terça-feira, 19 de janeiro de 2016

ERNESTO GOVE GOVERNADOR DO BANCO DE MOÇAMBIQUE: INCLUSÃO FINANCEIRA COMEÇA A SER REALIDADE PELA EXPANSÃO DA BANCA COMERCIAL

O GOVERNADOR do Banco de Moçambique, Ernesto Gove, afirmou que, não obstante o caminho ainda a percorrer, nota-se que os bancos têm estado a responder com determinação e responsabilidade ao actual desafio da inclusão financeira, expandindo pelo território o negócio bancário, visando assegurar o necessário apoio aos inúmeros projectos de desenvolvimento económico e social do país.
O governador, que falava recentemente na província de Inhambane, disse que responder com determinação e responsabilidade ao desafio da bancarização da economia significa expansão física de balcões de bancos pelo território nacional.
“Significa igualmente a optimização das virtualidades das novas tecnologias de informação e comunicação, nomeadamente através de redes computacionais e de telefones móveis atingindo as zonas mais recônditas do nosso vasto território. Determinação e responsabilidade significa também a garantia de prestação de serviços de qualidade, em que o cliente deve sempre figurar no centro das atenções, o que deve ser complementado com acções de literacia e educação financeira”, afirmou.
Falando especificamente da província de Inhambane, Ernesto Gove realçou que aquando do lançamento do desafio da bancarização no início de 2007 havia somente 13 agências bancárias, contra as actuais 34, 15 ATM e 162 POS, contra o recente parque de 71 ATM e 478 POS.
“Nessa altura os distritos de Funhalouro, Govuro, Homoíne, Inharrime, Inhassoro, Jangamo, Mabote, Morrumbene e Panda não dispunham de agências bancárias”, disse.
A fonte, que falava durante a inauguração de uma agência do Banco Moza, realçou que no âmbito das medidas que a sua instituição tem vindo a tomar com vista a promover a inclusão financeira, em Abril do ano passado, foram aprovados regras e critérios para a abertura e encerramento de agências bancárias.
“Tais regras preconizam a existência em cada banco comercial dum plano de expansão anual e plurianual de abertura de novas agências, obedecendo a critérios de proporcionalidade geográfica, ou seja, por cada três novas agências a abertura da primeira deve ter lugar num dos locais expressamente mencionados no Aviso do Banco de Moçambique sobre a matéria e as restantes ficam à escolha de cada banco”, afirmou.
No caso particular da província de Inhambane, a fonte apontou os distritos de Funhalouro, Mabote e Panda como sendo os que ainda não têm agências bancárias.
“Isso, certamente, priva compatriotas nossos do acesso a produtos e serviços bancários essenciais, nomeadamente o pagamento de salários e o depósito das suas poupanças, mais perto dos locais de residência e de trabalho. Encorajamos as instituições financeiras a aumentarem o seu raio de abrangência para todos os distritos, não só desta província, mas de todo o nosso país”, declarou.
A província de Inhambane dispõe de fortes potencialidades económicas, designadamente nas áreas do turismo e da pesca, com espaço ainda significativo para se afirmarem e consolidar no contexto da província e da economia nacional no seu todo.
É nesse contexto que, segundo Gove, o apelo do Banco Central é dirigido a todos os agentes económicos no sentido de juntarem sinergias para produzir mais e progressivamente reduzir as importações e se multiplicarem as actividades geradoras de divisas para o país, incrementando as exportações.
“O país dispõe de condições para reduzir de forma significativa o actual nível de dependência económica em relação ao exterior. Precisamos de enfrentar corajosamente os actuais constrangimentos a uma efectiva transformação económica e social que favoreça o adequado ambiente de negócio, impulsionador do investimento, produção, produtividade e emprego”, frisou."
FONTE: JORNAL NOTICIAS DE  MOÇAMBIQUE

Sem comentários:

Enviar um comentário