"Sofala, Manica e Zambézia: Mais terra para irrigação. POUCO mais de cinco mil hectares para regadio serão preparados ou reabilitados, servindo 16 mil agricultores no quadro do Programa Sustentável de Desenvolvimento de Irrigação (PROIRI) lançado semana passada em Sofala.Maputo, Segunda-Feira, 19 de Dezembro de 2011:: Notícias De acordo com o director nacional dos Serviços Agrários no Ministério da Agricultura, Mohomed Valá, o programa abrangerá Sofala, Manica e Zambézia e com as atenções viradas para hortícolas, arroz e cana sacarina.O PROIRI enquadra-se no contexto da estratégia nacional de irrigação aprovada recentemente pelo Governo, prevendo a mobilização, nos próximos dez anos, de cerca de 540 milhões de dólares para a rega, como forma de impulsionar a produção e a produtividade.Mahomed Valá disse que o programa surge no âmbito da estratégia nacional de irrigação e visa impulsionar particularmente a produção de hortícolas e arroz que, por natureza, absorvem muita água.Ele considera, com efeito, que a aposta na irrigação é fundamental para se alcançarem os níveis desejados de produção, apesar disso não significar, necessariamente, o abandono do sequeiro de que depende a maior parte da população que pratica a agricultura.A ideia do Ministério da Agricultura é passar de uma eficiência actual dos regadios de cerca de 50 porcento para 80 em dez anos, produzindo mais e melhor.Com os investimentos que se prevêem, acredita-se que nos próximos cinco anos o país possa reduzir consideravelmente a dependência externa no que se refere à cultura do arroz e de vegetais, tais como o tomate, a cebola e o repolho.Nesta estratégia, para além dos 5500 hectares previstos no PROIRI, também está-se a construir um novo regadio em Govuro, Inhambane, cuja fase de execução das obras poderá acontecer a partir do próximo ano.Moçambique irriga somente cerca de 62 mil hectares, ou seja, cerca de dois porcento da área potencial estimada em três milhões de hectares.Com relação ao PROIRI, soubemos que o grupo-alvo é de pequenos agricultores (grupos e associações) e emergentes que beneficiarão da adopção de melhores tecnologias de produção e capacitação em relação à irrigação, competências complementares requeridas para aproveitar todo o potencial de água para agricultura.Está igualmente previsto o aperfeiçoamento das técnicas pós-colheita, acesso ao melhor desempenho da extensão, serviços financeiros e vínculos mais estreitos com as potenciais oportunidades do mercado.Ao longo dos seis anos que são o período de execução, o projecto deverá servir directamente cerca de 16 mil agricultores nas províncias de Manica, Sofala e Zambézia. O número de beneficiários indirectos é estimado em 80 mil até ao final da empreitada.Para esta acção, o Banco Mundial disponibilizou recentemente um financiamento no valor de 92.15 milhões de dólares norte-americanos. Do valor, cerca de 70 milhões são fornecidos pela Agência de Desenvolvimento Internacional (IDA) e 14.25 milhões através da concessão do fundo do Governo do Japão, para o desenvolvimento do arroz em África, enquanto o remanescente provém da contribuição dos beneficiários, num valor de 7.9 milhões de dólares."Fonte Jornal NOTICIAS.
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