sexta-feira, 3 de julho de 2015

COREIA E MOÇAMBIQUE, COREIA DISPONIVEL PARA CONTRIBUIR PARA O GRANDE DESAFIO DE MOÇAMBIQUE: A INDUSTRIALIZAÇÃO

O VICE-MINISTRO da Indústria e Comércio, Omar Mithá, reconheceu ontem em Maputo que o crescimento de investimento em Moçambique tem vindo a ser contrariado pelo cenário de queda de preços, no mercado internacional, das principais matérias-primas produzidas no país, a exemplo do carvão e gás natural.
Para Omar Mithá, outro contraponto de investimento em Moçambique é o risco de inversão do fluxo de capitais em razão do fim das políticas monetárias expansionistas nos países ocidentais mais desenvolvidos.
O vice-ministro fez este pronunciamento na abertura de um fórum de cooperação económica entre Moçambique e Coreia, evento que juntou à mesma mesa representantes do Governo e empresários dos dois países, constituindo-se numa oportunidade para a troca de ideias no âmbito da promoção de parcerias para negócios.
Na ocasião, o vice-ministro disse que o fluxo de investimento e o consequente crescimento económico é propiciado não só pelas condições macroeconómicas e de estabilidade social benignas, mas também pela descoberta e consequente exploração de recurso naturais, com ênfase para hidrocarbonetos e construção de infra-estruturas, cuja envergadura vai representar uma transformação estrutural da economia moçambicana.
No ano passado o investimento aprovado ascendeu a 8,9 mil milhões de dólares norte-americanos, o que para Omar Mithá evidencia que a implementação dos projectos sinaliza a sustentação da tendência de crescimento nos últimos anos.
O vice-ministro da Indústria e Comércio falou também da importância do conteúdo local, através da criação de condições para que empresas nacionais possam fornecer bens e prestar serviços aos grandes projectos.
Outras prioridades do Governo são a promoção da competitividade das pequenas e médias empresas, elevando a sua capacidade e qualidade, tendo em conta os padrões exigidos nas transacções com as multinacionais e o reforço das cadeias logísticas para o cabal aproveitamento dos corredores de desenvolvimento.
Entretanto, o embaixador da Coreia em Moçambique, Yoon Kang, disse que o fórum enquadra-se no âmbito dos esforços para o aprimoramento das relações económicas com Moçambique.
Segundo Yoon Kang, as trocas comerciais entre Moçambique e a Coreia atingem apenas 100 milhões de dólares norte-americanos, uma cifra que se espera venha a subir, tendo em conta a vontade manifestada pelos representantes dos governos de ambos os países.
Enquanto isso, o director-geral para o Comércio e Cooperação no Ministério coreano do Comércio e Indústria, Sang Jin Lee, referiu que o grande desafio de Moçambique é a industrialização, sendo que o seu país está disposto a contribuir.
Por seu turno, o presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Rogério Manuel, considerou que a descoberta de importantes recursos naturais torna o país num destino de elevados volumes de investimento, abrindo oportunidades para parcerias entre empresários coreanos e moçambicanos."
FONTE: JORNAL NOTICIAS DE MOÇAMBIQUE.

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