"CABO DELGADO - Grandes investimentos incrementam horticultura.
A província de Cabo Delgado está a registar, nos últimos anos, um
incremento das áreas de agricultura irrigada e um consequente aumento da
produção da horticultura.
Maputo, Sábado, 4 de Agosto de 2012Notícias .
Este facto resulta, por um lado, ao trabalho de sensibilização levado a cabo
pelas estruturas do sector da Agricultura junto da população para o seu
envolvimento nas acções produtivas e, por outro, ao crescente aumento da procura
daqueles produtos, motivado pela entrada na província de grandes investimentos
na área de hotelaria e turismo.Sem revelar a quantidade de hortícolas a serem produzidas na presente
campanha, Mariano Jone, director provincial da Agricultura, disse ao nosso
Jornal que a província está a trabalhar em 11 mil hectares de hortícolas
diversas, entre machambas do sector familiar, associações de camponeses e de
privados que desenvolvem agricultura de escala média.O nosso interlocutor fez saber que, para o sucesso da presente campanha de
horticulturas, a sua instituição alocou aos agricultores 12 toneladas de
sementes de feijões e insumos agrícolas, com destaque para pesticidas. Jone
destacou ainda a alocação de nove motobombas para os sistemas de irrigação das
machambas dos camponeses associados.A fonte explicou que, a instituição que dirige, abriu um centro de
treinamento de extensionistas que trabalham com os camponeses espalhados em toda
a província, na multiplicação e divulgação das técnicas agrícolas. “Criamos um
centro que está localizado na Aldeia Nacaca, no distrito de Namuno, no sul da
província”- disse Jone.Num outro desenvolvimento, o nosso interlocutor disse que, em Cabo Delgado,
há um fenómeno de encarecimento dos produtos agrícolas, o que leva muitos
consumidores a não ver com bons olhos esta acção protagonizada por alguns
produtores. “Há casos em que alguns camponeses preferem deixar o tomate
apodrecer no lugar de baixarem os preços, mesmo sabendo que a oferta é maior.
Para mim, eles deviam saber que quando a oferta de qualquer produto é maior,
automaticamente os preços baixam naquilo que é a lei do mercado”-comentou
Jone.A uma questão sobre se a sua instituição fazia algum trabalho para
desencorajar esta prática de encarecimento de produtos, mesmo quando a oferta é
maior, a nossa fonte fez saber que, as estruturas do sector do Comércio estão a
trabalhar nesse sentido. No entanto, indicou que uma das soluções do problema
seria a alocação de pequenas fabriquetas para o processamento de produtos da
horticultura. “Isto porque há momentos de abundância e outros de muita carência
e, com o processamento, os camponeses sairiam a ganhar”-observou.No passado, os regadios de Ngúri e Chipembe, eram considerados celeiros da
província de Cabo Delgado, quer em produtos da agricultura de sequeiro quer de
irrigação, por possuir grandes quantidades de água para a rega dos campos. O
director provincial da Agricultura de Cabo Delgado, disse que as duas
infra-estruturas, com grandes reservas de água, precisam de serem reactivados e,
neste momento, o governo está à procura de investidores interessados em gerir os
dois regadios.“É uma preocupação do governo, mas enquanto não se consegue investidores com
investimentos que justifiquem reactivar os regadios, os camponeses agrupados em
pequenas associações e alguns pequenos agricultores vão aproveitando as
infra-estruturas”, disse o director provincial da Agricultura para depois
acrescentar que os campos de cultivo, junto aos regadios, possuem extensas áreas
e localizam-se a uma distância que as motobombas alocadas aos camponeses não
aguentam. “As áreas são de cerca de 1.000 hectares e a expressão das motobombas
é nula. Por isso, a ideia é mesmo uma mega agricultura mecanizada”-referiu
Mariano Jone.Em Cabo Delgado, os distritos que se destacam na produção de hortícolas são
de Pemba-Metuge, Balama, Montepuez, Namuno, e Chiúre.Zé Campos" Fonte Jornal NOTICIAS.
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