AS obras de reconstrução das pontes de Chicumbane e Anguluzane, em Xai-Xai, sobre o rio Limpopo, na Estrada Nacional Número-1 (EN-1), em execução desde os finais do ano passado, na sequência dos estragos causados nessa altura pelas cheias, decorrem a bom ritmo, esperando-se que sejam concluídas e entregues ao Estado pelo empreiteiro nos meados do segundo trimestre deste ano.O empreendimento, avaliado em 270 milhões de meticais, está a cargo da empresa portuguesa Teixeira Duarte e, de acordo com Luís Vicente, director provincial das Obras Públicas e Habitação de Gaza, consiste basicamente, no caso da ponte de Chicumbane, no reforço dos encontros da ponte e implantação de estacas de fundação, estando em curso trabalhos na viga de protecção e respectiva elevação do muro.Enquanto isso, no que se refere às intervenções no Anguluzane, na baixa da cidade de Xai-Xai, a empreitada está sendo direccionada a aspectos de estabilização das estruturas que sofreram danos durante as cheias de 2013, ao que se seguirá a fase de reposição dos solos para se dar início às actividades de construção de fundações de reforço à ponte, para permitir que o escoamento das águas possa fluir sem criar danos à estrutura, uma situação que foi notória durante aquela intempérie.Ainda de acordo com o director provincial das Obras Públicas e Habitação, a situação de emergência imposta por aquela calamidade no ano findo, contribuiu para o incumprimento, por exemplo, dos planos definidos para a área das estradas, tendo o cumprimento se situado em 58 por cento.A priorização daquelas actividades deveu-se à necessidade imposta pela situação que obrigou à criação de condições possíveis para que a transitabilidade rodoviária fosse reatada, de forma a se garantir a circulação de pessoas e bens e se retornar à normalização da vida.Sabe-se, por outro lado, que nesse âmbito, mais de 800 quilómetros de estrada, mereceram a atenção do pelouro das Obras Públicas e Habitação, em Gaza, que levou a cabo intervenções de manutenção de rotina em estradas revestidas e de terra batida, para além de acções de melhoramentos localizados, entre outras intervenções.“Durante essa conturbada fase, o Governo teve que redobrar as atenções de forma a permitir que, muito rapidamente, se pudesse reatar a vida normal tendo, para o efeito, sido levadas a cabo acções de emergência, particularmente na baixa de Chicumbane, no distrito de Xai-Xai, bem como no troço Chissano/Chibuto para permitir a transitabilidade", disse Luís Vicente.Um outro troço que conheceu um considerável agravamento das condições na sua plataforma, é a estratégica estrada que liga a vila da Macia, no distrito de Bilene, à cidade de Chókwè, numa extensão de cerca de 60 quilómetros.Neste momento, decorrem trabalhos de reabilitação na referida rodovia, tendo sido já concluídos pouco mais de metade da sua extensão. Segundo o nosso entrevistado, tendo em linha de conta o facto de aquele troço ser de uma importância vital, por ser um meio de comunicação, não só com a capital económica de Gaza, a cidade do Chókwè, como com as diversas regiões do centro e norte de Gaza, designadamente Guijá, Mabalane, Chicualacuala, Massangena, entre outros distritos, uma nova empresa deverá reforçar aquela empreitada, devendo manter o padrão de qualidade e garantir que toda a extensão da via seja melhorada, através de manutenção de rotina e corte de capim nas bermas da rodovia.A nossa fonte disse, num outro passo, que não obstante o arranque tardio das obras dos diques de protecção nos distritos do Guijá, Chókwè e Xai-Xai, cujos trabalhos inicialmente deviam ter arrancado em Setembro do ano passado, o que se viria a concretizar apenas em Novembro do mesmo ano, a sua reabilitação está decorrer num ritmo bastante satisfatório.Por outro lado, ainda de acordo com Luís Vicente, mesmo as chuvas intensas que se registaram, nos últimos tempos, não esmoreceram o ímpeto das intervenções dos empreiteiros naquelas infra-estruturas de protecção à invasão das águas do Limpopo.De referir que o início relativamente tardio dos empreendimentos se deveu, sobretudo, ao desembolso tardio de fundos para a sua execução.
VIRGÍLIO BAMBO"
FONTE: JORNAL NOTICIAS DE MOÇAMBIQUE.
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