"Ligação Pemba-Lichinga: Expectativas à volta duma estrada ainda por concluir
NÃO vai ser necessário ir a Nampula para satisfazer um rol de necessidades que hoje, invariavelmente, obrigam a que se visite várias vezes a chamada capital do norte, segundo diz a população do Niassa e Cabo Delgado.Maputo, Sexta-Feira, 30 de Setembro de 2011:: Notícias . Justificando, argumentam que tanto uma como a outra, estarão mais perto entre si, do que enveredar por uma viagem àquela que é o centro de desenvolvimento de toda a região setentrional de Moçambique, incluindo a Zambézia.Do porto de Pemba à capital provincial do Niassa são aproximadamente 680 quilómetros, contra os 800, em linha recta, que constituem a distância Lichinga/Nacala, pelo que a maior província e menos habitada do nosso país, poderá passar a receber e enviar os seus bens através de Pemba, assim como a batata e o feijão de Lichinga, não mais darão a sinuosa volta, Lichinga/Nampula/Pemba.Os jovens e turistas dizem que até para passar um fim-de-semana, poderá ser dispensável, sobretudo nos primeiros dias, ir à cidade de Nampula ou Nacala, se bem que Marrupa fique relativamente mais perto, 403 quilómetros de Pemba, contra 453 e 483, em relação àquelas cidades nampulenses, respectivamente.Por outro lado, as coutadas de caça desportiva e a reserva, localizadas na província do Niassa, as mais procuradas da região norte, serão visitadas com assiduidade, se bem que, actualmente, bastas vezes os turistas que desembarcam em Pemba, têm o inconveniente de fazer a distância em mais de 11 horas .A estrada que vai ligar as duas províncias, depois do troço Pemba/Montepuez, 200 quilómetros, há mais de 8 anos profundamente reabilitada, está em fase decisiva de construção, a partir da segunda maior cidade de Cabo Delgado, até ao rio Ruaça, que faz o limite entre elas, dividida, porém, em três lotes.Desde Montepuez a Ruaça, estão a ser construídos 135 quilómetros, neste momento, segundo o Eng. Belarmino Nota, da Administração Nacional de Estradas (ANE), em Cabo Delgado, em 20 porcento, sendo que 59 quilómetros foram destroncados e limpos, 22 quilómetros estão com o solo compactado, 16 quilómetros já têm a base com material vindo da pedreira e 7 quilómetros beneficiaram de rega de impregnação.O segundo lote, de 68 quilómetros, refere-se à distância que sai do rio limítrofe de Ruaça à sede do distrito setentrional de Marrupa, onde informações confirmadas pelo administrador distrital, Iazalde das Neves Ussene, referem-se ao facto de terem iniciado as obras, há duas semanas. Na verdade, o projecto tem três lotes, que para além do troço Montepuez/Ruaça (135 km), incluem a distância Ruaça/Marrupa (68 km) e Marrupa/Lichinga (268 km), este último que tendo beneficiado duma reabilitação há cerca de cinco anos atrás, tem a necessidade de um reforço por meio duma resselagem, para suportar o peso de um trânsito rodoviário que se prevê seja intenso, de camiões de grande tonelagem, assim que a ligação entre as duas províncias for efectivada. Dados colhidos pelo nosso jornal, falam num custo total de 5.974.000.000,00 MT, financiados pelo governo moçambicano, uma Agência japonesa, Banco Africano de Desenvolvimento e a Agência Dinamarquesa para o Desenvolvimento Internacional. Deste valor, pouco mais de dois biliões e meio referem-se ao troço Montepuez/Ruaça.Arcanjo CassiaNão há problemas. Maputo, Sexta-Feira, 30 de Setembro de 2011:: Notícias . O administrador de Montepuez, o primeiro distrito do lado de Cabo Delgado a beneficiar da construção da estrada, Arcanjo Cassia, fala em novos tempos, em que a troca de produtos e a mobilidade humana, entre as duas províncias, passará a ser constante e sem restrições decorrentes das dificuldades que actualmente imperam. Enquanto isso, o director dos serviços de Planeamento e Infra-estruturas, no distrito de Montepuez, Santos Pinto Veloso, disse que em razão do projecto, todos os problemas que havia por resolver com aqueles que viviam ao longo do percurso da estrada, foram resolvidos.Dados que nos disponibilizou indicam que foram compensadas 198 famílias, em 4.035.170,29 MT, pois eram proprietárias de 96 imóveis e 550 plantas de fruta, ao longo dos 30 quilómetros de estrada, pertencentes ao distrito de Montepuez.Por seu turno, o administrador de Marrupa, manifestou-se radiante e disse que, tendo fé nas informações técnicas avançadas aquando do lançamento da primeira pedra para a construção do troço Marrupa/Ruaça, dentro de 18 meses as obras serão concluídas daquele lado.