quarta-feira, 10 de outubro de 2012

ALGODÃO DE MOÇAMBIQUE PRODUÇÃO ATÉ 2020 ATINGIRÁ 200 MIL TONELADAS


"Algodão atingirá 200 mil toneladas no país até 2020


A produção global do algodão caroço, no país, vai atingir nos próximos oito anos a fasquia recorde estimada em 200 mil toneladas. A estratégia visando atingir tal objectivo foi apresentada esta semana, em Nampula, e assenta-se em três eixos considerados importantes, nomeadamente, a capacitação contínua do produtor em relação as novas tecnologias, aumento significativo das áreas actualmente exploradas para a produção e do rendimento por hectare.
Maputo, Quarta-Feira, 10 de Outubro de 2012:: Notícias . De acordo com o director do Instituto de Algodão de Moçambique, Norberto Mahalambe, o país reúne condições para elevar os actuais volumes de produção de algodão caroço que andam abaixo das 100 mil toneladas por campanha, caracterizadas pela excelência do clima e voluntarismo do produtor do sector familiar. Contudo, é urgente duplicar o rendimento por hectare conseguido pelo sector familiar situado actualmente em cerca de 500 quilogramas o que passa pela sua capacitação em relação às novas tecnologias de produção acção que já arrancou com o treinamento dos formadores de extensionistas e produtores do algodão que tem a duração de Seis dias. O país leva vantagem pelo facto de nos últimos tempos ter adoptado no uso das melhores sementes que a investigação apurou para climas tropicais e húmido com destaque para a CA-324, cuja fibra é de cumprimento e resistência que confere qualidade reconhecida ao nível do mercado internacional onde se tornou uma preferência dos compradores.
Norberto Mahalambe destacou que a estratégia que visa o crescimento dos actuais volumes de produção do chamado “ouro branco” no país potencia o aumento das áreas de cultivo daquela cultura estimada em 160 mil hectares. Para tal afigura-se prioritário induzir o sector produtivo comercial no sentido de incrementar as áreas de cultivo, dada a disponibilidade de algum equipamento agrícola.
O conhecimento que as cerca de 300 mil famílias produtoras de algodão possuem em relação às práticas da cultura baseia-se na forma de transmissão inter-geracional pelo que urge capacitá-las. Mahalambe salienta que os formadores idos de todas províncias que desenvolvem o algodão devem transmitir os conhecimentos que estão a adquirir em Nampula aos principais actores no cultivo do chamado “ouro branco”nos pontos de onde provem.Avaliando a última campanha, aquele dirigente referiu que a redução do custo do algodão no mercado para dez meticais contra o preço de 15 meticais o quilograma na anterior safra não teve reflexos negativos no seio dos produtores do sector familiar, facto traduzido pela superação da meta global fixada em 85 mil toneladas. “Até final da semana passada, o Instituto de Algodão de Moçambique contabilizou 85 mil toneladas de algodão caroço compradas pelas empresas fomentadoras que entretanto tem ainda muita produção por comprar que se encontra tanto nos mercados como nos celeiros dos produtores”- disse Norberto Mahalambe, que reconhece o valor que o produtor dá ao algodão na cadeia de culturas que pratica para o reforço da sua renda.A perspectiva do IAM é de a produção de algodão caroço venha a atingir volumes que oscilam entre 140 mil e 160 mil toneladas do produto na próxima campanha.
Segundo Norberto Mahalambe, vai contar para tal a tendência de valorização da cultura do algodão e a adopção pelos produtores, de conhecimentos que serão transmitidos pelos extensionistas atinentes as novos procedimentos para prática do chamado “outro branco”." Fonte Jornal NOTICIAS.

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