"Interdição da LAM no espaço aéreo europeu é "absolutamente injusta" - Teodoro Watty
15/12/2011. O presidente das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), Teodoro Watty, referiu hoje (quinta-feira) que a sua empresa está a ser afectada pela decisão "absolutamente injusta" da Comissão Europeia de manter o espaço aéreo europeu encerrado para esta companhia moçambicana. Questionado pela Lusa sobre o impacto da medida da Comissão Europeia, Teodoro Watty disse que a LAM está a ressentir-se da interdição de voar no espaço europeu. "É uma decisão que afecta a LAM, embora a LAM tenha todas as certificações que qualquer companhia do mundo gostaria de ter", disse o presidente do conselho de administração da única companhia aérea de bandeira moçambicana, na primeira reacção da empresa à decisão da Comissão Europeia. "Nós temos todas as certificações. É verdade que não podemos voar, mas é por outras razões. Nós não podemos interferir nas decisões de outros organismos. É uma questão de vontade da União Europeia em colocar a nossa companhia como outras companhias moçambicanas banidas de voar no espaço europeu", insistiu. Mas, a sanção da Comissão Europeia "é absolutamente injusta", disse, justificando: "há companhias que voam no espaço europeu, mas que não têm as certificações que nós temos. A LAM tem os mais altos padrões para operar sob ponto de vista administrativo e técnico". Numa reunião decorrida entre os dias 08 e 10 de Novembro, a Comissão Europeia decidiu manter a interdição à entrada dos voos das LAM no espaço aéreo europeu. Na altura, o ministro dos Transportes e Comunicações moçambicano, Paulo Zucula, afirmou que a União Europeia desconhecia os detalhes de um relatório da Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO) que garante a segurança dos aviões da LAM, por isso, terá decidido manter a companhia na sua lista negra. A Comissão Europeia decidiu a 19 de Abril deste ano que todas as transportadoras aéreas certificadas em Moçambique estão proibidas de realizar voos para a União Europeia. A decisão de incluir as transportadoras aéreas de Moçambique na "lista negra" da UE foi justificada com "as graves deficiências detectadas na área da segurança", o que obrigou "a adoptar medidas decisivas". LAM quer voltar a voar para Lisboa a partir de 2012.Entretanto, a LAM prevê retomar os voos para Lisboa a partir do próximo ano, com aparelhos e tripulações próprios, disse à Lusa o presidente do conselho de administração, Teodoro Watty. A empresa anunciou a suspensão dos seus voos para Lisboa, a partir de 22 de Novembro, para reformulação da sua estratégia.Até então, os voos para Lisboa, as únicas operações intercontinentais da LAM, eram realizados com aparelhos e parte da tripulação da companhia portuguesa euroAtlantic Airways, uma vez que a companhia de bandeira moçambicana continua proibida de voar para a Europa. "Acreditamos e estamos a fazer todos os possíveis para que ao longo do próximo ano esta rota (Maputo-Lisboa-Maputo) seja restabelecida. Vai depender muito e principalmente das questões operacionais nossas e vamos ver se até essa altura a LAM como companhia com todas as certificações internacionais possíveis pode continuar a voar para Europa. Mas isso vai depender futuramente das entidades europeias", disse Teodoro Watty.Uma possível reversão dessa interdição, prevista para breve, possibilitará à LAM usar meios próprios para Lisboa, através de uma nova empresa, entretanto, criada, a LAM Internacional, que tem como alvo as operações intercontinentais."O que está previsto é que a rota Lisboa estará nas nossas estratégias no âmbito das rotas intercontinentais, o que significa que a rota Maputo-Lisboa-Maputo será uma das rotas de âmbito intercontinental", disse Teodoro Watty.O presidente da empresa disse também que a companhia aérea moçambicana pretende adquirir dois aviões a jacto Embraer 190, "uma marca que a gestão da LAM colocou como predilecta", mas estes aparelhos "só serão para rotas domésticas e regionais".Há dias, o ministro moçambicano da Indústria e Comércio, Armando Inroga, disse que o Brasil vai ajudar a LAM a comprar mais aviões, no âmbito de uma linha de crédito brasileira de mais de 225 milhões de euros. Teodoro Watty confirmou que a companhia "vai ter dois Embraers no próximo ano". "Se vamos comprar ou obter em leasing não sei, mas seria desejável, nos termos do orçamento, que fossem comprados. Quanto ao mecanismo de operacionalização para a aquisição, estamos no processo de orçamentação do próximo ano. O que é absolutamente certo é que no nosso plano de actividades para o próximo ano contamos ter dois Embraers", assegurou Teodoro Watty.Mas, segundo Armando Inroga, o reforço da frota da companhia de bandeira moçambicana é parte dos investimentos programados para o sector de infra-estruturas de comunicações, ao abrigo da referida linha de crédito.Do montante da linha de crédito, criada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social do Brasil, já foram desembolsados 60 milhões de euros para a construção do Aeroporto Internacional de Nacala, na província de Nampula, norte de Moçambique.(RM/Lusa)" Fonte Rádio Moçambique.
