OPINIÃO
MOÇAMBIQUE EM AMBIENTE DE PAZ,
VIVE A CAMPANHA ELEITORAL!
Com o fim das hostilidades
militares e com a “Cerimónia de Assinatura do Memorando de Entendimento,
resultante do Diálogo Politico entre o Governo e a Renamo” ocorrida em Maputo a
5 de Setembro de 2014, são as vidas humanas de cidadãos que se respeitam e preservam,
é o seu dia a dia que flui, funcionam os hospitais, as escolas, cultivam-se os
campos, exulta-se de alegria livre e não contida, é a PAZ em Moçambique!
Percorrer por estrada as
Províncias como Sofala, Manica, Tete, Zambézia, Nampula e Cabo Delgado que me
perdoe o Niassa estou mesmo em falta, vê-se, constata-se, sente - se mudança,
muitas oportunidades para pequenos e médios empresários sejam nacionais ou
estrangeiros. Dependendo das actividades a desenvolver é bom que os empresários
se compenetrem que é necessário muito trabalho, muito sacrifício, muita
compreensão, para o projecto singrar. O dinheiro é importante, mas não
determinante. O domínio do negócio a desenvolver, a competência, a liderança,
vem dai. Permitam-me parafraseando o saudoso engenheiro de pontes, também
algumas suas em Moçambique, Zambeze na cidade de Tete e a do Save, por exemplo,
dizia ele com frequência: “QUEM SABE FAZ, QUEM NÃO SABE, ENSINA”. O mercado
seja do destino a dar à produção agrícola, hortícola, avícola, pecuária, caprina,
ovina, suinicultura, coelhos, o que for, como a logística infra estruturas,
estradas e pontes, ainda fragilizadas para as exigências que as empresas e os
mercados pretendem. Claro, poder-me-ão dizer, o mercado tudo regula, a lei da
oferta e da procura, os meios de transporte adequados aparecem com as
necessidades, mas em alguns dos casos anteriormente referidos o tipo de embalagem,
a calibração, a qualidade, a armazenagem, exigem os seus requisitos, têm as
suas particularidades. As possíveis concessões de espaços (Lei de Terras), sua
localização e dimensão, atenta a natureza da actividade são determinantes. Bem, e os portos e aeroportos, a operarem com
os recursos humanos e equipamentos adequados às solicitações, sempre com
atenção aos custos de operação e ainda à rapidez com que se exporta seja em
carga contentorizada ou geral, seja à rapidez com que se faz sair o contentor
do porto ou a carga geral no caso das importações.
A expansão da banca comercial com
agências a surgirem nos Distritos é um caminho importante, nos meios urbanos se
dotassem as mesmas com muito mais pessoal, o cliente não perderia tanto tempo
em filas intermináveis e eram postos de trabalho que se criavam.
Os mercados dos seis Países
vizinhos que fazem fronteira com Moçambique, mercados emergentes para produtos
e serviços das empresas moçambicanas são um destino a não desperdiçar. Dai que
a ser possível as associações empresariais moçambicanas organizarem com
regularidade missões empresariais a estes seis destinos, seriam novas oportunidades que se criavam,
num e noutro sentido, pois o inverso também ocorreria, as suas congéneres
desses Países também promoveriam as deslocações e buscas de oportunidades em
Moçambique.
Os indicadores económicos
recentes de Moçambique têm relevante importância que se analisem, sem prejuízo
de uma deslocação ao local onde eventualmente se pretenda instalar ou
desenvolver uma actividade empresarial, não será demais consultar, ouvir as
entidades oficiais locais, nomeadamente as governamentais e municipais, sejam
do Distrito ou da Província, as representações diplomáticas, as associações
empresariais, a banca comercial, as universidades ou outros estabelecimentos de
ensino, recurso a consultores e outros.
Moçambique vive um ritmo de
mudança, a velocidade da busca de soluções de onde, como, e quando investir é
pode-se dizer acelerada, aqui fica o desafio!
AUGUSTO MACEDO PINTO, Advogado, PUBLICADO EM SAVANA, 3 DE OUTUBRO DE
2014, SEMANÁRIO DE MOÇAMBIQUE.
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