas bem feitas?
Um caranguejo bem preparado ao natural? Uma moelas bem guizadas?
Acredito que por desconhecimento ou alguma pressa em
transmitir esta mensagem tenha descurado algumas e boas outras oportunidades de
criação ou de desenvolvimento de pequenas e médias empresas de outros ramos de
actividades, bem haja quem continuar este “jogo”, o campeonato ainda nem sequer
começou.
Por favor vamos manter as normas de higiene que nos
transmitiram, acho que o sucesso da não propagação do corona virus passa por
ai: lavar as mãos, andar de máscara, usar regular,ente alcool gel, evitar
ajuntamentos e contactos pessoais no exterior, tomar banho duas tres vezes por
dia, não facilitar. Ouvir principalmente o pessoal da área hospitalar,
respeitar as suas regras. O que faz tanta criançada na rua? Os encarregados de
educação apercebem-se disso?
Desculpem - me mais uma vez, eu também sou aprendiz, nunca
vivi antes uma situação como esta, também na vida, nunca cruzei os braços e/ou fiquei a murmurar, não pretendo ensinar
ninguém, porque também não sei, não pretendo ferir a susceptibilidade de
ninguém, apenas minimamente contribuir com um ALO para a nova caminhada que se
avizinha, podem crer: O DESAFIO É MUITO FORTE! HAJA DINÂMICA E CAPACIDADE
EMPRENDEDORA, MOTIVADORA EXISTE!
Augusto Macedo Pinto, Advogado, com residência e
escritório na Beira, membro da OAM e da ACB. Email: augustomacedopinto@gmail.com
ARTIGO DE OPINIÃO, REFLEXÃO PUBLICADO EM DOIS JORNAIS DE
MOÇAMBIQUE, AOS QUAIS AGRADEÇO A GENTILEZA, Semanário MAGAZINE INDEPENDENTE,
editado na cidade de Maputo, edição 12
de Maio de 2020, sai às Terças, Ano XII, Nº 673, páginas 6 e 7 e DIÁRIO DE
MOÇAMBIQUE, editado na cidade da Beira, jornal diário, nas edições de 13 de
Maio de 2020 e concluido na edição de 14 de Maio de 2020.
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