A HOLANDA manifestou vontade de continuar a comparticipar no desenvolvimento socioeconómico de Moçambique.
Para o efeito, uma delegação empresarial chefiada pela Ministra do Comércio Exterior, Cooperação e Desenvolvimento da Holanda, Lilliane Ploumen, encontra-se no país, onde para além de estreitar as relações de cooperação entre os dois países procura inteirar-se das oportunidades de investimento em diversas áreas, com maior destaque para os recursos minerais e o sector de transportes.Ontem a delegação holandesa manteve em Maputo encontros separados com quadros dos ministérios dos Recursos Minerais e dos Transportes e Comunicações.Falando no final do primeiro encontro, a Ministra dos Recursos Minerais, Esperança Bias explicou que a reunião serviu para estreitar as já existentes relações de cooperação entre Moçambique e a Holanda.Nesse quadro, ficou estabelecido que ainda este ano um número não especificado de estudantes moçambicanos poderá ser enviado para a Holanda para a sua formação na área de hidrocarbonetos.A Holanda é um dos países com uma larga tradição na exploração de recursos naturais, nomeadamente o petróleo e gás.Esperança Bias indicou que numa fase posterior os Países Baixos poderão ajudar na capacitação das instituições de ensino moçambicanos para a intensificação da formação dos quadros nacionais em território nacional.“O que queremos é tirar mais vantagens do conhecimento que a Holanda tem neste área de recursos naturais”, explicou a ministra.Adiantou que algumas empresas holandesas manifestaram também o interesse em participar directamente no processo de pesquisa de hidrocarbonetos em Moçambique.“Neste momento aguardamos pela aprovação da nova Lei de Petróleos pela Assembleia da República para o lançamento do próximo concurso de prospecção e pesquisa de hidrocarbonetos, onde acreditamos que as empresas holandesas podem ter espaço para concorrer”, explicou Esperança Bias.Refira-se que dentre o grupo de empresas que integram a missão holandesa consta o Grupo Shell, cujo interesse pelo gás moçambicano não é novo. Esta companhia já esteve na corrida pela compra de acções numa das áreas da bacia sedimentar do Rovuma, a mais próspera em termos de gás descoberto em Moçambique."
FONTE: JORNAL NOTICIAS DE MOÇAMBIQUE.
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