“Moçambique deve investir na formação de quadros”, defende Ragendra de Sousa
O economista Ragendra de Sousa alerta que o país pode voltar a ser colonizado se não apostar a sério na formação de pessoas. O economista que já tinha avisado que o carvão de Tete iria se transformar em pedra se o seu preço caísse, chama atenção aos moçambicanos, pois o mesmo pode acontecer com o gás.
Ragendra de Sousa foi orador principal no lançamento da revista económica da ex-Primeira-Ministra, Luísa Diogo. No seu estilo académico característico, de Sousa não poupou palavras para despertar aos presentes a necessidade de o país formar quadros para controlarem os recursos minerais. Caso contrário, o economista não vê outro fim, se não o de um Moçambique recolonizado.
“Meu desafio, agora, para endogeneizar a economia, é termos coragem de pegar 20, 30, 50 mil ou seja o que for, metermos no avião e deixarmos ir… Nem que se perca 10%, o país espera quatro ou cinco anos, e tem massa crítica para pegar neste país belo e rico em tudo, menos em capital humano. Se nós não pegarmos no capital humano de forma séria, nós podemos ser recolonizados a custo zero”, frisou de Sousa.
De Sousa considera que o carvão de Tete perdeu valor devido à queda do seu preço no mercado internacional. O economista alerta que o gás do Rovuma pode seguir o mesmo rumo se o país não agir rápido."
FONTE: JORNAL O PAIS DE MOÇAZMBIQUE
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