O processo de elaboração da Política de Emprego, um instrumento do qual se espera venha a contribuir para a melhoria do funcionamento do mercado de trabalho, tanto do lado da procura, como da oferta, acaba de ser lançado em Moçambique.
Espera-se, igualmente, que o instrumento contribua para melhorar a planificação das acções de formação profissional, de acordo com as necessidades do tecido empresarial, assim como proporcionar um conhecimento real sobre a evolução do mercado de emprego.
O processo de elaboração deste instrumento, que inclui a realização de seminários de auscultação nas províncias, terá a duração de cinco meses, devendo iniciar na primeira semana de Dezembro próximo e ser concluído em Abril de 2016, quando for apresentado o relatório final e a proposta.
A Ministra do Trabalho, Emprego e Segurança Social, Victória Dias Diogo, que dirigiu a cerimónia, ocorrida na última quarta-feira, disse esperar que a Política de Emprego tenha como um dos seus principais eixos a qualificação profissional voltada para a inserção e manutenção dos cidadãos no mercado de trabalho.
Nesse sentido, Victória Dias Diogo referiu-se à “necessidade da contribuição e participação activa de todos os segmentos da sociedade para que este processo resulte num instrumento de qualidade e agregador de várias sensibilidades”.
Para a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), a elaboração da Política de Emprego irá lançar bases para a resolução de um dos problemas sociais com que o País se debate, o desemprego, e criar condições para a criação de postos de trabalho para a maioria dos moçambicanos, com destaque para os jovens.
Para Rui Monteiro, Vice-Presidente da CTA, “a geração de postos de trabalho passa pela existência de políticas e estratégias do Governo que propiciem um bom ambiente de negócios e de investimentos”.
“Este é um assunto que se reveste de extrema importância no nosso País, se tomarmos em conta que o nível de absorção da população activa que anualmente entra para o mercado de trabalho, de cerca de 300 mil jovens, é bastante baixo e que, por consequência, a taxa de desemprego, segundo dados oficias, se situa próximo dos 30 por cento”, disse Rui Monteiro.
No mesmo dia, teve início o Fórum de Negócios Índia-África Subsaariana (Namaskar Africa 2015), um encontro que junta homens de negócio daquele País asiático e da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral.
Importa realçar que durante o encontro foi assinado um memorando de entendimento entre a Confederação das Associações Económicas de Moçambique e a Federação das Câmaras da Indústria e Comércio da Índia visando o incremento dos níveis de investimento e cooperação entre os dois Países"
FONTE: JORNAL DOMINGO DE MOÇAMBIQUE.
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