O SECTOR da Agricultura e Segurança Alimentar na província de Tete projectou para o primeiro trimestre do próximo ano a construção de três represas de água em alguns rios periódicos dos distritos de Marara e Moatize para a irrigação agrícolas e abeberamento do gado.
Para o efeito, de acordo com o director provincial da Agricultura e Segurança Alimentar, José Pereira Mendonça, os governos locais estão a trabalhar na sensibilização das comunidades para a sua participação no processo de construção das infra-estruturas que vão dinamizar as actividades agrícolas durante o ano.
“Com estas iniciativas vamos impulsionar a produção agrícola através de culturas de ciclo vegetativo curto, como hortícolas e, desta forma, melhorar a dieta alimentar das comunidades”, disse, indicando que muitos agricultores apenas produzem durante a época chuvosa, sendo que na estação seca praticam outras actividades de baixo rendimento e sem impactos assinaláveis no seio das famílias.
“Porque queremos combater a fome e, consequentemente, a pobreza, estamos a identificar, principalmente nos distritos do sul da província de Tete, zonas para a construção de represas de baixo custo envolvendo as comunidades para a transformação de uma agricultura de subsistência para a comercial” - disse Mendonça.
Para a presente safra agrícola a província de Tete projecta igualmente o aproveitamento das capacidades hídricas dos distritos posicionados ao longo do Planalto Angónia/Marávia, por sinal com grande potencial de produção durante todo o ano, com vista a atingir uma segurança alimentar no seio das comunidades, sobretudo das que vivem nas regiões áridas e semi-áridas.
“Estamos a impulsionar uma agricultura mecanizada e de negócios nos próximos tempos nesta região nortenha da província, onde, para efeito, colocámos a maior parte da frota de máquinas agrárias” - afirmou o director provincial da Agricultura e Segurança Alimentar em Tete.
Disse ainda que os 19 centros de prestação de serviços agrários criados em toda a província já estão a produzir impactos positivos no alargamento de áreas produtivas, um dos pressupostos para o aumento da produção e produtividade, situação que está a contribuir, nos últimos dois anos, no melhoramento da segurança alimentar ao nível da província.
Apesar da seca que afectou a região sul e uma parte da nordeste da província, a situação de segurança alimentar é considerada normal, uma vez que os distritos ao longo do Planalto de Angónia/Marávia produziram o suficiente para o abastecimento em termos de cereais, feijões, hortícolas e leguminosas.
BERNARDO CARLOS"
FONTE: NOTICIAS, JORNAL DE MOÇAMBIQUE.
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