"Economia
Kim
Hwang-Sik
Moçambique tem potencial para fazer crescer a economia – considera o
primeiro-ministro sul-coreano. Moçambique e Coreia do Sul pretendem diversificar a sua
cooperação, iniciada formalmente há vinte anos, com o estabelecimento de
relações diplomáticas. Em breve as relações conhecerão um outro capítulo, o de
intensas movimentações económicas nos dois sentidos. Neste contexto, o
Primeiro-Ministro daquele país asiático, Kim Hwang-Sik, encontra-se desde ontem
em Maputo, para uma visita de três dias durante a qual deverá testemunhar a
assinatura de um memorando de entendimento entre os ministério dos Recursos
Minerais de Moçambique e da Economia e do Conhecimento do seu país.
Maputo, Quinta-Feira, 12 de Julho de 2012 Notícias
Kim
Hwang-Sik (esq.) com Aires Ali
Tecnologia coreana para gerar energia . Maputo, Quinta-Feira, 12 de Julho de 2012 Notícias
NOT - Para além do comércio, em que Moçambique é mercado
para a indústria automóvel sul-coreana, Seul está envolvido em actividades de
exploração de hidrocarbonetos no Rovuma e na construção de uma rede de
distribuição de gás para a cidade de Maputo. Que outras áreas são de interesse
para o Governo e o sector privado coreano?
KH - O Governo coreano tem vindo a prestar atenção para o desenvolvimento económico e social em África e a dar assistência ao desenvolvimento da região. Especialmente, Moçambique é um parceiro muito importante na África Oriental. Na verdade, o apoio da Coreia a Moçambique é um dos maiores no âmbito da iniciativa EDCF da Coreia para África. Os nossos dois países precisam aumentar ainda mais o nosso nível de cooperação. Em paralelo, ao actual projecto EDCF que está em curso para a construção de um centro de formação profissional na Matola, creio que o Governo coreano planeia expandir os seus projectos EDCF com Moçambique para a construção de estradas, fábricas de painéis solares foto-voltáicos, estações de energia, hospitais, serviços, assim como linhas de transmissão. Tenho grandes esperanças que estes tantos projectos cooperativos dêem frutos, para que a nossa amizade bilateral possa florescer para parceria plena numa vasta gama de áreas, incluindo construção e TIC.
NOT - Que produtos moçambicanos podem ser colocados no mercado coreano?
KH - Moçambique é um país com um grande potencial em termos dos seus recursos minerais e marinhos. Espero que a minha visita sirva como uma oportunidade para ampliar o nosso âmbito de cooperação também para estes domínios.
NOT - Quanto exporta a Coreia para Moçambique?
KH - A Coreia e Moçambique têm uma parceria económica em rápido crescimento. Nos últimos cinco anos, o comércio bilateral aumentou mais de quatro vezes. Espero sinceramente que a minha visita venha a catapultar a nossa cooperação económica para um nível mais elevado.
NOT - Qual é a estratégia de cooperação da Coreia de Sul em Moçambique?
KH - As vantagens económicas da Coreia e Moçambique parecem ser complementares entre si em muitas áreas. Acredito que a nossa cooperação possa trazer sinergias notáveis no desenvolvimento industrial e económico. No entanto, em comparação com o potencial de cooperação, ainda há muito espaço para melhoria. Fora os outros países da África Oriental, a Coreia coloca grande ênfase na intensificação de relações significativas com Moçambique, que atingiu um crescimento económico notável com base na unidade nacional e recursos naturais abundantes. Enquanto a Coreia tem tecnologia de classe mundial e “know-how” em termos de desenvolvimento de recursos naturais, construção de fábricas e infra-estruturas, Moçambique tem recursos, incluindo o carvão e gás natural. A este respeito, estou confiante de que as nossas relações bilaterais possam ser mutuamente benéficas no sector de desenvolvimento de recursos. Para além disso, ao partilharmos a experiência de desenvolvimento da Coreia, procuramos contribuir para o desenvolvimento económico e social de Moçambique para que as nossas relações diplomáticas bilaterais possam ser elevadas para um nível totalmente novo." Fonte Jornal NOTICIAS.