“Estamos a dizer que em Outubro de 2012, do nosso lado teremos a estrada concluída, facilitando, como é de prever, a mobilidade humana e o transporte de bens, e desde já assumimos que Pemba fica mais perto” disse Iazalde Ussene.Entretanto, segundo o administrador de Marrupa, por razões geográficas e até de ligações culturais, as populações ribeirinhas do rio Ruaça, nunca ficaram completamente desligadas, sobretudo aquela que vive no povoado de Chireka, posto administrativo de Nungo, que sempre manteve as trocas comerciais e convívios sociais.“É verdade que agora terão que intensificar tais contactos, porque em vez de os fazerem de bicicleta ou unicamente em tempos secos, poderão fazê-lo sempre que o queiram” disse Iazalde Ussene, em entrevista telefónica com o nosso jornal, a partir da nossa delegação em Pemba. As outras vantagens, conforme disse aquele dirigente, são as que imediatamente estão a ser usufruídas, nomeadamente, o emprego da mão-de-obra, pelo menos a não especializada, que é exclusivamente das populações do distrito de Marrupa.Belarmino NotaAs pessoas já estão a passar. Maputo, Sexta-Feira, 30 de Setembro de 2011:: Notícias . Elsa Rodolfo, administradora do distrito de Balama, o mais ligado a Niassa, disse ao nosso jornal que a expectativa em relação à estrada ora em construção, é enorme, porque se sabe que será um feito altamente positivo, em função do impacto que dela se espera.“Já começaram a passar, mesmo antes de a estrada estar concluída! Há mais movimento agora de e para Niassa, do que era há poucos anos, porque os ansiosos e curiosos, vão aproveitando os desvios feitos para se fazerem a uma ou a outra província” disse a administradora de Balama.Elsa Rodolfo espera que os camponeses do seu distrito, tradicionalmente potencial produtor, sintam-se motivados, porque, na sua opinião, a estrada trará muitas alternativas para vender os seus produtos.“ Tendo em conta que a palavra de ordem da actualidade é produzir mais comida, já podemos com redobrada convicção ir às populações mobilizá-las para aumentarem a produção, porque teremos a certeza de que não dependerão das mesmas pessoas para vender e escoar os seus excedentes”disse aquela governante.A localidade de Jamira, posto administrativo de Cuecue, do lado de Cabo Delgado, é a mais próxima de Marrupa, no Niassa. As suas populações são tradicionalmente unidas, havendo ainda muitos habitantes procedentes de Marrupa, em busca da fertilidade dos solos do lado de cá ou por ligações familiares.“Essa ligação vai-se incrementar, por isso dizemos que a estrada trará muitas vantagens, não só económicas, mas também outras, de carácter social e cultural. Tratar-se-á de um ganho histórico”disse a finalizar, Elsa Rodolfo.Estrada que liga Cabo Delgado e NiassaEstradas e pontes no interior de Cabo Delgado. Maputo, Sexta-Feira, 30 de Setembro de 2011:: Notícias . A construção da estrada que vai ligar Cabo Delgado ao Niassa não ofusca as outras actividades ligadas ao melhoramento do acesso aos diferentes pontos da província, segundo garantiu o director provincial das Obras Públicas e Habitação, Dinó Coutinho, quando entrevistado a propósito.De acordo com a fonte, prosseguem actividades ligadas à manutenção de rotina e periódica, melhoramentos localizados e reabilitação, sendo que, para o primeiro caso, o tipo de intervenção que garante o bom estado de conservação das infra-estruturas rodoviárias, o que reduz os custos de transporte e rentabiliza os investimentos aplicados, tendo sido executados 2.502,97 km, no primeiro semestre deste ano.Dinó Coutinho considera essa realização importante, por representar 70,39 porcento do que havia sido planificado para o semestre. Do mesmo modo, a manutenção periódica pôde executar 112,49 km, de estrada, quando na planificação se tinha pensado em realizar 255 km, o que equivale dizer que, apenas 25 porcento do previsto foi concretizado.Os melhoramentos localizados atingiram 100.83 km de estradas, mas previa-se que fossem realizados 147 quilómetros, razão porque o sector fala em 68,59 porcento de cumprimento do plano.