segunda-feira, 21 de setembro de 2015

NAVEGABILIDADE DOS RIOS CHIRE E ZAMBEZE EM DEBATE ENTRE MOÇAMBIQUE, MALAWII E ZÂMBIA, EM LILONGWE ESTA SEMANA

MOÇAMBIQUE, MALAWI E ZÂMBIA DEBATEM NAVEGABILIDADE DOS RIOS CHIRE E ZAMBEZE

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Moçambique, Malawi e Zâmbia debatem navegabilidade dos rios Chire e Zambeze
Os governos do Malawi, de Moçambique e da Zâmbia reúnem-se esta semana em Lilongwe, para avaliar o estudo de viabilidade sobre a navegabilidade dos rios Chire e Zambeze.
Os Ministros dos Transportes dos três países vão tomar uma decisão definitiva sobre este projecto regional que implica a navegação dos rios Chire e Zambeze até ao porto moçambicano de Chinde, na província da Zambézia.
A posição de Moçambique é fundamental para a navegação daqueles rios, e esta semana espera-se que seja conhecida a decisão sobre este projecto e os possíveis cenários que serão discutidos pelas partes.
Até agora ainda há pouca informação sobre o que poderá sair da reunião de Lilongwe, mas  o principal ponto da agenda será a avaliação do relatório dos consultores com vista a tomada de uma decisão definitiva sobre o projecto.
Técnicos da área dos transportes dos três países reúnem-se a partir desta segunda-feira, em Lilongwe, para preparar a reunião dos ministros do Malawi, Moçambique e Zâmbia.
O estudo de viabilidade foi uma das condições impostas no memorando de entendimento tripartido antes de se avançar com uma eventual  navegação comercial dos rios Chire e Zambeze.
Malawi é um dos principais defensores da iniciativa e nos últimos anos tem vindo a desdobrar-se na promoção do projecto junto dos parceiros internacionais.
Caso seja aprovado, a ideia dos malawianos é submeter o projecto  a SADC para fazer parte do Plano Estratégico Indicativo de Desenvolvimento Regional.
O plano prioriza as áreas de industrialização, infra-estruturas e energia.
O governo de Lilongwe conseguiu três milhões e meio de dólares do Banco Africano de Desenvolvimento, BAD, para a realização do estudo de viabilidade que será discutido esta semana em Lilongwe.
A estratégia dos malawianos é tornar navegáveis os rios Chire e Zambeze para o transporte fluvial das suas importações e exportações, até ao porto de Chinde, na província da Zambézia, numa distância de duzentos e quarenta quilómetros.
O governo de Lilongwe acha que esta via poderá baixar o  custo dos produtos em  sessenta por cento.
Malawi é um país sem acesso directo ao mar, facto que contribui significativamente para o elevado custo dos bens e serviços, sobretudo os produtos petrolíferos.
Moçambique sempre se opôs à ideia do Malawi  que pretendia navegar os Rios Chire e Zambeze sem a realização do estudo de viabilidade. Aliás, o Memorando Tripartido assinado entre Moçambique, Malawi e Zâmbia em 2005 estabelece como uma das condições a realização de um estudo de viabilidade por uma empresa de consultoria devidamente credenciada.
Como parte desta iniciativa, o governo do Malawi construiu o pequeno porto de Nsanje, orçado em vinte milhões de dólares.
Aquela infra-estrutura foi  inaugurada em Outubro de 2010 pelo falecido presidente Bingu wa Mutharika. (RM Lilongwe)"
FONTE: RÁDIO MOÇAMBIQUE

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