A UNIVERSIDADE Pedagógica (UP) vai introduzir no presente ano lectivo um novo currículo ajustado às necessidades de garantir melhor enquadramento dos estudantes após a conclusão do curso de licenciatura.
Trata-se de uma nova metodologia de formação que obriga o estudante a frequentar um curso de licenciatura e outro de especialização durante os quatro anos que permanecer na academia.
Para o efeito, quadros da instituição liderados pelo Reitor, Rogério Uthui, estiveram reunidos ontem em Maputo para discutir os mecanismos de implementação do currículo, que resulta da revisão do que já é ministrado desde 2010.
O facto é que quando a UP introduziu em 2010 o novo currículo, cujo ciclo de formação terminou em 2013, alguns aspectos constatados na supervisão e monitoria tiveram que ser revistos e harmonizados.
Segundo Hipólito Sengulane, director pedagógico da UP, durante a sua vigência foram identificadas várias situações relacionadas com a estrutura do mesmo e que careciam de enquadramento.
“As linhas mestras desta revisão têm a ver com a formação menor, “minor”- em Inglês, que é composta por pequenos cursos. Na filosofia do currículo que abraçamos tem uma parte maior - “major” do curso e outra de especialidade. Se um estudante está a frequentar o curso de Geografia, ele pode, por exemplo, fazer uma especialização numa outra área livre, que pode ser Informática, Inglês ou outras”, explicou Sengulane.
Ao que explicou, a introdução da formação menor é a principal inovação a ser introduzida este ano, uma vez que tudo o resto necessitava apenas de acertos. Em relação aos minors, pretende-se responder a uma série de questões relativas ao ensino no que diz respeito à empregabilidade.
“Queremos garantir que o estudante penetre no mercado de emprego através de outra formação que seja do seu gosto. A ideia é ver como ele pode aliar a experiência adquirida no curso a uma outra área, de livre escolha, capaz de garantir maior facilidade de acesso ao mercado de trabalho”, acrescentou.
Um estudante do curso de Licenciatura em História, por hipótese, tem a liberdade de estudar Informática, Matemática, ou mesmo Gestão, dentro de uma modalidade, tendo em conta um total de 240 créditos, dos quais 60 reservados à formação especializada.
No fim do curso o estudante tem que somar 180 créditos da formação maior aos outros 60 como requisito para a obtenção do grau de licenciatura. A frequência do curso de especialização é de carácter obrigatório, mas a escolha da área é livre."
FONTE: JORNAL NOTICIAS DE MOÇAMBIQUE.
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