SESSENTA e cinco empresários moçambicanos procuram esta semana, nos Estados Unidos, firmar parcerias estratégicas com instituições norte-americanas, no quadro de uma missão que integra a visita de trabalho que o Presidente da República, Filipe Nyusi, inicia hoje àquele país, a partir da cidade de Washington.
A missão é composta por empresários de diversos ramos, a maior parte dos quais (26) da área de energia e recursos minerais, incluindo cinco da dos petróleos e gás. Os outros são dos sectores de serviços (8), construção civil (10), agronegócios (5), mercados financeiros e envestimentos (5), turismo (5), farmácias (4) e comunicações (2).
Segundo o vice-presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Rogério Samo Gudo, os empresários nacionais, provenientes das províncias de Maputo, Sofala, Nampula, Niassa e Cabo Delgado, vão participar em dois fóruns, o primeiro dos quais se realiza amanhã, em Washington DC, e o outro na sexta-feira, dia 16, em Houston, no Texas.
Samo Gudo espera uma reacção positiva do empresariado norte-americano, dado que Moçambique oferece grandes oportunidades, particularmente na área de petróleos e gás natural, que interessa a muitos países e companhias influentes que operam no sector ao nível mundial, particularmente os Estados Unidos.
“O indicador disso é a presença de empresas americanas na prospecção de gás natural em Moçambique. Este é um sinal do interesse dos Estados Unidos em investir no nosso país, razão por que temos de capitalizar esta oportunidade”, considerou.
Em Houston, uma das cidades que o Presidente da República deverá escalar nesta visita, acompanhado pelos empresários moçambicanos, localiza-se a sede da Anadarko, a companhia petrolífera envolvida na prospecção de petróleo e gás em Moçambique.
Na área de infra-estruturas espera-se um novo impulso por parte dos Estados Unidos, que neste momento estão a investir na logística de escoamento de carvão das zonas de produção para os pontos de exportação, como os portos da Beira e de Nacala.
A presença do Chefe do Estado poderá contribuir para estimular e sensibilizar o sector privado local a investir em Moçambique e alavancar as trocas comerciais com os Estados Unidos, cujos mecanismos estão estabelecidos por meio da iniciativa que oferece aos países africanos a oportunidade de estes colocarem os seus produtos no mercado norte-americano."
FONTE: NOTICIAS, JORNAL DE MOÇAMBIQUE.
No âmbito deste programa, designado AGOA, Moçambique dispõe de facilidades para exportar para os Estados Unidos 6500 produtos diversos, mas actualmente apenas o açúcar e o camarão são os que mais entram neste mercado. Os outros são o titânio, tântalo, caju e pedras semi-preciosas, enquanto importa daquele país produtos petrolíferos, energéticos, trigo, camiões e tractores.
No ano passado os Estados Unidos, através da USAID (Agência Norte-Americana para o Desenvolvimento Internacional), lançaram quatro parcerias inovadoras com entidades privadas, destinadas a aumentar os rendimentos agrícolas de pequenos agricultores nas províncias de Nampula, Zambézia, Manica e Tete.
No presente momento, no domínio da parceria, a USAID está a desenvolver um programa denominado SPEED, que visa a melhoria do ambiente de negócios em Moçambique, através do aprimoramento de políticas de comércio e investimento para tornar as empresas nacionais mais competitivas.
LÁZARO MANHIÇA, em Washington
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