“Entretanto, reabilitamos a Estrada Nacional 14, Montepuez-Ruaça, de 135 quilómetros, com a formação e enchimento da plataforma, em 50 quilómetros, 10 km de base e concluímos 20 aquedutos”explica o director provincial das Obras Públicas e Habitação de Cabo Delgado.Há, no entanto, o chamado cancro do troço Macomia-Oasse, de 102 quilómetros, cuja reabilitação tem sido adiada há mais de 8 anos e que constitui uma dor-de-cabeça para as autoridades. Dinó Coutinho sossega dizendo que melhores dias virão, pois neste momento ficou concluída a construção de um desvio de 22 quilómetros, para dar lugar à reabilitação, foram construídos 11 quilómetros de sub-base e iniciados trabalhos de construção de base, estando ainda em curso o tapamento de buracos.Nos troços Mueda-Oasse, Mocímboa da Praia- Palma-Quionga-Namoto, está em curso a reabilitação das estradas R698, N380, R762, R775 e R1260, numa extensão de 227 quilómetros e o empreiteiro encontra-se na fase de mobilização e elaboração do projecto executivo.No que concerne à ligação Nangade-Namaua, através da R763, foram concluídos todos os trabalhos previstos, em 13 quilómetros, mas falta o revestimento de 9 km e a construção de valetas revestidas.O mesmo se diz de melhoramentos nas estradas N’tchinga-Chitunda, de 5 quilómetros, que neste momento estima-se que tenham, sido realizados em 91 porcento. Mas há uma inquietação latente, em Cabo Delgado, derivada do facto de se ter construído e inaugurado a ponte sobre o rio Rovuma, na região de Negomano, sem que houvesse um plano imediato para a construção de uma estrada que ligue a sede do distrito de Mueda à chamada ponte da Unidade. Este facto faz com que o seu aproveitamento esteja muito abaixo das expectativas criadas à volta do empreendimento, que corresponde ao cumprimento de uma decisão de dois presidentes já malogrados, Samora Machel, de Moçambique e Julius Nyerere, da Tanzânia. Perguntamos ao director provincial das Obras Públicas de Cabo Delgado, sobre o que está a ser desenhado nesse sentido, ao que nos respondeu:“Estamos numa fase de mobilização de investimento para a construção da estrada que ligue Mueda à ponte da Unidade”. Fontes da ANE, por seu turno, asseguraram que vai ser necessário um novo realinhamento da actual estrada de Negomano, que por ser precária e construída com a mão-de-obra intensiva, ficou cheia.Pedro Nacuo" Jornal NOTICIAS.
NÃO vai ser necessário ir a Nampula para satisfazer um rol de necessidades que hoje, invariavelmente, obrigam a que se visite várias vezes a chamada capital do norte, segundo diz a população do Niassa e Cabo Delgado.Maputo, Sexta-Feira, 30 de Setembro de 2011:: Notícias . Justificando, argumentam que tanto uma como a outra, estarão mais perto entre si, do que enveredar por uma viagem àquela que é o centro de desenvolvimento de toda a região setentrional de Moçambique, incluindo a Zambézia.Do porto de Pemba à capital provincial do Niassa são aproximadamente 680 quilómetros, contra os 800, em linha recta, que constituem a distância Lichinga/Nacala, pelo que a maior província e menos habitada do nosso país, poderá passar a receber e enviar os seus bens através de Pemba, assim como a batata e o feijão de Lichinga, não mais darão a sinuosa volta, Lichinga/Nampula/Pemba.Os jovens e turistas dizem que até para passar um fim-de-semana, poderá ser dispensável, sobretudo nos primeiros dias, ir à cidade de Nampula ou Nacala, se bem que Marrupa fique relativamente mais perto, 403 quilómetros de Pemba, contra 453 e 483, em relação àquelas cidades nampulenses, respectivamente.Por outro lado, as coutadas de caça desportiva e a reserva, localizadas na província do Niassa, as mais procuradas da região norte, serão visitadas com assiduidade, se bem que, actualmente, bastas vezes os turistas que desembarcam em Pemba, têm o inconveniente de fazer a distância em mais de 11 horas .A estrada que vai ligar as duas províncias, depois do troço Pemba/Montepuez, 200 quilómetros, há mais de 8 anos profundamente reabilitada, está em fase decisiva de construção, a partir da segunda maior cidade de Cabo Delgado, até ao rio Ruaça, que faz o limite entre elas, dividida, porém, em três lotes.Desde Montepuez a Ruaça, estão a ser construídos 135 quilómetros, neste momento, segundo o Eng. Belarmino Nota, da Administração Nacional de Estradas (ANE), em Cabo Delgado, em 20 porcento, sendo que 59 quilómetros foram destroncados e limpos, 22 quilómetros estão com o solo compactado, 16 quilómetros já têm a base com material vindo da pedreira e 7 quilómetros beneficiaram de rega de