"ELECTRIFICAÇÃO - Não mais geradores a diesel em mais 4 distritos do Niassa
Energia vai atrair agro-processamento - Ana Ismael, administradora de Muembe Maputo, Sexta-Feira, 14 de Dezembro de 2012
Notícias
Muembe, com 33520 habitantes, é um dos distritos da província do Niassa que
está na expectativa de receber uma energia eléctrica sustentável para
prossecução de diversas actividades sócio-económicas.
Pelo facto do distrito ter um grande potencial agrícola, tendo conseguido, na campanha finda mais de 20 mil toneladas de produtos diversos, com destaque para batata-reno e cereais, a respectiva administradora, Ana Ismael acredita que a chegada de energia eléctrica da rede poderá contribuir para atracção de investidores para o agro-processamento, para conferir mais valia aos produtos.A chegada de energia vai tornar cada vez mais visível o impacto do Fundo de Desenvolvimento Distrital (sete milhões), na medida em que, de acordo com a administradora, os beneficiários passarão a ser mais ambiciosos, implementando projectos de média dimensão. Este ano foram aprovados 164 projectos, dos quais foram financiados 94 empreendimentos de geração de rendimento.“A expectativa é muito grande porque vamos poder combater o analfabetismo, porque poderemos ministrar cursos de alfabetização e tantas outras coisas em prol do desenvolvimento do distrito de Muembe”, referiu Ana Ismael, numa entrevista concedida à nossa Reportagem.Para Ana Ismael, “enquanto a energia não chega no distrito, o nível de desenvolvimento do distrito também vai se retardado. Estamos satisfeitos porque nos primeiros meses do próximo ano teremos energia de painéis solares e mais tarde, em Dezembro, a energia de Cahora Bassa”.Entre os projectos que se vão beneficiar da chega de energia eléctrica ao distrito, a administradora citou o projecto New Forest, um empreendimento florestal localizado em Chiconono.“Para que a madeira da Nwe Forest seja vendida terão que ser montados equipamentos aqui no distrito e isso vai depender de energia”, frisou Ana Ismael, referindo que o uso de grupo gerador é muito caro.
Pelo facto do distrito ter um grande potencial agrícola, tendo conseguido, na campanha finda mais de 20 mil toneladas de produtos diversos, com destaque para batata-reno e cereais, a respectiva administradora, Ana Ismael acredita que a chegada de energia eléctrica da rede poderá contribuir para atracção de investidores para o agro-processamento, para conferir mais valia aos produtos.A chegada de energia vai tornar cada vez mais visível o impacto do Fundo de Desenvolvimento Distrital (sete milhões), na medida em que, de acordo com a administradora, os beneficiários passarão a ser mais ambiciosos, implementando projectos de média dimensão. Este ano foram aprovados 164 projectos, dos quais foram financiados 94 empreendimentos de geração de rendimento.“A expectativa é muito grande porque vamos poder combater o analfabetismo, porque poderemos ministrar cursos de alfabetização e tantas outras coisas em prol do desenvolvimento do distrito de Muembe”, referiu Ana Ismael, numa entrevista concedida à nossa Reportagem.Para Ana Ismael, “enquanto a energia não chega no distrito, o nível de desenvolvimento do distrito também vai se retardado. Estamos satisfeitos porque nos primeiros meses do próximo ano teremos energia de painéis solares e mais tarde, em Dezembro, a energia de Cahora Bassa”.Entre os projectos que se vão beneficiar da chega de energia eléctrica ao distrito, a administradora citou o projecto New Forest, um empreendimento florestal localizado em Chiconono.“Para que a madeira da Nwe Forest seja vendida terão que ser montados equipamentos aqui no distrito e isso vai depender de energia”, frisou Ana Ismael, referindo que o uso de grupo gerador é muito caro.
Electricidade é crucial para nossa actividade - Jon Mukumbira, New Forest
Maputo, Sexta-Feira, 14 de Dezembro de 2012No posto administrativo de Chiconono, em Muembe, está a ser implementado um
projecto florestal que consiste no plantio de pinheiros e eucaliptos, numa área
de pouco mais de 19 mil hectares.O projecto emprega actualmente mais de 400 trabalhadores, maior parte dos
quais recrutados localmente, para se dedicarem à plantação, limpeza dos campos,
bem assim a irrigação dos viveiros.Segundo Jon Mukumbira, um dos gestores do projecto, até ao momento tem
plantados 4353 hectares de pinho e 1125 de eucaliptos, representando um
investimento de cerca de nove milhões de dólares norte-americanos.O funcionamento dos escritórios da empresa e do sistema de irrigação dos
viveiros está dependente de um grupo gerador a diesel, o que, conforme explicou,
tem custos bastante elevados, sobretudo porque o combustível só pode ser
comprado na cidade de Lichinga, porque localmente não há bombas.“Por enquanto estamos a fazer muito esforço para continuar com o projecto,
mas estaremos muito aliviados quando a energia da HCB for estendida até
Chiconono, porque sem energia fiável teremos muitas dificuldades para
trabalhar”, referiu Jon Mucumbira, numa breve conversa com “Notícias”.Em termos de responsabilidade social a empresa aloca, anualmente, à
disposição da comunidade de Chiconono, pouco mais de 20 mil dólares
norte-americanos, a razão de um dólar por cada hectare ocupado pelas plantações.
