Estão já em curso as obras as obras de substituição da velha tubagem da rede de abastecimento de água à cidade de Nacala, província de Nampula, um projecto designado “110 quilómetros”, que prevê igualmente a expansão do sistema aos bairros de expansão da urbe.
Orçado em cerca de 177 milhões de Meticais, as obras em curso consistem na colocação da tubagem ao longo da estrada que dá acesso à cidade baixa, o maior centro de convergência da urbe, onde se espera substituir pelo menos trinta quilómetros da tubagem.
O director do Fundo de Investimento e Património de Abastecimento de Água (FIPAG), em Nacala-Porto, Agostinho Dava, disse ao nosso jornal que a maior componente deste projecto é a expansão da rede de distribuição para as novas zonas habitacionais.
“Este projecto vai consolidar a nossa actual rede que está a ser alimentada pelos subsistemas de Mpaco e Ntuzi e da Barragem, não havendo, por conseguinte, uma separação física dos três sistemas. O prazo para a conclusão do projecto é Agosto do presente ano”, explicou Agostinho Dava.
O director do FIPAG entende, por outro lado, que após a conclusão deste projecto haverá melhorias assinaláveis no fornecimento de água aos consumidores da rede pública, tendo em conta que a substituição da estrutura da rede actual condiciona a distribuição, sujeitando o abastecimento àquilo que apelidou de seccionamento.
Actualmente o FIPAG em Nacala, abastece em média oito horas por dia, níveis que ainda este ano serão incrementados para dez, com a conclusão das obras do projecto de “110 quilómetros”.
Para além deste projecto em curso vai arrancar nos próximos tempos a abertura de oito novos furos que serão equipados com uma tubagem para incrementar a produção deste produto essencial na vida do homem para 24 mil metros cúbicos diários contra os actuais de 18 mil metros cúbicos.
Importa referir que o Fundo de Investimento e Patrocínio de Abastecimento de Água (FIPAG) na cidade portuária de Nacala investiu nos últimos anos pouco mais de um milhão de dólares norte-americanos, adicionados alguns fundos do Estado moçambicano, com vista a activar dois projectos de emergência para operacionalizar a captação de água potável a partir dos sistemas de Mpaco e Ntuzi.
Com a operacionalização deste sistema já em funcionamento, os bairros de Mocone, Bloco 1 e Onthupaia que se ressentiam da escassez de água, ficou de algum modo solucionado este problema, pese embora ainda os clientes reclamem em relação ao período em que é fornecido, nomeadamente nocturno.
No ano passado o director do (FIPAG), denunciou a existência de cerca de três mil pessoas que montavam torneiras clandestinas e consumiam água sem pagar, causando prejuízos à empresa.
“Vamos andar de casa em casa, usar as autoridades, a Polícia e o Município para poder identificar os prevaricadores, sensibilizando a população a não aderir a estes meios fraudulentos”, disse Agostinho Dava."
FONTE: JORNAL NOTICIAS DE MOÇAMBIQUE.
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