"ECONOMIA
A SEMANA :
Angola prestes a ser graduada como país de rendimento médio 24 Setembro 2013
Angola está cada vez mais próxima de ser classificada país de rendimento médio, deixando o estatuto de país de rendimento baixo, à semelhança de Cabo Verde. As autoridades angolanas acreditam que esta graduação poderá facilitar o acesso do país a financiamentos externos.
A Economist Intelligence Unit afirma que Angola atingiu muitos dos patamares, nomeadamente o PIB “per capita”, necessários para a classificação de país de rendimento médio, mudança que deverá ser oficializada até 2018. “Tornar-se um país de rendimento médio vai aumentar o acesso a garantias de risco e de crédito, o que será útil à medida que Angola procura financiamento para o necessário investimento em infra-estruturas”, refere a EIU no mais recente relatório sobre Angola.
Com um PIB “per capita” de 4422 dólares, quatro vezes o necessário para deixar o estatuto de rendimento baixo na classificação das Nações Unidas, a promoção “parece tardia nalguns aspectos”, adianta.Na última década, a China disponibilizou a Angola linhas de crédito no montante de 15 mil milhões de dólares, possibilitando a reconstrução e expansão das infra-estruturas do país, sendo actualmente o maior importador de petróleo angolano. “Angola vai continuar a expandir as linhas de financiamento e crédito disponibilizadas pelos seus parceiros, nomeadamente China e Brasil”, adianta o relatório da EIU.Objectivo prioritário da política externa angolana será diversificar o acesso ao financiamento, expandir a influência internacional e consolidar as relações com parceiros estratégicos, caso da China e Portugal. “Angola vai continuar a aprofundar o seu relacionamento com a China através de negócios de comércio e investimento, particularmente no petróleo, construção e agricultura”, refere a Economist.Os países de rendimento baixo beneficiam de acordos comerciais preferenciais, mas Angola tira pouco partido destes porque a sua economia está concentrada no petróleo, que representa perto de 90% das receitas de exportação e 45% do PIB. A “subida de patamar”, refere a EIU, coloca Angola “debaixo dos holofotes”, apesar de apresentar poucos dos desafios económicos de outros países que seguiram recentemente o mesmo caminho, caso de Cabo Verde e também de Botsuana e Maldivas.Num seminário realizado em Luanda no mês de Agosto, a Conferência da ONU para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) pediu ao governo para diminuir a dependência em relação ao petróleo, de forma a reduzir a exposição a choques causados pela flutuação do preço desta matéria-prima, mas também porque cria menos postos de trabalho do que outras indústrias.Nas últimas duas décadas, refira-se, o PIB “per capita” de Angola aumentou dez vezes, mas o país ainda está numa posição muito baixa no índice de desenvolvimento humano (148 entre 180 países)." FONTE JORNAL A SEMANA DE CABO VERDE.
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