"ZAMBÉZIA - Quelimane dispõe de 10 milhões para combate à pobreza urbana.
Estão disponíveis mais de dez milhões de meticais para financiar
projectos de rendimento no contexto das estratégias visando o combate à pobreza
urbana na cidade de Quelimane. Maputo, Sexta-Feira, 27 de Julho de 2012Notícias .
O Governo convidou, esta semana, os munícipes daquela urbe, para desenharem e
apresentarem planos de geração de rendimento às autoridades municipais que
depois de aprovados serão financiados. O representante do Estado no município de Quelimane, Silvério dos Anjos,
convidou as associações juvenis, de mulheres ou munícipes, individualmente, para
conceberem seus projectos bem desenhados para poderem ser financiados. Silvério
dos Anjos fez saber que o Fundo de Combate à Pobreza Urbana, foi instituído para
ajudar as pessoas desfavorecidas a desenvolverem actividades de renda, sendo que
os funcionários e empresários que pretendem contraírem dívidas para
desenvolverem os seus negócios, só poderão recorrer à banca comercial para o
feito.Entretanto, os moradores de vários bairros da cidade de Quelimane
queixaram-se há dias à Verónica Macamo, Presidente da Assembleia da República e
chefe da brigada do Comité Central da Frelimo para assistência à província da
Zambézia, sobre a alegada discriminação no processo de atribuição dos fundos de
combate à pobreza urbana. Afirmaram que o referido fundo, apenas beneficia aos
secretários dos bairros e funcionários do Estado. Os residentes dos bairros Coalane-I e Manhaua disseram que tinham sido
orientados pelo Governo municipal, na administração anterior, para desenharem
projectos de forma a terem acesso aos fundos que lhes permitiriam implementar
pequenos empreendimentos de rendimento, de forma a melhorar as condições
sociais, como habitação, educação para os seus filhos e reforço da renda
familiar. Todavia, segundo explicaram a Verónica Macamo, os projectos foram entregues
mas, curiosamente, o dinheiro foi parar nas mãos dos secretários dos bairros e
algumas pessoas que são funcionários públicos e/ou trabalham em empresas e, por
conseguinte, com rendimentos próprios.Um munícipe que se identificou pelo nome Pedro Simões disse que o dinheiro de
combate à pobreza urbana foi dividido entre o Governo municipal e os secretários
dos bairros para reforçarem a sua condição de ricos, enquanto os pobres vão
passando por dificuldades. Uma outra cidadã que disse chamar-se Maria Ossene,
foi mais longe ao afirmar que o dinheiro foi usado para aquisição de motorizadas
enquanto em vários bairros, há mães chefes de agregados familiares que esperavam
muito por esse dinheiro para desenvolverem pequenos negócios. Com o objectivo de dissipar as dúvidas sobre a matéria, o representante do
Estado na autarquia de Quelimane reiterou que os fundos de combate à pobreza são
destinados às pessoas que não trabalham e não têm qualquer actividade de
rendimento, e não para funcionários que têm um salário no final do mês. Segundo
Silvério dos Anjos, o Governo, ao adoptar este fundo, tinha a consciência de que
o mesmo seria para pessoas pobres.Jocas Achar" Fonte Jornal NOTICIAS.
Sem comentários:
Enviar um comentário