Anadarko anuncia escolha de consórcio para terminal de LNG em Moçambique
18 de Maio de 2015, 15:17
A petrolífera norte-americana Anadarko anunciou hoje que já escolheu o consórcio que vai começar o desenvolvimento do terminal de gás natural liquefeito em Moçambique, tendo seleccionado uma empresa norte-americana, uma japonesa e outra italiana.
Para a construção de um terminal na Area 1, no norte do país, a empresa norte-americana seleccionou o consórcio CCS JV, constituído pela norte-americana Chicago Bridge & Iron, a japonesa Chiyoda Corporation e a Saipem, uma subsidiária da italiana Eni, segundo um comunicado divulgado hoje pela Anadarko.
"Seleccionar a CCS JV para o desenvolvimento do terminal de gás natural liquefeito (LNG, no original em inglês) é um passo significativo para se chegar à Decisão Final de Investimento e mostra o nosso continuado empenho em avançar neste projecto rumo às primeiras cargas", disse o presidente e director executivo da empresa, Al Walker, citado no comunicado.
"Estou incrivelmente orgulhoso das nossas parcerias e do que já conseguimos fazer até agora, incluindo assegurar mais de 8 milhões de toneladas por ano em acordos ainda não vinculativos, mas que estão a progredir até à fase final, obtendo cartas de intenções de instituições financeiras para emprestar verbas para financiar os projectos a uma nível muito prático, e trabalhar com o novo Governo eleito para manter o projecto em movimento", acrescentou o responsável da empresa.
Nos próximos meses, disse AL Walker, deve ser apresentado "um Plano de Desenvolvimento para consideração do Governo".
O âmbito do novo terminal inclui dois comboios para transporte de LNG, cada um com capacidade para 6 milhões de toneladas por ano, o que é um acrescento de um milhão face ao plano inicial, mas mantendo o preço original, duas unidades de armazenamento, entre outros.
A Anadarko opera a Area 1 com uma fatia de 26,5%, cabendo o restante à Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (15%), Mitsui E&P Mozambique Area1 (20%), ONGC Videsh (16%), Bharat PetroResources (10%), PTT Exploration & Production (8,5%), e a Oil India, com 4%.
A Anadarko e os seus parceiros no projecto na costa norte do país estimam que existem 75 triliões de pés cúbicos de gás por explorar, o suficiente para tornar o país no maior exportador de gás natural liquefeito a seguir ao Qatar e à Austrália, na próxima década.
Embora o Governo moçambicano continue a apontar 2018 como a data provável de início da produção, a italiana Eni, que também tem direitos para explorar o gás natural do país, considera mais realista que a produção se inicie no princípio da próxima década, tendo em conta que uma central de LNG pode demorar seis anos a construir.
A Area 1 da Anadarko e a Area 4 na Bacia do Rovuma, no norte de Moçambique, têm reservas de gás que a consultora especializada em questões energéticas Wood Mackenzie estima poderem chegar aos 120 triliões de pés cúbicos de gás natural liquefeito, um processo que consiste em arrefecer o gás até ser líquido e assim mais facilmente transportável de barco para os clientes.
Lusa"
FONTE: SAPO MZ
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