quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

CAHORA BASSA, HCB ESTA A DESENVOLVER UM VASTO PROGRAMA DE APOIO SOCIOECONOMICO AO DISTRITO DO ZUMBO EM TETE MOÇAMBIQUE

"TETE - HCB vai financiar projectos de desenvolvimento de Zumbo. A HIDROELÉCTRICA de Cahora Bassa (HCB) está a desenhar um vasto programa de apoio ao desenvolvimento socioeconómico do distrito de Zumbo, a nordeste da província de Tete, mais concretamente na região fronteiriça entre o nosso país e a Zâmbia e o Zimbabwe.Maputo, Quinta-Feira, 26 de Janeiro de 2012:: Notícias . De acordo com uma fonte do Conselho de Administração da HCB, os apoios serão concentrados no financiamento à construção de algumas infra-estruturas sociais, como a unidade sanitária de referência no distrito, escolas, fontes de abastecimento de água potável, entre outros essenciais.As vias de acesso rodoviário também fazem parte do plano das actividades inseridas no projecto da HCB para o distrito de Zumbo, onde, até ao momento, estão em estudo o uso da via fluvial para garantir a circulação de pessoas e bens durante a época chuvosa.O administrador distrital de Zumbo, Bemane de Sousa, disse ao nosso Jornal que o apoio prometido pela empresa Hidroeléctrica de Cahora-Bassa, a vir acontecer, serão ultrapassados os vários problemas que a população do distrito enfrenta, desde a assistência sanitária regular ao escoamento e comercialização dos seus produtos agrícolas excedentários, assim como os recursos pesqueiros que, na sua maioria, são vendidos na vizinha Zâmbia a preços bastante baixos.“Os produtores agrícolas, sobretudo da zona nortenha do distrito com potencial agro-pecuário, não têm outros mercados para a venda dos excedentes da sua produção senão a Zâmbia, a preços de oferta. Todo o pescado retirado nas águas do Zambeze, que atravessa a sede distrital, é vendido aos zambianos e zimbabweanos”, disse Bemane.Aquele responsável afirmou que a população que vive na região sul do distrito atravessa todos os anos crises alimentares porque a zona não possui terras férteis. Um outro grande problema que aflige a população do Zumbo relaciona-se com a falta de um balcão bancário para depositar as suas economias financeiras e, desta forma, possibilitar a circulação da moeda nacional, o metical, na região, onde, actualmente, só funciona o kwacha zambiano, que devido à proximidade com o distrito é a única moeda que circula para a compra de produtos alimentares de primeira necessidade.“Não imagine qual é o nosso sofrimento, nós funcionários públicos, que recebemos via banco. Todos os bancos estão concentrados na cidade de Tete e quando os salários saem temos que percorrer cerca de 600 quilómetros à busca do salário que, afinal de contas, fica logo para as despesas de transporte e alojamento na cidade. O banco está a dar grande falta e não sabemos para quando a colocação de um banco aqui no Zumbo ou no distrito de Marávia, que fica ao meio da nossa distância com a cidade de Tete, porque aqui mesmo há muito dinheiro em circulação, e de forma descontrolada”, disse José Alferes, um professor da sede distrital de Zumbo, na província de Tete. De salientar que o distrito de Zumbo fica no extremo mais longínquo da província de Tete e separado por cerca de 600 quilómetros da capital provincial, onde, durante a época chuvosa, as vias rodoviárias ficam submersas e intransitáveis, sendo que para a sua comunicação usa-se a via externa da Zâmbia.BERNARDO CARLOS" Fonte Jornal NOTICIAS.

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