15/12/2011. O presidente das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), Teodoro Watty, referiu hoje (quinta-feira) que a sua empresa está a ser afectada pela decisão "absolutamente injusta" da Comissão Europeia de manter o espaço aéreo europeu encerrado para esta companhia moçambicana. Questionado pela Lusa sobre o impacto da medida da Comissão Europeia, Teodoro Watty disse que a LAM está a ressentir-se da interdição de voar no espaço europeu. "É uma decisão que afecta a LAM, embora a LAM tenha todas as certificações que qualquer companhia do mundo gostaria de ter", disse o presidente do conselho de administração da única companhia aérea de bandeira moçambicana, na primeira reacção da empresa à decisão da Comissão Europeia. "Nós temos todas as certificações. É verdade que não podemos voar, mas é por outras razões. Nós não podemos interferir nas decisões de outros organismos. É uma questão de vontade da União Europeia em colocar a nossa companhia como outras companhias moçambicanas banidas de voar no espaço europeu", insistiu. Mas, a sanção da Comissão Europeia "é absolutamente injusta", disse, justificando: "há companhias que voam no espaço europeu, mas que não têm as certificações que nós temos. A LAM tem os mais altos padrões para operar sob ponto de vista administrativo e técnico". Numa reunião decorrida entre os dias 08 e 10 de Novembro, a Comissão Europeia decidiu manter a interdição à entrada dos voos das LAM no espaço aéreo europeu. Na altura, o ministro dos Transportes e Comunicações moçambicano, Paulo Zucula, afirmou que a União Europeia desconhecia os detalhes de um relatório da Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO) que garante a segurança dos aviões da LAM, por isso, terá decidido manter a companhia na sua lista negra. A Comissão Europeia decidiu a 19 de Abril deste ano que todas as transportadoras aéreas certificadas em Moçambique estão proibidas de realizar voos para a União Europeia. A decisão de incluir as transportadoras aéreas de Moçambique na "lista negra" da UE foi justificada com "as graves deficiências detectadas na área da segurança", o que obrigou "a adoptar medidas decisivas". LAM quer voltar a voar para Lisboa a partir de 2012.Entretanto, a LAM prevê retomar os voos para Lisboa a partir do próximo ano, com aparelhos e tripulações próprios, disse à Lusa o presidente do conselho de administração, Teodoro Watty. A empresa anunciou a suspensão dos seus voos para Lisboa, a partir de 22 de Novembro, para reformulação da sua estratégia.Até então, os voos para Lisboa, as únicas operações intercontinentais da LAM, eram realizados com aparelhos e parte da tripulação da companhia portuguesa euroAtlantic Airways, uma vez que a companhia de bandeira moçambicana continua proibida de voar para a Europa. "Acreditamos e estamos a fazer todos os possíveis para que ao longo do próximo ano esta rota (Maputo-Lisboa-Maputo) seja restabelecida. Vai depender muito e principalmente das questões operacionais nossas e vamos ver se até essa altura a LAM como companhia com todas as certificações internacionais possíveis pode continuar a voar para Europa. Mas isso vai depender futuramente das entidades europeias", disse Teodoro Watty.Uma possível reversão dessa interdição, prevista para breve, possibilitará à LAM usar meios próprios para Lisboa, através de uma nova empresa, entretanto, criada, a LAM Internacional, que tem como alvo as operações intercontinentais."O que está previsto é que a rota Lisboa estará nas nossas estratégias no âmbito das rotas intercontinentais, o que significa que a rota Maputo-Lisboa-Maputo será uma das rotas de âmbito intercontinental", disse Teodoro Watty.O presidente da empresa disse também que a companhia aérea moçambicana pretende adquirir dois aviões a jacto Embraer 190, "uma marca que a gestão da LAM colocou como predilecta", mas estes aparelhos "só serão para rotas domésticas e regionais".Há dias, o ministro moçambicano da Indústria e Comércio, Armando Inroga, disse que o Brasil vai ajudar a LAM a comprar mais aviões, no âmbito de uma linha de crédito brasileira de mais de 225 milhões de euros. Teodoro Watty confirmou que a companhia "vai ter dois Embraers no próximo ano". "Se vamos comprar ou obter em leasing não sei, mas seria desejável, nos termos do orçamento, que fossem comprados. Quanto ao mecanismo de operacionalização para a aquisição, estamos no processo de orçamentação do próximo ano. O que é absolutamente certo é que no nosso plano de actividades para o próximo ano contamos ter dois Embraers", assegurou Teodoro Watty.Mas, segundo Armando Inroga, o reforço da frota da companhia de bandeira moçambicana é parte dos investimentos programados para o sector de infra-estruturas de comunicações, ao abrigo da referida linha de crédito.Do montante da linha de crédito, criada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social do Brasil, já foram desembolsados 60 milhões de euros para a construção do Aeroporto Internacional de Nacala, na província de Nampula, norte de Moçambique.(RM/Lusa)" Fonte Rádio Moçambique.
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