"ECONOMIA
A SEMANA :
Cabo Verde vai aprofundar pesquisas sobre microalgas 23 Julho 2013
O Instituto Nacional de Desenvolvimento das Pescas e a Universidade de Cabo Verde vão aprofundar as pesquisas sobre microalgas e cianobacterias, num projecto suportado em termos científicos pela Fundação Parque Científico Tecnológico da Universidade de Las Palmas - Gran Canária – Banco Espanhol de Algas. Para o efeito vai estar a partir desta terça-feira em Cabo Verde Bruno Bereheide,, Bruno Bereheide, que é também gestor da Fundação Parque Científico.
Bruno Bereheide diz que o acordo assinado entre o Ministério do Ensino Superior, Ciência e Inovação de Cabo Verde e o Banco Espanhol de Algas (BEA) vai fazer com que nosso país possa gerar e manter por si mesmo uma colecção de microalgas e cianobactérias que ficará guardada no Banco Espanhol de Algas para a sua salvaguarda. “Com este projecto, em quatro ou cinco anos, Cabo Verde terá profissionais preparados para a indústria de microalgas, tendo o treino necessário para separar, identificar e conservar espécies do seu ambiente macaronésio. Tal preparação é a semente para se arrancar com uma indústria à volta deste sector”, antevê.Questionado sobre os benefícios que esta colaboração poderá trazer aos dois países, Bereheide afirma que o Banco Espanhol de Algas está absolutamente convicto de que a investigação científica nos mares da Macaronésia ( Madeira, Canárias e Cabo Verde), pode ao aparecimento de indústria específica numa área geográfica com vantagens comparativas no desenvolvimento de projectos associados às micro-algas : biocombustíveis, cosméticos, nutracêuticos, produtos industriais, entre outros. Estes projectos, acredita, poderão atrair investimentos e gerar riquezas e desenvolvimento local.O Banco Espanhol de Algas quer ser um centro de referencia para África, pretendendo transformar a rica biodiversidade do continente em indústria. “Queremos colocar-nos ao serviço da comunidade internacional, disponibilizando um amplo catálogo de espécies e serviços relacionados”, pontua.
Relativamente a Cabo Verde, Bereheide acredita que, num período relativamente curto, o país poderá ter gente capacitada, através de ´training´rotativo, em todos os departamentos do BEA, que podem completar a sua colecção e desenvolver suas próprias linhas de investigação. O BEA assegurará ainda a manutenção da “Colecção Cabo Verde”, cobrindo os gastos da mesma por pelo menos oito anos, até que o país possa adequar as suas instalações para alojar a sua colecção.Mas, para isso, Cabo Verde tem que conhecer os seus recursos marinhos no campo das microalgas e ter gente formada em todas as disciplinas que comportam um banco de algas. É, aliás, o que o BEA pretende oferecer “Durante os primeiros anos – 5 a 10 – o BEA compromete-se a conservar a Biodiversidade do Atlântico de Cabo Verde para dar ao país o tempo que precisa para consolidar as suas infra-estruturas e formar os seus profissionais. Mas Cabo Verde pode recuperar a sua colecção original quando considerar necessário, embora mantendo uma parte dessas algas no BEA (como backup) e à disposição do público”, assevera.O BEA é um serviço ligado à Fundação Canária da Universidade de Las Palmas que se dedica a isolar, identificar e conservar microalgas e cianobactérias. O banco tem ainda um serviço que facilita o desenvolvimento do sector bio-industrial, baseado na sua cultura e aplicações. É membro da Organização Europeia de Colecções de Cultura (ECCO) e da Federação Mundial de Colecções de Cultura (WFCC), e está incluído no Centro Mundial de Dados sobre Microorganismos." FONTE: A SEMANA DE CABO VERDE.
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