"Ilha de Moçambique: Estudo da interacção entre os povos macua e asiáticos
Há cerca de dois mil anos, a Ilha de Moçambique, na província de Nampula, foi importante centro comercial e logístico dos navegadores de diferentes origens, sobretudo asiática.Parte das embarcações com as quais se faziam transportar naufragou devido às condições atmosféricas adversas que os surpreendeu, e parte do espólio que transportavam nos seus porões se encontra submerso no Oceano Índico formando as estações arqueológicas subaquáticas.O espólio no interior das embarcações pode ajudar a interpretar com detalhe a interacção que outrora existia entre os povos macua com outras civilizações, sobretudo de países da Ásia, pois estes usavam o Oceano Índico nas suas travessias para países como a Índia. Por outro lado, faziam da ilha o centro comercial entre o interior e a costa de Nampula no negócio de tecidos e objectos de uso doméstico, incluindo quinquilharias.É com objectivo de criar capacidades intelectuais humanas no sentido de fazer a interpretação perto do real, relativamente às possíveis ligações entre os povos macua e outras civilizações, que a Fundação Ilha de Moçambique, instituição que está comprometida com o desenvolvimento integrado daquela cidade, promove desde quarta-feira uma acção de formação de técnicos para liderar o processo de estudo de factores ligados com arqueologia subaquática e cultura.
O curso, que tem duração de cerca de dez dias, é patrocinado técnica e financeiramente pelo Centro Internacional de Actividades para a Preservação do Património Subaquático. Esta instituição está sediada na cidade francesa de Paris, sendo que o subsecretário para a África funciona na vizinha República da África do Sul.Segundo Hafiz Jamu, presidente da Fundação Ilha de Moçambique, um dado certo é que a cidade que foi a primeira capital do nosso país, há mais de cem anos, constituiu um dos importantes centros de compra e transporte de escravos negros com destino para as Américas, “mas há outros aspectos que necessitamos de esmiuçar para perceber claramente o nível de interacção entre os povos macua e outras civilizações”, sublinhou a fonte.Outro interesse que aquela agremiação sociocultural transporta nas suas ambições é de capitalizar as estações arqueológicas subaquáticas para promover oportunidade de emprego e de arrecadação de receitas para as camadas consideradas economicamente vulneráveis, mas com conhecimento para promover pequenas actividades de geração de renda, proveniente de um turismo de maior escala que vai atrair turistas de muitos cantos do mundo para entender a história dos povos macua e ligações com outras civilizações.A nossa fonte explicou ainda que os turistas podem visitar as estações arqueológicas subaquáticas para ver “in loco” o espólio arqueológico, durante e depois de concluído o seu processo de escavação em curso neste momento.Nos dias que correm, jovens considerados aventureiros fazem escavações e mergulhos para o interior de embarcações que afundaram num raio de 20 quilómetros quadrados ao largo da costa do Oceano Índico, que banha a Ilha de Moçambique. Os produtos ali retirados ilegalmente são posteriormente comercializados sobretudo a cidadãos estrangeiros que a cada dia afluem àquela cidade com capa de turista, mas que se acabam baseando naquela cidade histórico-cultural.
Com jornalnoticias.co.mz"
FONTE: RÁDIO MOÇAMBIQUE.
O curso, que tem duração de cerca de dez dias, é patrocinado técnica e financeiramente pelo Centro Internacional de Actividades para a Preservação do Património Subaquático. Esta instituição está sediada na cidade francesa de Paris, sendo que o subsecretário para a África funciona na vizinha República da África do Sul.Segundo Hafiz Jamu, presidente da Fundação Ilha de Moçambique, um dado certo é que a cidade que foi a primeira capital do nosso país, há mais de cem anos, constituiu um dos importantes centros de compra e transporte de escravos negros com destino para as Américas, “mas há outros aspectos que necessitamos de esmiuçar para perceber claramente o nível de interacção entre os povos macua e outras civilizações”, sublinhou a fonte.Outro interesse que aquela agremiação sociocultural transporta nas suas ambições é de capitalizar as estações arqueológicas subaquáticas para promover oportunidade de emprego e de arrecadação de receitas para as camadas consideradas economicamente vulneráveis, mas com conhecimento para promover pequenas actividades de geração de renda, proveniente de um turismo de maior escala que vai atrair turistas de muitos cantos do mundo para entender a história dos povos macua e ligações com outras civilizações.A nossa fonte explicou ainda que os turistas podem visitar as estações arqueológicas subaquáticas para ver “in loco” o espólio arqueológico, durante e depois de concluído o seu processo de escavação em curso neste momento.Nos dias que correm, jovens considerados aventureiros fazem escavações e mergulhos para o interior de embarcações que afundaram num raio de 20 quilómetros quadrados ao largo da costa do Oceano Índico, que banha a Ilha de Moçambique. Os produtos ali retirados ilegalmente são posteriormente comercializados sobretudo a cidadãos estrangeiros que a cada dia afluem àquela cidade com capa de turista, mas que se acabam baseando naquela cidade histórico-cultural.
Com jornalnoticias.co.mz"
FONTE: RÁDIO MOÇAMBIQUE.
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