Futuro do algodão decide-se em Nampula. REPRESENTANTES das empresas fomentadoras e produtores do algodão e o Governo encontram-se no final deste mês em Nampula para uma reflexão conjunta sobre o futuro do chamado “ouro branco” em Moçambique. Maputo, Sábado, 5 de Novembro de 2011:: Notícias .As partes pretendem debater as directrizes para a implementação do Programa de Revitalização da Cadeia de Valor do Algodão, incluindo o programa de sementes melhoradas. No mesmo encontro vai ser discutido o desempenho durante a campanha 2010/2011 e ao mesmo tempo delinear-se estratégias para 2011/2012. Alguns indicadores apontam para a existência no país de um potencial agro-ecológico invejável para produzir entre 400 e 500 mil toneladas de algodão caroço por campanha, a longo prazo. Actualmente, a média anual de produção não ultrapassa as 90 mil toneladas.A baixa qualidade de sementes, densidade reduzida de plantas por hectare, factores climatéricos e o incumprimento de algumas premissas fundamentais para o cultivo desta cultura são algumas das razões que têm influenciado negativamente a produção daquele bem de exportação.Basta referir que, actualmente, a produção do algodão ocupa cerca de 250 mil famílias que em média trabalham uma área de 0,7 hectare por família, com um produção anual que adicionada à do sector comercial não ultrapassa as 90 mil toneladas.O sonho do país é conseguir pelo menos 180 a 200 mil toneladas num período de dez anos. A conseguir-se esta meta, estariam criadas as condições para um crescimento contínuo e irreversível, que deverá ser acompanhado do agro-processamento.Acredita-se, no entanto, que se o país conseguir estabelecer uma cadeia de produção integral o efeito dos choques provocados pelas oscilações de preços no mercado internacional possa ficar minimizado.Aliás, os baixos preços praticados no mercado internacional têm sido responsáveis pela diminuição nos últimos anos do número de produtores envolvidos no cultivo daquela cultura de rendimento.O que se espera é que a retoma dos preços verificada no ano passado e que culminou com a fixação do valor de 15 meticais/kg na comercialização interna do algodão de primeira possa servir como catalizador para o regresso de mais produtores interessados na cultura que nos últimos anos também sofria da concorrência do gergelim. Em Nampula, o nosso jornal soube que serão também discutidas informações sobre o programa de reforço técnico aos distritos prioritários para a produção do algodão. Será feita ainda uma comunicação e discussão sobre a abordagem da gestão de risco no sector da agricultura em Moçambique." Fonte Jornal NOTICIAS.
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