sábado, 27 de agosto de 2016

JAPÃO REVELOU E RENOVOU O SEU APOIO A MOÇAMBIQUE A PARTIR DE NAIROBI, CASO PARA DIZER CANDEIA QUE VAI À FRENTE ALUMIA DUAS VEZES

O JAPÃO renovou ontem, em Nairobi, no Quénia, a sua disponibilidade de manter e incrementar o seu apoio a Moçambique, sobretudo na área económica, que ainda regista índices reduzidos de trocas comerciais.
A vontade foi expressa durante um encontro que o Presidente da República, Filipe Nyusi, manteve com  o Primeiro-Ministro japonês, Shinzo Abe, à margem da sexta edição da Conferência Internacional de Tóquio para o Desenvolvimento de África (TICAD VI), um evento de dois dias com início esta manhã.
No encontro Nyusi aproveitou a oportunidade para felicitar o Primeiro-Ministro japonês pela sua reeleição, referindo que este facto possa ajudar a acelerar a implementação de projectos concebidos no âmbito da cooperação bilateral.
Em entrevista recente à AIM, em Maputo, o representante-residente da Agência Japonesa de Cooperação Internacional (JICA), Katsuyoshi Sudo, disse que “as exportações de Moçambique para o Japão são na ordem de nove milhões de dólares por ano, e as exportações do Japão para Moçambique são na ordem de 150 milhões de dólares”.
Mesmo assim o Japão é um parceiro importante para o desenvolvimento de Moçambique, estando actualmente a financiar inúmeros projectos no país, incluindo a reabilitação do “Corredor de Nacala”, orçada em 700 milhões de dólares; a construção da nova central térmica de Maputo, um investimento de 120 milhões de dólares e que deverá ser concluída no início de 2018, entre outros.
Em declarações a jornalistas no final do encontro, o Ministro moçambicano dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Oldemiro Balói, explicou que os dois governantes também passaram em revista a cooperação entre os dois países.
A dívida externa de Moçambique foi outro tema abordado durante o encontro, incluindo “as suas implicações, os caminhos de saída que o país está a seguir”, tudo com o objectivo de manter o Japão informado, em primeira mão, sobre os passos que o país está a dar na gestão da dívida e dos vários projectos de desenvolvimento nas actuais condições de crise económica e financeira global.
A cooperação com aquele país asiático também inclui a componente social. Por isso foi anunciada a disponibilização de um montante de 2,7 milhões de dólares para apoiar a segurança alimentar em Moçambique.
“Portanto, são sinais importantes, num momento em que o país mais do nunca precisa de ajuda”, referiu Balói.
Refira-se que dezenas de milhares de moçambicanos carecem de assistência alimentar devido à seca que afecta a maioria dos países da África Austral, a pior das últimas décadas.
ELIAS SAMO GUDO, da AIM, em Nairobi"
FONTE: NOTICIAS, JORNAL DE MOÇAMBIQUE.

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