domingo, 22 de maio de 2016

SEMENTES CHEGAM A ONZE MIL FAMILIAS DO CHIMOIO, PROVINCIA DE MANICA, MOÇAMBIQUE, RAMAS DE BATA DOCE E ESTACAS DE MANDIOCA FORMA DE RECUPERAR OS ATRASOS PROVOCADOS PELA SECA

Mais de onze mil famílias do distrito de Chimoio, província de Manica, receberam insumos para superar o fracasso verificado na primeira época da campanha agrícola 2015/16, prestes a findar.
A falta de chuvas que se verificou em
Chimoio destruiu mais de 15 746 hectares
de culturas diversas com destaque para
cereais, deixando numerosas famílias na
situação de insegurança alimentar.
A directora dos Serviços Distritais de
Actividades Económicas de Chimoio, Joana
João, que revelou o facto ao domingo,
disse, sem avançar as quantidades, que as
famílias prejudicadas pela estiagem estão a
receber ramas de batata-doce, estacas de
mandioca e sementes para produção de
hortícolas.
Afirmou que o Governo afasta a possibilidade
da ocorrência de fome naquela
região por considerar que estas famílias
não dependem basicamente da actividade
agrícola para sobrevivência.
Defendeu que, por serem pessoas com
outras profissões, estão habilitadas a comprar
produtos alimentares em estabelecimentos
comerciais ou mesmo encontrar
outras maneiras de aquisição de comida.
Contudo, o Governo está a fazer uma
mobilização directa aos produtores para
apostarem na produção de culturas resistentes
à seca, aproveitando as zonas baixas
dos rios.
O sector está a incentivar a prática
de culturas resistentes à seca, disponibilizando
sementes de batata-doce e
estacas de mandioca. Hortícolas também
estão a ser promovidas nas zonas
produtivas, com solos adequados à actividade,
havendo igualmente sementes,
já em mãos de produtores. O aproveitamento
das zonas baixas dos rios é uma
das estratégias encontradas para aumentar
os níveis de produção agrícola,
disse Joana João.
Assegurou que a aposta no sistema de
rega também continua a ser uma das saídas
para melhorar a produção agrícola. O uso
de sistemas de rega está, igualmente, a
ser encorajado de modo a que os produtores
não dependam inteiramente da
queda pluviométrica, sendo capazes de
responder às exigências da actividade
em momentos similares, afirmou a directora
Joana João, que na ocasião referiu
que a produção na primeira época agrícola
esteve longe de satisfazer as necessidades
dos produtores.
FONTE: JORNAL DOMINGO DE MOÇAMBIQUE

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