"Búzi vira destino do turismo rural
Esta situação está a propiciar a emergência de serviços de restauração e contemplação na base de “bangolotes”, “lodges”, pensões e restaurantes de luxo até de invejar. Destaque especial vai para a prática do turismo religioso em Nova Sofala, com a frequência de perto de 1.500 turistas ao mágico túmulo do navegador indiano apelidado Mwenhe-Mukuro (sheik) nos primeiros três meses deste ano, enquanto na praia de Dhengua se desenvolve um ambicioso projecto de restauração e de campismo desenhado para a ligação marítima com a cidade da Beira até Nova Sofala. Como não bastasse, na vila do Búzi há alojamento condigno e o número de camas passou no primeiro trimestre deste ano, de 75 para 105, cujos complexos estão inclusivamente dotados até para grandes eventos. As grutas de boca situadas na zona de Estaquinha fazem ainda parte da longa lista das belezas turísticas do Búzi.
São avultados investimentos que criam imensos postos de trabalho, o que salva a vida dos 183.302 habitantes da zona distribuídos por três postos administrativos e dez localidades, numa área de 7.160 quilómetros quadrados. Lembra-se que em tempos, Búzi contava com cinco diferentes unidades industriais, mas agora se reduziram para zero. O Governo, ciente das potencialidades, multiplica esforços no provimento do transporte de passageiros. Recentemente, foi reactivada a comunicação marítima-fluvial diária entre a cidade da Beira e a vila do Búzi, através da embarcação baptizada com o nome de Massique, que oferece maior segurança e conforto aos viajantes. Há bem poucos anos, a circulação entre os dois pontos era assegurada por uma média de 150 barcos privados bastantes frágeis e propensos a naufrágios. Com capacidade de transportar cerca de 100 passageiros sentados e 32 toneladas de carga diversa, cujo preço do bilhete de passagem é de 70 meticais, a embarcação veio a reduzir os custos de transporte rodoviário fixados em 150 meticais. Para responder a esta dinâmica, o administrador do Búzi, Tomé José, disse ao “Notícias” estarem em curso obras de manutenção e reabilitação de estradas terciárias da região, mormente ao longo da extensa zona costeira daquele distrito, pelo que já são transitáveis a qualquer altura do ano, excepto a de Ampara, no período chuvoso. Mesmo assim, a fonte afirmou que caso fosse reactivada a extinta açucareira da companhia do Búzi, o turismo assumiria naquela zona o rumo cada vez mais excitante. Todavia, a progressiva erosão do rio Búzi continua ainda um revês deste progresso, ameaçando mesmo invadir a estradaTica/Búzi, na zona de Mothera depois de engolir o primeiro traçado. Tal fenómeno que preocupa, sobremaneira, aos ambientalistas está a ser mitigado com a sensibilização da comunidade na plantação de caniço nas margens daquele curso de água e prática de actividades agrícolas preservando a vegetação do Búzi.Horácio João" FONTE JORNAL NOTICIAS.
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