O GOVERNO e a Anadarko chegaram a um entendimento para o fornecimento de gás natural para o uso doméstico, a partir do seu projecto de GNL, no país. O facto foi anunciado ontem em Houston, Estados Unidos, pela petrolífera norte-americana.
Nos termos do memorando de entendimento, a Área 1 Offshore irá fornecer, por comboio, (100 MMcf/d), volumes iniciais de aproximadamente 50 milhões de pés cúbicos de gás natural por dia para uso doméstico em Moçambique.
O gás natural será fornecido a preços justos para todas as partes que apoiem o desenvolvimento local de gás natural e as concessionárias estão preparadas para vender até 300 MMcf/d de volumes adicionais, no mercado doméstico nos próximos anos, assim que os projectos amadurecerem e os termos comerciais estejam acordados.
“A assinatura deste memorando é um passo importante”, afirmou o vice-presidente executivo da Anadarko, MItch Ingram. “Estamos ansiosos para continuar a trabalhar com o Governo de Moçambique na finalização do quadro jurídico-contratual, o que nos permitirá fornecer gás natural para projectos domésticos e carregamentos de GNL para exportação, sendo que ambos irão trazer benefícios para Moçambique, com a exploração desta fonte confiável de energia mais limpa e geração significativa de receita.
Este acordo é considerado um sinal inequívoco do esforço e compromisso do Governo moçambicano em fazer com que este recurso (gás natural) sirva também os moçambicanos e, sobretudo, contribua para impulsionar a indústria nacional e outros sectores.
Acredita-se que com este anúncio a situação do choque que tem estado a abalar a nossa economia vai assumir contornos favoráveis ao Governo e que poderão até influenciar as agências de rating e normalizar a flutuação cambial.
O anúncio da Anadarko foi igualmente bem acolhido por alguma imprensa norte-americana e confirma que Moçambique continua a ser um destino preferencial para o investimento directo estrangeiro.
Por outro lado, a Anadarko e a italiana Eni East Africa firmaram também ontem um acordo para exploração conjunta do gás natural liquefeito a ser produzido na bacia do Rovuma, na província nortenha de Cabo Delgado.
De acordo com um comunicado de imprensa, a Anadarko e a ENI assinaram “um Acordo de Unitização e de Operação da Unidade (UUOA-sigla em Inglês), para o desenvolvimento dos recursos massivos de gás natural que se encontram nos dois blocos.
“Agradecemos a cooperação do Governo de Moçambique, da Eni e dos nossos co-empreendedores na Área 1 Offshore, pelos seus esforços de colaboração para a concretização deste UUOA, que é justo, equitativo e coerente com as melhores práticas do sector”, disse Mitch Ingram."
FONTE: JORNAL NOTICIAS DE MOÇAMBIQUE
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