impregnação.O segundo lote, de 68 quilómetros, refere-se à distância que sai do rio limítrofe de Ruaça à sede do distrito setentrional de Marrupa, onde informações confirmadas pelo administrador distrital, Iazalde das Neves Ussene, referem-se ao facto de terem iniciado as obras, há duas semanas. Na verdade, o projecto tem três lotes, que para além do troço Montepuez/Ruaça (135 km), incluem a distância Ruaça/Marrupa (68 km) e Marrupa/Lichinga (268 km), este último que tendo beneficiado duma reabilitação há cerca de cinco anos atrás, tem a necessidade de um reforço por meio duma resselagem, para suportar o peso de um trânsito rodoviário que se prevê seja intenso, de camiões de grande tonelagem, assim que a ligação entre as duas províncias for efectivada. Dados colhidos pelo nosso jornal, falam num custo total de 5.974.000.000,00 MT, financiados pelo governo moçambicano, uma Agência japonesa, Banco Africano de Desenvolvimento e a Agência Dinamarquesa para o Desenvolvimento Internacional. Deste valor, pouco mais de dois biliões e meio referem-se ao troço Montepuez/Ruaça.Arcanjo CassiaNão há problemas. Maputo, Sexta-Feira, 30 de Setembro de 2011:: Notícias . O administrador de Montepuez, o primeiro distrito do lado de Cabo Delgado a beneficiar da construção da estrada, Arcanjo Cassia, fala em novos tempos, em que a troca de produtos e a mobilidade humana, entre as duas províncias, passará a ser constante e sem restrições decorrentes das dificuldades que actualmente imperam. Enquanto isso, o director dos serviços de Planeamento e Infra-estruturas, no distrito de Montepuez, Santos Pinto Veloso, disse que em razão do projecto, todos os problemas que havia por resolver com aqueles que viviam ao longo do percurso da estrada, foram resolvidos.Dados que nos disponibilizou indicam que foram compensadas 198 famílias, em 4.035.170,29 MT, pois eram proprietárias de 96 imóveis e 550 plantas de fruta, ao longo dos 30 quilómetros de estrada, pertencentes ao distrito de Montepuez.Por seu turno, o administrador de Marrupa, manifestou-se radiante e disse que, tendo fé nas informações técnicas avançadas aquando do lançamento da primeira pedra para a construção do troço Marrupa/Ruaça, dentro de 18 meses as obras serão concluídas daquele lado.“Estamos a dizer que em Outubro de 2012, do nosso lado teremos a estrada concluída, facilitando, como é de prever, a mobilidade humana e o transporte de bens, e desde já assumimos que Pemba fica mais perto” disse Iazalde Ussene.Entretanto, segundo o administrador de Marrupa, por razões geográficas e até de ligações culturais, as populações ribeirinhas do rio Ruaça, nunca ficaram completamente desligadas, sobretudo aquela que vive no povoado de Chireka, posto administrativo de Nungo, que sempre manteve as trocas comerciais e convívios sociais.“É verdade que agora terão que intensificar tais contactos, porque em vez de os fazerem de bicicleta ou unicamente em tempos secos, poderão fazê-lo sempre que o queiram” disse Iazalde Ussene, em entrevista telefónica com o nosso jornal, a partir da nossa delegação em Pemba. As outras vantagens, conforme disse aquele dirigente, são as que imediatamente estão a ser usufruídas, nomeadamente, o emprego da mão-de-obra, pelo menos a não especializada, que é exclusivamente das populações do distrito de Marrupa.Belarmino NotaAs pessoas já estão a passar. Maputo, Sexta-Feira, 30 de Setembro de 2011:: Notícias . Elsa Rodolfo, administradora do distrito de Balama, o mais ligado a Niassa, disse ao nosso jornal que a expectativa em relação à estrada ora em construção, é enorme, porque se sabe que será um feito altamente positivo, em função do impacto que dela se espera.“Já começaram a passar, mesmo antes de a estrada estar concluída! Há mais movimento agora de e para Niassa, do que era há poucos anos, porque os ansiosos e curiosos, vão aproveitando os desvios feitos para se fazerem a uma ou a outra província” disse a administradora de Balama.Elsa Rodolfo espera que os camponeses do seu distrito, tradicionalmente potencial produtor, sintam-se motivados, porque, na sua opinião, a estrada trará muitas alternativas para vender os seus produtos.