O PRESIDENTE da República, Filipe Nyusi, defende o estabelecimento de um clima de confiança mútua entre o Governo e a Renamo, como condição para a criação de um ambiente favorável para um diálogo franco e aberto visando o alcance de uma paz efectiva no país.
Filipe Nyusi manifestou este sentimento segunda-feira última, no decurso de um comício que orientou no distrito de Mandimba, na província do Niassa, asseverando que as Forças de Defesa e Segurança (FDS) vão continuar a garantir a segurança do povo e até dos irmãos da Renamo para que possam vir e dialogar com o Governo, à vontade.
O Presidente da República afirmou que o Governo já indicou um grupo para se juntar ao da Renamo para em conjunto discutirem ideias sobre matérias que poderão merecer uma atenção especial numa discussão ao mais alto nível, com vista ao restabelecimento de um clima de confiança entre as partes.
“Quem tem de resolver os problemas somos nós, os moçambicanos. É preciso que haja confiança entre os moçambicanos para evitar que os da Renamo tenham medo de ser atacados. Só com a paz é que o país poderá se desenvolver”.
O Chefe do Estado destacou que o processo de busca da paz envolve não apenas a Renamo, pois é extensivo a toda a sociedade civil, partidos políticos e outras forças vivas da sociedade.
“Existem aqueles que se aproveitam desta desconfiança para tirar outros proveitos”, explicou o Presidente da República.
O alcance da paz é uma questão muito importante, disse Nyusi, avançando que existem outros irmãos na zona centro de Moçambique, nas províncias de Sofala, Manica, Zambézia e Tete, que vivem sob clima de ameaça e, por isso, não conseguem se movimentar à vontade porque temem ser atacados.
“Não queremos guerra. Queremos dialogar. Se algo está mal temos de falar e não atacar um ao outro”, vincou o Chefe do Estado.
Durante o comício Nyusi também aproveitou a oportunidade para destacar a importância das infra-estruturas, algumas das quais já concluídas, outras na fase de execução ou em projecto.
Nyusi referiu que Mandimba pediu escolas, hospitais, estradas e sinal da Rádio Moçambique.
Uma parte destas infra-estruturas já foi concluída, o que significa que o Governo está a trabalhar na solução dos problemas que apoquentam a população.
“Todos esses problemas constam do programa do Governo”, explicou, apontando como exemplo a inauguração da Escola Secundária de Chiulugo, que teve lugar na segunda-feira em Lichinga, e o lançamento da primeira pedra para a construção da ponte sobre o rio Lunho.
Outras realizações incluem a construção do Bloco Operatório, que é uma iniciativa que vai evitar que os doentes continuem a percorrer cerca de sete quilómetros para o Malawi em busca de tratamento.
“Estes feitos mostram que o que prometemos estamos a cumprir e queremos fazer muito mais. Por isso, vimos para ver o que está a acontecer no âmbito daquilo que nos propomos a realizar em prol do bem-estar do povo”, concluiu.
FILIPE MADINGA, da AIM"
FONTE: JORNAL NOTICIAS DE MOÇAMBIQUE.
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