O dinheiro é aplicado para a implementação de vários projectos na zona,
particularmente nas áreas de saúde e da educação.A chefe do posto de Chiconono, Juliana Alik vê na New Forest uma grande
oportunidade para empregar parte dos 8659 habitantes da zona, sendo que nas suas
palavras, a chegada de energia seria o garante da viabilidade do projecto.O próprio edifício do posto administrativo não tem electricidade, sobretudo
porque o único gerador que foi recentemente alocado, quando da visita do Chefe
de Estado, nem sequer chegou a funcionar, ainda que com aspecto novo. “Por falta de energia não se pode usar computador nem carregar telefones
celulares. Depois do pôr do sol não há nenhum trabalho urgente que pode ser
adiantado”, lamentou Juliana Alik, acrescentando que a única saída eram os
painéis solares, mas que há muito deixaram de funcionar.
Notícias Empreiteiro acautelou condições do terreno
Maputo, Sexta-Feira, 14 de Dezembro de 2012
Notícias
O director da Área de Distribuição de Lichinga, na Electricidade de
Moçambique, Luís Elias Salomão, explicou que a execução do projecto, também
designado Niassa e Manica vai ser implementado em fases, sendo que a primeira
será Lichinga – Mandimba, a segunda Lichinga – Majune e a terceira Muenbe –
Mavago.Luís Elias Salomão explicou que a conexão daqueles distritos à rede nacional
se enquadra no âmbito do programa de electrificação rural, que preconiza a
ligação de todas as sedes distritais do país até 2014.Há receios de que o arranque das obras possa ser afectado pela época chuvosa,
um cenário, entretanto, afastado pelo director da Área de Lichinga, para quem o
empreiteiro acautelou todas as situações do terreno.“O empreiteiro está ciente disso. O arranque das obras estava previsto para
Julho, mas houve constrangimentos de diversa ordem, particularmente a abertura
das vias de acesso e mobilização do material da linha, maioritariamente
importado da Índia, frisou a fonte.Tranquilizou referindo que “neste momento temos 70 porcento do material
mobilizado. Portanto, já estão criadas as condições para o arranque das
obras”.Uma das novidades deste projecto tem a ver com o facto dos postes que vão
suportar a linha serem metálicas, o que vai contribuir para a mitigação dos
efeitos das queimadas descontroladas.Instado a comentar se os postes metálicos constituem ou não uma nova
abordagem dos projectos da EDM, Luís Elias Salomão disse: todo o material vem da
Índia e coincidentemente quase todos os distritos beneficiários são muito
propensos às queimadas descontroladas.Em relação à viabilidade económico do projecto referiu que nesta fase não há
registo de grandes clientes, acreditando-se que este segmento de mercado vai
aparecendo à medida que o empreendimento vai ganhando terreno. “Neste momento os
consumidores são as moageiras, e em termos de indústria ela só existe em
Lichinga e Cuamba”, referiu.
A áreas de Lichinga de 120 mil clientes, 120 mil dos quais no sistema pré-pago.
A áreas de Lichinga de 120 mil clientes, 120 mil dos quais no sistema pré-pago.
Projecto vem responder ao anseio da população - David Marizane, governador do Niassa
Maputo, Sexta-Feira, 14 de Dezembro de 2012“Estamos todos esperançados que o projecto de electrificação dos quatro
distritos se inicie”, palavras do governado da província do Niassa, David
Marizane, momentos após visitar os estaleiros do empreiteiro indiano.Recordou que quando da sua visita ao distrito de Muembe uma das preocupações
apresentadas pela população está relacionada com a falta de corrente eléctrica
para a viabilização de projectos de investimento que poderiam assegurar postos
de emprego.Chamou a atenção sobre a necessidade do cumprimento dos prazos da entrega das
obras, para não defraudar as expectativas da população. “Os que estão à frente
deste projecto devem assumir a responsabilidade de cada dia que passa estarem em
sintonia com as autoridades que devem ser informados sobre o estágio das
obras”.Apelou à população beneficiária para ser vigilantes em relação às acções de
vandalização do material eléctrico.Pediu à EDM no sentido continuar a beneficiar as comunidades compreendidas no
trajecto da linha." Fonte Cadernos de Economia do Jornal NOTICIAS.
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