Este documento conferirá uma maior visibilidade a relação entre os dois
países. A Coreia já participa em actividades de exploração de hidrocarbonetos na
bacia do Rovuma e na construção da rede de distribuição de gás para a cidade de
Maputo.
Numa entrevista, aquele governante disse esperar que mais áreas continuem a constituir um ponto de convergência e de proveito mútuo principalmente no domínio da economia. É no diálogo que se segue que o chefe do Governo sul-coreano mostra o interesse no nosso país:
NOTÍCIAS (Not): - Sendo esta a primeira visita de um Primeiro-Ministro da Coreia do Sul a Moçambique, o que se pode esperar em termos de acordos de cooperação?
Kim Hwang-Sik (KH) - Apesar da distância geográfica entre a Coreia e Moçambique, existe uma vasta gama de aspectos comuns entre nós, uma delas é que ambos temos conseguido superar uma história de colonização dolorosa. Com base nessa solidariedade, os nossos dois países desenvolveram relações amistosas e cooperativas. O próximo ano é o 20º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre Moçambique e a República da Coreia. Acredito que a abertura da embaixada coreana este ano irá elevar as nossas relações bilaterais para um patamar mais elevado. É neste contexto que, pela primeira vez, como Primeiro-Ministro da Coreia, decidi efectuar uma visita oficial para discutir formas de reforçar a cooperação bilateral em áreas como o investimento e comércio, recursos naturais e energia, e cooperação para o desenvolvimento.
Not - Quais são os grandes assuntos que o Primeiro-Ministro da Coreia do Sul traz a Moçambique?
KH - Durante a minha visita oficial a Moçambique, vou testemunhar a cerimónia de assinatura de um memorando de entendimento entre o Ministério da Economia do Conhecimento da República da Coreia e o Ministério dos Recursos Minerais da República de Moçambique sobre cooperação no domínio dos recursos naturais. O memorando de entendimento deverá reforçar a cooperação em pesquisa geológica, exploração e desenvolvimento de minerais, e oferecer oportunidades de formação. O Acordo EDCF para o “Projecto de Melhoramento da Formação Educacional Profissional” será assinado durante a visita como parte da nossa iniciativa EDCF (Fundo de Cooperação para o Desenvolvimento Económico). Nos termos do acordo, estamos a criar de raiz ou a restabelecer centros de formação profissional em três províncias a saber: Nampula, Niassa e Zambézia, através do fornecimento de material didáctico e equipamentos. A Coreia espera que este projecto contribua para o desenvolvimento do sector de formação profissional em Moçambique.
Numa entrevista, aquele governante disse esperar que mais áreas continuem a constituir um ponto de convergência e de proveito mútuo principalmente no domínio da economia. É no diálogo que se segue que o chefe do Governo sul-coreano mostra o interesse no nosso país:
NOTÍCIAS (Not): - Sendo esta a primeira visita de um Primeiro-Ministro da Coreia do Sul a Moçambique, o que se pode esperar em termos de acordos de cooperação?
Kim Hwang-Sik (KH) - Apesar da distância geográfica entre a Coreia e Moçambique, existe uma vasta gama de aspectos comuns entre nós, uma delas é que ambos temos conseguido superar uma história de colonização dolorosa. Com base nessa solidariedade, os nossos dois países desenvolveram relações amistosas e cooperativas. O próximo ano é o 20º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre Moçambique e a República da Coreia. Acredito que a abertura da embaixada coreana este ano irá elevar as nossas relações bilaterais para um patamar mais elevado. É neste contexto que, pela primeira vez, como Primeiro-Ministro da Coreia, decidi efectuar uma visita oficial para discutir formas de reforçar a cooperação bilateral em áreas como o investimento e comércio, recursos naturais e energia, e cooperação para o desenvolvimento.
