"Governo vai analisar estudo da Rio Tinto sobre escoamento do carvão . 05/11/2011. O Governo moçambicano vai analisar um estudo da multinacional Rio Tinto, que considera o Rio Zambeze, centro de Moçambique, navegável para o escoamento de carvão, para avaliar o impacto da utilização da rota sobre o ecossistema da região, noticiou à Lusa. Na semana passada, o director da Rio Tinto, Doug Ritchie disse ao chefe de Estado moçambicano, Armando Guebuza, que a sua companhia encara o Rio Zambeze como alternativa viável para a exportação do carvão que vai extrair das concessões que detém na província de Tete, centro de Moçambique. Em declarações à Lusa, o ministro moçambicano dos Transportes e Comunicações, Paulo Zucula, afirmou que o Governo vai analisar um estudo sobre a navegabilidade do Rio Zambeze realizado pela Rio Tinto. "O estudo já foi feito por eles próprios (Rio Tinto). A preocupação do Governo foi sempre uma questão ambiental, se é viável ou não financeiramente é um problema dos empresários", disse Paulo Zucula. O Governo, adiantou Paulo Zucula, quer analisar a sustentabilidade ambiental da utilização do Rio Zambeze por navios de grande porte, principalmente os efeitos da dragagem do rio, a sobrevivência da fauna e flora locais e o risco de ocorrência de inundações. "Não somos contra a utilização dos rios no transporte, navegar em rios é bom. Interessa-nos saber o impacto no caso da navegação por navios de grande porte, porque tem a ver com a dragagem, profundidade do rio, inundações e sobrevivência da população", enfatizou Paulo Zucula. A utilização do Rio Zambeze para o transporte do carvão de Tete, província com reservas de carvão cotadas entre as maiores do mundo, tem sido posta em causa por organizações de defesa do ambiente, devido a receios de degradação do ecossistema, fundamental para a sobrevivência das populações do centro e norte de Moçambique. Ensaios de navegabilidade do rio Chire realizados no ano passado pelo Malaui, um país vizinho de Moçambique sem acesso directo ao mar, provocaram tensões entre os governos dos dois países, porque Maputo determinou o condicionamento da navegação do rio por navios de grande porte a estudos de viabilidade ambiental." Fonte Rádio Moçambique.
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