“FIPAG socializa projectos de melhoramento de abastecimento
de água às cidades da Beira e Dondo Beira (O Autarca) – O recémnomeado Director
Regional Centro (DRC) do FIPAG – Fundo de Investimento e Património do
Abastecimento de Água, Castigo Cossa, apresentou ontem, terça-feira (26), na
cidade da Beira, na Quarta Sessão Ordinária do Governo Provincial de Sofala, os
projectos em curso ao nível da Área Operacional da Beira (AOB) com vista ao
melhoramento do sistema de abastecimento de água às cidades da Beira e de
Dondo, separadas uma da outra por uma raio de 30 quilómetros. A Área
Operacional da Beira, situada na província de Sofala, é a maior área
operacioCastigo Cossa, Director Regional Centro do FIPAG nal da Região Centro
do FIPAG, possuindo o maior número de clientes e o maior sistema de
abastecimento de água que alimenta as populações dos municípios da Beira e de
Dondo, incluindo a sede do Posto Administrativo de Mafambisse. O sistema de
abastecimento de água tem como capacidades nominais de captação, produção e
armazenamento de 60.000 m3/d, 50.000 m3/d e 36.590 m3, respectivamente,
totalizando 196.590 m3/d. Na ocasião, Castigo Cossa referiu-se a implementação
do Projecto de Abastecimento de Água e Apoio Institucional (WASIS II),
financiado pelo Govero de Moçambique (GM) em parceria com o Banco Mundial (BM),
no valor de 26 milhões de dólares norte americanos, cujas actividades
princepais consistem (i) na expansão da rede de abastecimento de água numa
extensão de 120 quilómetros beneficiando diversos bairros das cidades da Beira
e de Dondo para permitindo maior acesso ao preciso líquido; (ii) reabilitação
da Estação de Tratamento de Água (ETA) de Mutua para proporcionar melhor
qualidade de água; e (iii) a construção de um novo centro distribuidor no
Bairro de Estoril, com capacidade de 2.500m3, um pouco maior que o recentemente
inaugurado no bairro de Inhamízua, que visa responder a demanda dos bairros de
Estoril, Macurungo, Manganhe e Macúti, na cidade da Beira. Explicou que com a
construção do novo reservatório, o impacto esperado circunscreve-se
essencialmente na resolução do problema de água na zona do Estoril, Manganhe,
Macúti e Aeroporto, neste momento consideradas zonas mais críticas relativamente
ao abastecimento de água na cidade da Beira. “Esperamos ultrapassar o défice no
fornecimento de água canalizada nestes bairros” – destacou. Em curso na Beira
introdução de contadores pré-pago Por outro lado, o Director Regional Centro do
FIPAG anunciou que já está em curso na cidade da Beira o projecto de introdução
de novos contadores de abastecimento de água de sistema pré-pago. Trata-se de
um projecto de âmbito nacional que está ainda na sua fase piloto, sendo que na
cidade da Beira iniciou no passado dia 11 de Fevereiro prevendo a instalação de
1.200 contadores. Até o presente momento, Segundo revelou a fonte, já foram
instalados 19 contadores, beneficiando instalações que integram um conjunto de
clientes identificados para amostra, mas futuramente o projecto prevê abranger
todos consumidores ligados ao sistema de abastecimento de água caplataformas
existentes”. Níveis de turvação são aceitáveis Paralelamente, Castigo Cossa
referiu-se ao nível de turvação da água que as vezes ocorre no sistema, tendo
explicado que se trata de uma situação que circunstancialmente acontece no
sistema de abastecimento de água, sobretudo em épocas chuvosas. “Nesse período
o nível de turvação geralmente tende a subir e algumas vezes, para minimizar o
impacto, tem de se reduzir o volume produzido”. Contudo, tranquilizou que o
nível de turvação da água fornecida à cidade da Beira não é ameaçador à saúde
pública, uma vez que nunca foi detectado um grau acima do padrão
préestabelecido, nem sequer alguma vez atingiu a metade do nível
desaconselhável para o consumo humano. E Cossa assegurou que com a reabilitação
da ETA de Mutua esperase a reduzação substancial dos níveis de turvação mesmo
nos períodos críticos. Refira-se, entretanto, que a água canalizada às cidades
da Beira e de Dondo, a sua captação para a Estação de Tratamento dr Mutua é
feita num canal que serve de reservatório de água bruta, proveniente do Rio
Pungué e é transferida para esse canal vinda de duas captações distintas, uma
antiga que pertence à Empresa Açucareira de Mafambisse e outra situada no
DingueDingue recentemente construída pelo FIPAG. A Captação no Dingue-Dingue é
constituída por 3+1 grupos de bombagem submersíveis com uma capacidade nominal
de 1.350 m3/h e uma altura manométrica de 17,2 m. O Sistema de Abastecimento de
Água (SAA) da Área Operacional da Beira (AOB) dispõe de cerca de 942 km’s de
rede de distribuição, incluindo tubagem primária, secundária e terciária. Parte
desta rede é obsoleta, em asbesto-cimento (AC), com mais de 50 anos de idade,
estando vulneráveis à ropturas. Para além do AC, também existem tubagens em
ferro galvanizado, copolene e PVC, com os diâmetros a variarem de DN600 à DN50.■ (Redacção)”
FONTE: JORNAL O AUTARCA DE MOÇAMBIQUE.
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