sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

BANCO MUNDIAL, CONSIDERA MOÇAMBIQUE ENTRE PAISES COM BOAS REDES DE PROTECÇÃO SOCIAL

"MOÇAMBIQUE ENTRE PAÍSES COM “BOAS” REDES DE PROTECÇÃO SOCIAL
14-02-2014 18:06:06

Washington, 14 Fev (AIM) – Moçambique figura na lista de alguns países africanos onde os sistemas de redes de protecção estão a provar-se fundamentais na redução da pobreza extrema e crescente partilha de prosperidade, indica um estudo do Banco Mundial publicado esta semana.Intitulado “Redução da Pobreza e Investimento nas Pessoas: o Novo papel das Redes de Protecção em África”, o estudo refere que os programas de redes de protecção social estão a funcionar na redução da pobreza de diversas maneiras.Avaliações de impacto fornecem evidências de que as redes de protecção ajudam as famílias a responder as suas necessidades básicas de consumo, proteger os seus recursos como animais domésticos, bem como a investir na saúde e educação dos filhos.O Banco Mundial analisou o uso de programas de redes de segurança em 22 países africanos, tendo constatado que na maioria, as redes de protecção são fragmentadas e muito pequenas para proteger de forma eficaz a população mais pobre. Contudo, em alguns países que estão a liderar o processo, como Etiópia, Quénia, Moçambique, Ruanda e Tanzânia, as redes de protecção estão a começar a evoluir de programas fragmentados e independentes para sistemas de redes de protecção robustos”, afirma o documento. Esta pesquisa do Banco Mundial surge na sequência da recente crise económica mundial. Quando a crise começou a ameaçar os progressos de África na redução da pobreza, as redes de protecção emergiram como sendo uma forma fundamental de evitar a reversão dos ganhos do crescimento económico.O estudo também sugere que as redes de segurança têm um enorme potencial para impulsionar o bem-estar e redução da pobreza no futuro, uma vez que ajudam as famílias pobres a fazerem investimentos produtivos hoje. As redes de protecção em África evoluíram de uma situação de programas de ajuda alimentar de emergência que eram sempre usados durante os períodos de seca ou de insegurança alimentar para redes de protecção regulares e previsíveis como transferências de dinheiro ou programas de trabalhos remunerados destinados às famílias pobres e vulneráveis”, indica o comunicado.Contudo, o relatório aponta que algumas das principais tarefas com que os países devem lidar enquanto trabalharem nessa direcção incluem a melhoria da recolha de dados e monitoria e direccionamento de programas de forma mais eficaz para assegurar que a assistência chegue as pessoas mais necessitadas. A pesquisa também recomenda o aumento dos programas existentes que já estão a funcionar de forma positiva.Citada pelo comunicado, a autora do relatório e economista do Banco Mundial, Victoria Monchuk, disse que “as redes de protecção social evoluíram de forma diferente em África, mas agora estão a assumir-se como instrumentos fundamentais de redução da pobreza”.Enquanto esses programas se ligam em sistemas coerentes, o apoio de doadores para os mesmos precisa de ser melhor coordenado e bem alinhado com todas as estratégias de protecção social e de redução da pobreza em cada país”, acrescentou.
(AIM)MM/SG (AIM)
FONTE: SAPO MZ.

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