Not - Quais são os grandes assuntos que o Primeiro-Ministro da Coreia do Sul traz a Moçambique?
KH - Durante a minha visita oficial a Moçambique, vou testemunhar a cerimónia de assinatura de um memorando de entendimento entre o Ministério da Economia do Conhecimento da República da Coreia e o Ministério dos Recursos Minerais da República de Moçambique sobre cooperação no domínio dos recursos naturais. O memorando de entendimento deverá reforçar a cooperação em pesquisa geológica, exploração e desenvolvimento de minerais, e oferecer oportunidades de formação. O Acordo EDCF para o “Projecto de Melhoramento da Formação Educacional Profissional” será assinado durante a visita como parte da nossa iniciativa EDCF (Fundo de Cooperação para o Desenvolvimento Económico). Nos termos do acordo, estamos a criar de raiz ou a restabelecer centros de formação profissional em três províncias a saber: Nampula, Niassa e Zambézia, através do fornecimento de material didáctico e equipamentos. A Coreia espera que este projecto contribua para o desenvolvimento do sector de formação profissional em Moçambique.
KH - O Governo coreano tem vindo a prestar atenção para o desenvolvimento económico e social em África e a dar assistência ao desenvolvimento da região. Especialmente, Moçambique é um parceiro muito importante na África Oriental. Na verdade, o apoio da Coreia a Moçambique é um dos maiores no âmbito da iniciativa EDCF da Coreia para África. Os nossos dois países precisam aumentar ainda mais o nosso nível de cooperação. Em paralelo, ao actual projecto EDCF que está em curso para a construção de um centro de formação profissional na Matola, creio que o Governo coreano planeia expandir os seus projectos EDCF com Moçambique para a construção de estradas, fábricas de painéis solares foto-voltáicos, estações de energia, hospitais, serviços, assim como linhas de transmissão. Tenho grandes esperanças que estes tantos projectos cooperativos dêem frutos, para que a nossa amizade bilateral possa florescer para parceria plena numa vasta gama de áreas, incluindo construção e TIC.
NOT - Que produtos moçambicanos podem ser colocados no mercado coreano?
KH - Moçambique é um país com um grande potencial em termos dos seus recursos minerais e marinhos. Espero que a minha visita sirva como uma oportunidade para ampliar o nosso âmbito de cooperação também para estes domínios.
NOT - Quanto exporta a Coreia para Moçambique?
KH - A Coreia e Moçambique têm uma parceria económica em rápido crescimento. Nos últimos cinco anos, o comércio bilateral aumentou mais de quatro vezes. Espero sinceramente que a minha visita venha a catapultar a nossa cooperação económica para um nível mais elevado.
NOT - Qual é a estratégia de cooperação da Coreia de Sul em Moçambique?
KH - As vantagens económicas da Coreia e Moçambique parecem ser complementares entre si em muitas áreas. Acredito que a nossa cooperação possa trazer sinergias notáveis no desenvolvimento industrial e económico. No entanto, em comparação com o potencial de cooperação, ainda há muito espaço para melhoria. Fora os outros países da África Oriental, a Coreia coloca grande ênfase na intensificação de relações significativas com Moçambique, que atingiu um crescimento económico notável com base na unidade nacional e recursos naturais abundantes. Enquanto a Coreia tem tecnologia de classe mundial e “know-how” em termos de desenvolvimento de recursos naturais, construção de fábricas e infra-estruturas, Moçambique tem recursos, incluindo o carvão e gás natural. A este respeito, estou confiante de que as nossas relações bilaterais possam ser mutuamente benéficas no sector de desenvolvimento de recursos. Para além disso, ao partilharmos a experiência de desenvolvimento da Coreia, procuramos contribuir para o desenvolvimento económico e social de Moçambique para que as nossas relações diplomáticas bilaterais possam ser elevadas para um nível totalmente novo." Fonte Jornal NOTICIAS.
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