"Cooperativas agrícolas aumentam no mundo – refere a FAO
A ORGANIZAÇÃO para a Alimentação e a Agricultura (FAO) dedica
este ano às cooperativas agrícolas de todo o mundo o Dia Mundial da Alimentação,
que se assinala a 16 de Outubro e pela 30.ª vez.Maputo, Segunda-Feira, 15 de Outubro de 2012NotíciasO tema “Cooperativas agrícolas alimentam o mundo” foi escolhido “para
destacar como as cooperativas e organizações de produtores agrícolas ajudam
concretamente e de múltiplas formas a garantir a segurança alimentar, a criação
de emprego e a aliviar as pessoas da pobreza”, escreve o director-geral da FAO,
José Graziano da Silva, na sua mensagem sobre a efeméride.“Para a FAO e os seus parceiros, as cooperativas agrícolas são aliadas
naturais na luta contra a fome e a pobreza extrema”, sublinha o responsável,
lembrando que também as Nações Unidas declararam 2012 o “Ano Internacional das
Cooperativas”.Na sua mensagem, o director-geral lembra que as últimas três décadas foram
“de declínio dos investimentos nacionais na agricultura e na ajuda pública ao
desenvolvimento” e lamenta que os compromissos assumidos por muitos países após
a crise alimentar de 2007-2008 não tenham sido traduzidos em políticas
concretas, programas e recursos financeiros. “Não se soube tirar partido do aumento dos preços dos alimentos, de
2007-2008, para ajudar os pequenos produtores a encontrarem um caminho para
saírem da pobreza”, sublinha Graziano da Silva, que lembra que todos os dias, em
todo o mundo, os pequenos produtores continuam a enfrentar dificuldades.Para o director-geral, a falta de infra-estruturas, o acesso limitado a
serviços e informações, activos produtivos e mercados, bem como a fraca
representação na tomada de decisões impedem os pequenos produtores de alcançar o
seu potencial e contribuir para a segurança alimentar - a sua e a de todos.Para o ex-ministro brasileiro e antigo responsável pelo programa Pobreza Zero
do Governo de Lula da Silva, a solução para superar estas limitações passa pela
reunião dos agricultores em cooperativas e organizações fortes.Essas associações podem, exemplifica, reduzir os custos dos agricultores,
permitindo-lhes adquirir em grupo e beneficiar de melhores preços na compra de
factores de produção agrícola, assim como tornam possível aos produtores
desempenhar um papel activo na tomada decisões e na formulação de políticas.Recordando as suas próprias palavras quando afirma que existem no mundo os
meios para eliminar a fome e a subnutrição, Graziano da Silva insiste que o que
falta é a criação de um ambiente favorável que permita aos pequenos produtores
tirar pleno partido das oportunidades disponíveis.“As cooperativas e as organizações de produtores fortes têm um papel
essencial a desempenhar”, sublinha.O director-geral garante ainda que a FAO, em conjunto com as Nações Unidas e
outros parceiros, “continuarão a fortalecer e a apoiar as cooperativas, como
actores-chave, para abrir a porta a novas oportunidades” e para melhorar a
segurança alimentar num mundo mais sustentável.Segundo a FAO, uma cooperativa é uma “associação de mulheres e homens que se
juntam para formar uma empresa de propriedade conjunta, democraticamente
controlada, em que a obtenção de lucro é apenas parte da história. As
cooperativas colocam as pessoas acima do lucro”.“Elas ajudam os seus membros
a concretizar as suas aspirações sociais, culturais e económicas. Uma
cooperativa é uma empresa social que promove a paz e a democracia”. " Fonte Jornal NOTICIAS
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