“ Tendo em conta que a palavra de ordem da actualidade é produzir mais comida, já podemos com redobrada convicção ir às populações mobilizá-las para aumentarem a produção, porque teremos a certeza de que não dependerão das mesmas pessoas para vender e escoar os seus excedentes”disse aquela governante.A localidade de Jamira, posto administrativo de Cuecue, do lado de Cabo Delgado, é a mais próxima de Marrupa, no Niassa. As suas populações são tradicionalmente unidas, havendo ainda muitos habitantes procedentes de Marrupa, em busca da fertilidade dos solos do lado de cá ou por ligações familiares.“Essa ligação vai-se incrementar, por isso dizemos que a estrada trará muitas vantagens, não só económicas, mas também outras, de carácter social e cultural. Tratar-se-á de um ganho histórico”disse a finalizar, Elsa Rodolfo.Estrada que liga Cabo Delgado e NiassaEstradas e pontes no interior de Cabo Delgado. Maputo, Sexta-Feira, 30 de Setembro de 2011:: Notícias . A construção da estrada que vai ligar Cabo Delgado ao Niassa não ofusca as outras actividades ligadas ao melhoramento do acesso aos diferentes pontos da província, segundo garantiu o director provincial das Obras Públicas e Habitação, Dinó Coutinho, quando entrevistado a propósito.De acordo com a fonte, prosseguem actividades ligadas à manutenção de rotina e periódica, melhoramentos localizados e reabilitação, sendo que, para o primeiro caso, o tipo de intervenção que garante o bom estado de conservação das infra-estruturas rodoviárias, o que reduz os custos de transporte e rentabiliza os investimentos aplicados, tendo sido executados 2.502,97 km, no primeiro semestre deste ano.Dinó Coutinho considera essa realização importante, por representar 70,39 porcento do que havia sido planificado para o semestre. Do mesmo modo, a manutenção periódica pôde executar 112,49 km, de estrada, quando na planificação se tinha pensado em realizar 255 km, o que equivale dizer que, apenas 25 porcento do previsto foi concretizado.Os melhoramentos localizados atingiram 100.83 km de estradas, mas previa-se que fossem realizados 147 quilómetros, razão porque o sector fala em 68,59 porcento de cumprimento do plano.“Entretanto, reabilitamos a Estrada Nacional 14, Montepuez-Ruaça, de 135 quilómetros, com a formação e enchimento da plataforma, em 50 quilómetros, 10 km de base e concluímos 20 aquedutos”explica o director provincial das Obras Públicas e Habitação de Cabo Delgado.Há, no entanto, o chamado cancro do troço Macomia-Oasse, de 102 quilómetros, cuja reabilitação tem sido adiada há mais de 8 anos e que constitui uma dor-de-cabeça para as autoridades. Dinó Coutinho sossega dizendo que melhores dias virão, pois neste momento ficou concluída a construção de um desvio de 22 quilómetros, para dar lugar à reabilitação, foram construídos 11 quilómetros de sub-base e iniciados trabalhos de construção de base, estando ainda em curso o tapamento de buracos.Nos troços Mueda-Oasse, Mocímboa da Praia- Palma-Quionga-Namoto, está em curso a reabilitação das estradas R698, N380, R762, R775 e R1260, numa extensão de 227 quilómetros e o empreiteiro encontra-se na fase de mobilização e elaboração do projecto executivo.No que concerne à ligação Nangade-Namaua, através da R763, foram concluídos todos os trabalhos previstos, em 13 quilómetros, mas falta o revestimento de 9 km e a construção de valetas revestidas.O mesmo se diz de melhoramentos nas estradas N’tchinga-Chitunda, de 5 quilómetros, que neste momento estima-se que tenham, sido realizados em 91 porcento. Mas há uma inquietação latente, em Cabo Delgado, derivada do facto de se ter construído e inaugurado a ponte sobre o rio Rovuma, na região de Negomano, sem que houvesse um plano imediato para a construção de uma estrada que ligue a sede do distrito de Mueda à chamada ponte da Unidade. Este facto faz com que o seu aproveitamento esteja muito abaixo das expectativas criadas à volta do empreendimento, que corresponde ao cumprimento de uma decisão de dois presidentes já malogrados, Samora Machel, de Moçambique e Julius Nyerere, da Tanzânia. Perguntamos ao director provincial das Obras Públicas de Cabo Delgado, sobre o que está a ser desenhado nesse sentido, ao que nos respondeu:“Estamos numa fase de mobilização de investimento para a construção da estrada que ligue Mueda à ponte da Unidade”. Fontes da ANE, por seu turno, asseguraram que vai ser necessário um novo realinhamento da actual estrada de Negomano, que por ser precária e construída com a mão-de-obra intensiva, ficou cheia.Pedro Nacuo" Jornal NOTICIAS.
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